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Alemanha e Áustria suspendem pedidos de asilo de refugiados sírios

Sírios na diáspora celebram queda do regime de Assad.
Sírios na diáspora celebram queda do regime de Assad. Direitos de autor Christoph Reichwein/(c) Copyright 2024, dpa (www.dpa.de). Alle Rechte vorbehalten
Direitos de autor Christoph Reichwein/(c) Copyright 2024, dpa (www.dpa.de). Alle Rechte vorbehalten
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Na Alemanha foram congelados cerca de 47 mil pedidos, embora os que estão em curso, sobre os quais já foi tomada uma decisão, não tenham sido afetados. Já a Áustria cancelou 7.300 solicitações de asilo e começou a preparar um "programa ordenado de repatriação e deportação para a Síria".

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A Alemanha e a Áustria suspenderam o tratamento dos pedidos de asilo da Síria, uma vez que o futuro político do país do Médio Oriente é atualmente demasiado incerto, noticiaram os meios de comunicação social locais.

A decisão surge numa altura em que milhões de refugiados poderão agora regressar à Síria após a queda do regime de Assad.

Na Alemanha, segundo as autoridades locais, foram congeladas 47.270 solicitações, mas os pedidos existentes, em relação aos quais já há decisões, não foram afetados.

De acordo com o governo alemão, ainda é demasiado cedo para reavaliar o tratamento dos refugiados sírios na Alemanha. A situação na Síria é “demasiado dinâmica” para que se possa tomar uma decisão agora, afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha. O relatório sobre a situação de asilo na Síria será atualizado “assim que a poeira assentar um pouco”, avançou o porta-voz. Não foi indicada uma data exacta.

A ministra alemã do Interior, Nancy Faeser, disse que “o fim da tirania brutal do ditador sírio Assad é um grande alívio para muitas pessoas que sofreram tortura, assassinato e terror”.

“Muitos refugiados que encontraram proteção na Alemanha têm agora finalmente esperança de regressar à sua pátria síria e reconstruir o seu país”, acrescentou, sublinhando, porém, que a situação atual na Síria é "muito pouco clara" e que, por isso, "ainda não são previsíveis opções específicas de regresso”.

Johann Wadephul, político dos conservadores da CDU, também se mostra cauteloso.

“Os rebeldes que agora venceram têm laços estreitos com o Afeganistão, com os talibãs. Não são bons presságios. Isso significa que hoje, neste momento, é absolutamente cedo para prever se isso significa que mais pessoas vão regressar à Síria ou se mais pessoas virão até nós”, clarificou.

A queda do regime de Bashar Al-Assad reacendeu o debate na Alemanha sobre a migração.

“Para ser sincera, estou chocada com o facto de, apenas algumas horas após a queda do regime carniceiro de Damasco, as pessoas na Alemanha estarem a especular ou a pedir diretamente que falemos agora de deportações.", afirmou Lamya Kaddor, política dos Verdes.

"Penso que isso é mais do que cínico e, para ser sincero, populista. E não tem em conta a vida de muitos alemães-sírios e das pessoas que vêm desta região”, notou.

O início da guerra civil em 2011, desencadeada pelo descontentamento popular e pelos protestos pró-democracia da Primavera Árabe, forçou 14 milhões de sírios a deixar o país, sendo que a Europa foi um dos principais destinos. Estima-se que cerca de um milhão tenha fugido para a Alemanha.

De acordo com o Ministério do Interior alemão, 974.136 cidadãos sírios vivem atualmente na Alemanha.

Destes, 5.090 são requerentes de asilo reconhecidos e 321.444 têm o estatuto de refugiados.

Áustria

A Áustria, vizinha da Alemanha, também ajustou a política de migração face à Síria na sequência do fim do regime de Assad.

O ministro austríaco do Interior, Gerhard Karner, informou que "instruiu o ministério a preparar um programa ordenado de repatriação e deportação para a Síria".

Na Áustria, foram congelados 7.300 pedidos, segundo confirmou o Ministério do Interior aos meios de comunicação locais.

O reagrupamento familiar - que permite aos sírios na Áustria trazer familiares para o país - também será suspenso, informou o governo austríaco.

Cerca de 100 mil sírios vivem na Áustria e milhares aguardam a aprovação dos seus pedidos de asilo.

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