{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2024/09/19/primeiro-ministro-da-albania-insiste-que-acordo-relativo-aos-migrantes-e-exclusivo-de-ital" }, "headline": "Primeiro-ministro da Alb\u00e2nia insiste que acordo relativo aos migrantes \u00e9 \u201cexclusivo\u201d de It\u00e1lia ", "description": "Edi Rama insistiu que o acordo entre a Alb\u00e2nia e It\u00e1lia relativo aos requerentes de asilo n\u00e3o se vai estender a mais nenhum pa\u00eds. A declara\u00e7\u00e3o surge numa altura em que v\u00e1rios pa\u00edses, de dentro e fora do bloco, mostram interesse no acordo.", "articleBody": "Os governos que pretendam reproduzir o acordo celebrado entre It\u00e1lia e a Alb\u00e2nia para externalizar o tratamento dos pedidos de asilo n\u00e3o devem procurar no pa\u00eds dos Balc\u00e3s um parceiro, disse o primeiro-ministro alban\u00eas, Edi Rama, \u00e0 Euronews.\u0022Este \u00e9 um acordo exclusivo com It\u00e1lia. Gostamos de toda a gente, mas com It\u00e1lia temos um amor incondicional\u0022, disse Rama, no Parlamento Europeu, na quinta-feira.O repetido aviso surge dias depois da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, ter afirmado que o seu hom\u00f3logo brit\u00e2nico, Keir Starmer, tinha manifestado um grande interesse no projeto, numa altura em que a deslocaliza\u00e7\u00e3o dos procedimentos de asilo ganha for\u00e7a entre as capitais da UE.A Alb\u00e2nia est\u00e1 a oferecer uma solu\u00e7\u00e3o pragm\u00e1tica, explicou Rama, negando tamb\u00e9m que o acordo seja uma contrapartida aos esfor\u00e7os da It\u00e1lia para fazer avan\u00e7ar o pa\u00eds na via da ades\u00e3o \u00e0 UE. H\u00e1 uma d\u00e9cada que a Alb\u00e2nia \u00e9 um pa\u00eds candidato oficial \u00e0 ades\u00e3o ao bloco.\u0022Decidimos fazer isto [acordo sobre migra\u00e7\u00e3o] com base no sentimento de responsabilidade como vizinhos, como europeus\u0022, afirmou o primeiro-ministro da Alb\u00e2nia, acrescentando que \u0022Com certeza \u00e9 melhor do que apenas lutar ideologicamente sobre esta quest\u00e3o e n\u00e3o fazer nada.\u0022Nos termos do acordo de cinco anos celebrado entre Tirana e Roma em novembro ado, os migrantes intercetados no mar pelas autoridades italianas ser\u00e3o transferidos para centros de rece\u00e7\u00e3o perto do porto alban\u00eas de Shengjin, onde os seus pedidos de prote\u00e7\u00e3o internacional ser\u00e3o rapidamente processados por pessoal italiano.Apenas os migrantes provenientes de pa\u00edses considerados seguros por It\u00e1lia, e cujos pedidos s\u00e3o, por conseguinte, suscet\u00edveis de serem rejeitados, ser\u00e3o enviados para esses centros.Os requerentes selecionados receber\u00e3o asilo em It\u00e1lia, enquanto os que n\u00e3o forem eleg\u00edveis ser\u00e3o detidos e repatriados. Os centros, constru\u00eddos a expensas de Roma e sob jurisdi\u00e7\u00e3o italiana, ainda n\u00e3o abriram, apesar do governo de extrema-direita italiano ter inicialmente planeado coloc\u00e1-los em funcionamento at\u00e9 \u00e0 primavera de 2024.O objetivo declarado de Roma \u00e9 processar at\u00e9 36.000 pedidos por ano na Alb\u00e2nia.Bruxelas n\u00e3o se op\u00f4s ao acordo, afirmando que \u0022n\u00e3o se enquadra\u0022 no \u00e2mbito do direito comunit\u00e1rio. A presidente da Comiss\u00e3o Europeia, Ursula von der Leyen, elogiou o acordo, apesar dos avisos dos defensores dos direitos humanos de que os migrantes poderiam enfrentar \u0022longas deten\u00e7\u00f5es e outras viola\u00e7\u00f5es\u0022 e ficar presos num limbo jur\u00eddico.Numa carta aos l\u00edderes da UE, von der Leyen