O anúncio foi feito pelo líder do partido da extrema-direita sa, Jordan Bardella, à margem da reunião do grupo político europeu Patriotas pela Europa, em Budapeste, na Hungria.
Jordan Bardella, presidente do Rassemblement National, disse esta sexta-feira que o partido da extrema-direita que lidera está disponível para entrar na discussão sobre o novo primeiro-ministro de França, caso este seja do centro ou de direita.
As declarações foram proferidas numa conferência de imprensa em Budapeste, na Hungria, à margem de uma reunião do grupo político Patriotas pela Europa, fundado pelo primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán, e que o Rassemblement National integra no Parlamento Europeu.
Bardella teceu ainda duras críticas ao presidente francês, Emmanuel Macron, acusando-o de já não ter controlo sobre a Assembleia Nacional graças ao que descreveu como sendo as más escolhas políticas do chefe de Estado. Algo que, concluiu, está a afetar a imagem do país a nível internacional.
Na quinta-feira, Michel Barnie, apresentou formalmente a demissão, na sequência da moção de censura que derrubou o seu governo na noite anterior.
Isto depois de, dias antes, o chefe do executivo ter invocado um mecanismo constitucional raramente utilizado para fazer aprovar o polémico orçamento para 2025 sem luz verde parlamentar, argumentando que era essencial manter a “estabilidade” no meio de profundas divisões políticas.
Em causa um orçamento que previa um corte de 40 mil milhões de euros em despesa pública e um aumento de 20 mil milhões de euros em impostos, que foi considerado inadequado por parte da oposição e originou uma nova crise política no país.
Já esta sexta-feira, Emmanuel Macron reuniu-se com os principais políticos, num esforço para apontar um novo primeiro-ministro, um dia depois de ter prometido cumprir até ao fim o mandato presidencial.
De recordar que França tem vivido uma situação política de instabilidade na sequência de um resultado desfavorável para o partido de Macron nas eleições europeias, que motivaram o presidente francês a dissolver o parlamento e a convocar eleições legislativas antecipadas, que decorreram em junho ado. A coligação de esquerda, Nova Frente Popular, conseguiu a maioria dos lugares na Assembleia Nacional.