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Deverá a UE emitir dívida conjunta para aumentar a competitividade? "Tudo está em cima da mesa", diz Charles Michel

Charles Michel organizou uma cimeira informal dos dirigentes da UE em Budapeste.
Charles Michel organizou uma cimeira informal dos dirigentes da UE em Budapeste. Direitos de autor European Union, 2024.
Direitos de autor European Union, 2024.
De Jorge LiboreiroAida Sanchez
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A questão da emissão de nova dívida comum para aumentar a competitividade da UE continua a dividir os líderes políticos.

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"Tudo está em cima da mesa", incluindo a emissão de nova dívida comum para aumentar a fraca competitividade da União Europeia e colmatar o fosso cada vez maior com os Estados Unidos e a China, disse o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, à Euronews.

Os líderes da UE estão reunidos em Budapeste, na Hungria, esta sexta-feira, para discutir a fraca competitividade do bloco. As conversações centrar-se-ão no relatório escrito por Mario Draghi, que traça um diagnóstico sombrio da economia do bloco, juntamente com recomendações ambiciosas para curar o que ele descreveu como uma "lenta agonia".

De acordo com o antigo primeiro-ministro italiano, a UE precisa de mobilizar cerca de 800 mil milhões de euros por ano em investimentos adicionais para acompanhar o ritmo dos concorrentes globais e deve emitir nova dívida conjunta, como fez durante a pandemia da COVID-19, para atingir a enorme soma.

Michel disse que o relatório é uma "excelente base" para o debate em curso e defendeu que a dívida conjunta, apesar do seu caráter divisivo, não deve ser totalmente excluída.

"Nos últimos meses, conseguimos unir a UE na resposta à pergunta: O que é que queremos fazer em conjunto para sermos mais competitivos e para melhorar as condições de concorrência dentro da UE e com parceiros fora da UE?", disse Michel quando questionado sobre a possibilidade de ser emitida uma dívida conjunta.

"Um tema importante no futuro será o financiamento, a solidariedade, e vejo que está tudo em cima da mesa", acrescentou.

No próximo ano "vão ser tomadas decisões importantes e há várias opções em cima da mesa", disse, referindo-se às negociações sobre o orçamento do bloco para 2028-2034, que deverão começar no verão.

Alguns Estados-membros, no entanto, insistem que a dívida comum não deve estar em cima da mesa. A Alemanha e os Países Baixos já rejeitaram, em termos inequívocos, a recomendação de Draghi para novos empréstimos. O projeto de declaração da cimeira de Budapeste, intitulado de "O Novo Acordo Europeu para a Competitividade", aborda o "financiamento" mas não faz qualquer referência explícita à dívida conjunta.

Com as negociações orçamentais sujeitas às regras da unanimidade, qualquer oposição pode revelar-se intransponível.

Sentido de urgência

Draghi, que também participou na cimeira informal de sexta-feira, descreveu a emissão de dívida conjunta como "indispensável", mas sublinhou que "não é o primeiro ponto" da agenda.

"O que o relatório diz é que existem muitas outras decisões que podem ser tomadas sem abordar imediatamente a questão do financiamento público comum", disse Draghi aos jornalistas.

O relatório diz que há muitas outras decisões que podem ser tomadas sem abordar de imediato a questão do financiamento público comum", afirmou Draghi. A prioridade, acrescentou, deve ser dada à resolução da fragmentação do mercado único do bloco e ao desenvolvimento de uma verdadeira União dos Mercados de Capitais, um projeto há muito parado que visa impulsionar o investimento no setor da defesa, das energias renováveis e da alta tecnologia. Michel também apontou a União dos Mercados de Capitais e o Banco Europeu de Investimento como instrumentos "importantes" que podem trazer dinheiro de uma forma menos controversa do que a dívida conjunta.

Draghi previu que a eleição de Donald Trump como presidente dos EUA "fará uma grande diferença" nas relações entre o país e a UE, uma vez que o republicano apresentou uma agenda fortemente protecionista para deslocalizar indústrias e impor tarifas de importação generalizadas.

"O sentido de urgência é maior hoje do que há uma semana", alertou.

Draghi apelou aos líderes da UE para que deixem de adiar e tomem medidas decisivas antes que a diferença de competitividade entre a UE e os EUA se torne irreversível.

"Como têm visto ao longo de todos estes anos, muitas decisões importantes foram adiadas porque esperávamos um consenso. O consenso não chegou, mas apenas um menor desenvolvimento, um menor crescimento e, atualmente, a estagnação", afirmou Draghi.

"Por isso, nesta altura, espero que encontremos um espírito unido que nos permita transformar para melhor estas grandes mudanças. Se continuarmos a agir de forma aleatória, somos demasiado pequenos e não vamos a lado nenhum", acrescentou.

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