descreveu o acordo como um \u0022exemplo de pensamento inovador\u0022 que pode ajudar os pa\u00edses a controlar o n\u00famero crescente de chegadas irregulares. A Comiss\u00e1ria encarregou agora o novo Comiss\u00e1rio indigitado respons\u00e1vel pela migra\u00e7\u00e3o de \u0022orientar as reflex\u00f5es sobre solu\u00e7\u00f5es operacionais inovadoras\u0022 para a migra\u00e7\u00e3o irregular, um termo eufem\u00edstico frequentemente associado \u00e0 pr\u00e1tica de \u0022outscouring\u0022.O acordo de Meloni com a Alb\u00e2nia, que faz parte dos esfor\u00e7os do seu governo de extrema-direita para reprimir a migra\u00e7\u00e3o em It\u00e1lia, suscitou curiosidade nas capitais dentro e fora do bloco.Numa carta conjunta dirigida \u00e0 Comiss\u00e3o Europeia, em maio detse ano, 15 Estados-membros instaram o bloco a \u0022basear-se em modelos como o Protocolo It\u00e1lia-Alb\u00e2nia\u0022, como parte de um esfor\u00e7o conjunto para externalizar parcialmente a pol\u00edtica de migra\u00e7\u00e3o e asilo da UE.Migra\u00e7\u00e3o tornou-se numa prioridade pol\u00edtica em todos os pa\u00edses da UENos \u00faltimos anos, a migra\u00e7\u00e3o tem-se catapultado para o topo das prioridades pol\u00edticas em todos os pa\u00edses da UE, \u00e0 medida que as crescentes preocupa\u00e7\u00f5es com um aumento acentuado das chegadas irregulares alimentam o capital pol\u00edtico de partidos de extrema-direita anteriormente marginais.O comiss\u00e1rio alem\u00e3o para a migra\u00e7\u00e3o, Joachim Stamp, que pertence ao Partido Liberal Democrata (FDP), sugeriu recentemente que as instala\u00e7\u00f5es financiadas pelo anterior governo conservador do Reino Unido no Ruanda poderiam ser utilizadas como parte de um plano europeu para alojar migrantes n\u00e3o autorizados.\u0022Atualmente, n\u00e3o temos nenhum pa\u00eds terceiro que se tenha apresentado, com exce\u00e7\u00e3o do Ruanda\u0022, disse Stamp no in\u00edcio deste m\u00eas num podcast da Table Media alem\u00e3.O controverso acordo entre o Reino Unido e o Ruanda, que difere crucialmente do acordo entre a It\u00e1lia e a Alb\u00e2nia, na medida em que o anterior governo brit\u00e2nico n\u00e3o estava disposto a oferecer asilo no Reino Unido a requerentes eleg\u00edveis processados no estrangeiro, foi abandonado pelo governo de Keir Starmer em julho.Mas o rec\u00e9m-eleito primeiro-ministro de esquerda est\u00e1 interessado no protocolo It\u00e1lia-Alb\u00e2nia. Starmer encontrou-se com Meloni em Roma na semana ada e disse que iria \u0022estudar\u0022 o acordo como parte da abordagem \u0022pragm\u00e1tica\u0022 do Reino Unido para reduzir as chegadas irregulares.", "dateCreated": "2024-09-19T10:41:54+02:00", "dateModified": "2024-09-19T18:23:12+02:00", "datePublished": "2024-09-19T18:23:12+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F74%2F34%2F20%2F1440x810_cmsv2_32052c39-2455-58ec-ae2a-f9e1974201ff-8743420.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Primeiro-ministro alban\u00eas Edi Rama", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F74%2F34%2F20%2F432x243_cmsv2_32052c39-2455-58ec-ae2a-f9e1974201ff-8743420.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "familyName": "Jones", "givenName": "Mared Gwyn", "name": "Mared Gwyn Jones", "url": "/perfis/2766", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@MaredGwyn", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Correspondant \u00e0 Bruxelles" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Primeiro-ministro da Albânia insiste que acordo relativo aos migrantes é “exclusivo” de Itália

