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Procuradores pedem pena de seis anos de prisão para Matteo Salvini no processo sobre migrantes

O ministro italiano das Infra-estruturas, Matteo Salvini, fala durante uma conferência de imprensa na sede da Associação da Imprensa Estrangeira em Roma, quinta-feira, 26 de setembro de 2024.
O ministro italiano das Infra-estruturas, Matteo Salvini, fala durante uma conferência de imprensa na sede da Associação da Imprensa Estrangeira em Roma, quinta-feira, 26 de setembro de 2024. Direitos de autor Domenico Stinellis/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Domenico Stinellis/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De Giorgia Orlandi
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Na sexta-feira, os membros da Liga manifestaram o seu apoio a Salvini, acusando o jugamento do ministro de ser um "julgamento político".

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Ainda falta muito tempo para a sentença final, mas a audiência desta semana será crucial no processo "Open Arms" que envolve o líder do partido Liga, Matteo Salvini. Depois dos procuradores italianos terem pedido uma pena de seis anos de prisão, a sua advogada Giulia Bongiorno apresentará as alegações finais, explicando por que razão o antigo ministro do Interior está inocente.

Há alguns dias, os líderes da extrema-direita do Patriotas pela Europa reuniram-se em Pontida para apoiar Salvini. Os seus apoiantes recolheram s em sua defesa e um grupo de membros do partido da Liga planeia sair à rua em Palermo, na sexta-feira, para mostrar o seu apoio.

"Decidimos acompanhá-lo porque acreditamos que este é um julgamento político e, como partido político, queremos mostrar aos italianos que apoiamos o nosso líder", disse a deputada da Liga Simona Loizzo à Euronews. "Mais importante ainda, queremos sublinhar que o poder judicial aproveita-se destes episódios para os seus objetivos políticos", acrescentou.

O ex-ministro do Interior foi acusado de sequestro por se ter recusado a permitir que 147 migrantes, resgatados pela ONG espanhola Open Arms em 2019, desembarcassem em Lampedusa. A autorização para desembarcar em Itália chegou apenas 19 dias depois.

Procuradores dizem que qualquer pessoa encontrada no mar deve ser assistida

Os procuradores argumentam que, de acordo com a "Convenção SAR", qualquer pessoa encontrada em perigo no mar deve ser assistida e ter um local de segurança. O ministério Público alega ainda que o ministro tomou a decisão para seu benefício político.

"Salvini, enquanto ministro do Interior, agiu no âmbito das suas competências e do mandato político que lhe foi conferido", observou Loizzo, acrescentando que "tinha o apoio de outros partidos da coligação no governo na altura. Foi prestada assistência e os menores foram autorizados a desembarcar. Parece que todo o partido da Liga foi levado a julgamento". O ex-primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte e o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Luigi Di Maio foram chamados como testemunhas no julgamento.

Matteo Salvini, que foi absolvido num caso semelhante envolvendo migrantes resgatados pelo navio da guarda costeira Gregoretti em julho de 2019, diz que não se arrepende das suas ações e que o fez para defender o país. Enquanto aguardam a sentença final, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e o vice-primeiro-ministro Antonio Tajani expressaram a sua solidariedade para com o ministro.

Se for condenado, o ministro poderá ser impedido de exercer cargos públicos. Mas poderá demorar algum tempo até que isso se torne efetivo, uma vez que o líder da Liga pode decidir recorrer da decisão do juiz.

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