Primeiro-ministro albanês Edi Rama
Primeiro-ministro albanês Edi Rama Direitos de autor Vlasov Sulaj/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Vlasov Sulaj/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De Mared Gwyn Jones
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Edi Rama insistiu que o acordo entre a Albânia e Itália relativo aos requerentes de asilo não se vai estender a mais nenhum país. A declaração surge numa altura em que vários países, de dentro e fora do bloco, mostram interesse no acordo.

PUBLICIDADE

Os governos que pretendam reproduzir o acordo celebrado entre Itália e a Albânia para externalizar o tratamento dos pedidos de asilo não devem procurar no país dos Balcãs um parceiro, disse o primeiro-ministro albanês, Edi Rama, à Euronews.

"Este é um acordo exclusivo com Itália. Gostamos de toda a gente, mas com Itália temos um amor incondicional", disse Rama, no Parlamento Europeu, na quinta-feira.

O repetido aviso surge dias depois da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, ter afirmado que o seu homólogo britânico, Keir Starmer, tinha manifestado um grande interesse no projeto, numa altura em que a deslocalização dos procedimentos de asilo ganha força entre as capitais da UE.

A Albânia está a oferecer uma solução pragmática, explicou Rama, negando também que o acordo seja uma contrapartida aos esforços da Itália para fazer avançar o país na via da adesão à UE. Há uma década que a Albânia é um país candidato oficial à adesão ao bloco.

"Decidimos fazer isto [acordo sobre migração] com base no sentimento de responsabilidade como vizinhos, como europeus", afirmou o primeiro-ministro da Albânia, acrescentando que "Com certeza é melhor do que apenas lutar ideologicamente sobre esta questão e não fazer nada."

Nos termos do acordo de cinco anos celebrado entre Tirana e Roma em novembro ado, os migrantes intercetados no mar pelas autoridades italianas serão transferidos para centros de receção perto do porto albanês de Shengjin, onde os seus pedidos de proteção internacional serão rapidamente processados por pessoal italiano.

Apenas os migrantes provenientes de países considerados seguros por Itália, e cujos pedidos são, por conseguinte, suscetíveis de serem rejeitados, serão enviados para esses centros.

Os requerentes selecionados receberão asilo em Itália, enquanto os que não forem elegíveis serão detidos e repatriados. Os centros, construídos a expensas de Roma e sob jurisdição italiana, ainda não abriram, apesar do governo de extrema-direita italiano ter inicialmente planeado colocá-los em funcionamento até à primavera de 2024.

O objetivo declarado de Roma é processar até 36.000 pedidos por ano na Albânia.

Bruxelas não se opôs ao acordo, afirmando que "não se enquadra" no âmbito do direito comunitário. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, elogiou o acordo, apesar dos avisos dos defensores dos direitos humanos de que os migrantes poderiam enfrentar "longas detenções e outras violações" e ficar presos num limbo jurídico.

Numa carta aos líderes da UE, von der Leyen descreveu o acordo como um "exemplo de pensamento inovador" que pode ajudar os países a controlar o número crescente de chegadas irregulares. A Comissária encarregou agora o novo Comissário indigitado responsável pela migração de "orientar as reflexões sobre soluções operacionais inovadoras" para a migração irregular, um termo eufemístico frequentemente associado à prática de "outscouring".

O acordo de Meloni com a Albânia, que faz parte dos esforços do seu governo de extrema-direita para reprimir a migração em Itália, suscitou curiosidade nas capitais dentro e fora do bloco.

Numa carta conjunta dirigida à Comissão Europeia, em maio detse ano, 15 Estados-membros instaram o bloco a "basear-se em modelos como o Protocolo Itália-Albânia", como parte de um esforço conjunto para externalizar parcialmente a política de migração e asilo da UE.

Migração tornou-se numa prioridade política em todos os países da UE

Nos últimos anos, a migração tem-se catapultado para o topo das prioridades políticas em todos os países da UE, à medida que as crescentes preocupações com um aumento acentuado das chegadas irregulares alimentam o capital político de partidos de extrema-direita anteriormente marginais.

O comissário alemão para a migração, Joachim Stamp, que pertence ao Partido Liberal Democrata (FDP), sugeriu recentemente que as instalações financiadas pelo anterior governo conservador do Reino Unido no Ruanda poderiam ser utilizadas como parte de um plano europeu para alojar migrantes não autorizados.

"Atualmente, não temos nenhum país terceiro que se tenha apresentado, com exceção do Ruanda", disse Stamp no início deste mês num podcast da Table Media alemã.

O controverso acordo entre o Reino Unido e o Ruanda, que difere crucialmente do acordo entre a Itália e a Albânia, na medida em que o anterior governo britânico não estava disposto a oferecer asilo no Reino Unido a requerentes elegíveis processados no estrangeiro, foi abandonado pelo governo de Keir Starmer em julho.

Mas o recém-eleito primeiro-ministro de esquerda está interessado no protocolo Itália-Albânia. Starmer encontrou-se com Meloni em Roma na semana ada e disse que iria "estudar" o acordo como parte da abordagem "pragmática" do Reino Unido para reduzir as chegadas irregulares.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Apoiantes da oposição albanesa entram em confronto com a polícia e exigem a demissão do primeiro-ministro

Pagar pela bagagem de cabina? UE considera a possibilidade de o autorizar

Países Baixos: partido de extrema-direita de Geert Wilders retira-se da coligação no poder