{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2024/09/04/von-der-leyen-defende-a-revisao-da-pac-no-ambito-da-reforma-da-politica-alimentar-da-ue" }, "headline": "Von der Leyen defende a revis\u00e3o da PAC no \u00e2mbito da reforma da pol\u00edtica alimentar da UE", "description": "A Presidente da Comiss\u00e3o Europeia, Ursula von der Leyen, foi instada a abrir um novo cap\u00edtulo na pol\u00edtica alimentar da UE e a rever o atual sistema da PAC, na sequ\u00eancia das recomenda\u00e7\u00f5es de um grupo de reflex\u00e3o.", "articleBody": "Anunciado por Von der Leyen no discurso sobre o estado da Uni\u00e3o do ano ado, o di\u00e1logo estrat\u00e9gico para o futuro da agricultura da UE foi concebido para fazer face \u00e0 crescente polariza\u00e7\u00e3o no debate sobre a pol\u00edtica agr\u00edcola e alimentar.O grupo, que re\u00fane representantes de 29 cooperativas de agricultores, empresas agro-industriais, ONG's, sociedade civil, institui\u00e7\u00f5es financeiras e universidades, trabalhou durante mais de sete meses para produzir um relat\u00f3rio de mais de 100 p\u00e1ginas que apresenta uma vis\u00e3o para o futuro dos sistemas agroalimentares europeus.O relat\u00f3rio final, aprovado por consenso por todos os seus membros, foi hoje apresentado \u00e0 Comiss\u00e1ria Von der Leyen pelo seu presidente, o Professor alem\u00e3o Peter Strohschneider.O relat\u00f3rio sublinha a urg\u00eancia da reforma dos sistemas alimentares e destaca a necessidade de uma a\u00e7\u00e3o imediata. 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Sugere que \u0022se e dos atuais pagamentos que n\u00e3o diminuem sucessivamente consoante a superf\u00edcie explorada, para uma abordagem eficaz de apoio ao rendimento, apoio p\u00fablico financeiro\u0022.A refer\u00eancia \u00e9 aos contestados pagamentos diretos aos agricultores por hectare, que constituem cerca de 75% da Pol\u00edtica Agr\u00edcola Comum (PAC) e que, sem um limite m\u00e1ximo, alegadamente permitem que as grandes explora\u00e7\u00f5es beneficiem excessivamente dos subs\u00eddios europeus.\u0022A opini\u00e3o partilhada pelos membros do di\u00e1logo estrat\u00e9gico \u00e9 muito clara: o dinheiro p\u00fablico n\u00e3o deve ser gasto com quem n\u00e3o precisa dele\u0022, afirmou o Professor Peter Strohschneider, presidente do grupo de reflex\u00e3o.\u0022A recomenda\u00e7\u00e3o \u00e9 que a PAC seja adequada ao seu objetivo\u0022, afirmou em entrevista \u00e0 Euronews, colocando a t\u00f3nica na dinamiza\u00e7\u00e3o das zonas rurais, mas tamb\u00e9m na recompensa das pr\u00e1ticas agr\u00edcolas sustent\u00e1veis.Uma das propostas mais ambiciosas do relat\u00f3rio \u00e9 a cria\u00e7\u00e3o de um Fundo para uma Transi\u00e7\u00e3o Justa no setor agroalimentar. 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O documento surge numa altura em que a implementa\u00e7\u00e3o da anterior estrat\u00e9gia \u0022Do Prado ao Prato\u0022 est\u00e1 estagnada, num contexto de crescente descontentamento entre os agricultores de toda a Europa.\u0022J\u00e1 demos in\u00edcio a uma nova abordagem que a por uma maior confian\u00e7a nos agricultores e menos microgest\u00e3o, mas melhores incentivos\u0022, afirmou Von der Leyen.O documento tamb\u00e9m sublinha a import\u00e2ncia de reduzir a burocracia desnecess\u00e1ria e de garantir uma pol\u00edtica inclusiva nos processos de tomada de decis\u00e3o.Entre os seus dez princ\u00edpios orientadores, o relat\u00f3rio reconhece a import\u00e2ncia estrat\u00e9gica da produ\u00e7\u00e3o alimentar e agr\u00edcola no atual contexto geopol\u00edtico e como uma componente vital da seguran\u00e7a europeia.Tendo em conta esta relev\u00e2ncia estrat\u00e9gica, o relat\u00f3rio convida a Comiss\u00e3o a rever as suas estrat\u00e9gias de negocia\u00e7\u00e3o comercial e os m\u00e9todos de avalia\u00e7\u00e3o do impacto dos acordos comerciais.Nova abordagem da sustentabilidadeO relat\u00f3rio apelou a uma abordagem mais ampla da sustentabilidade, que englobe n\u00e3o s\u00f3 as preocupa\u00e7\u00f5es ecol\u00f3gicas, mas tamb\u00e9m a viabilidade econ\u00f3mica dos agricultores e as suas responsabilidades sociais.Defendeu a plena aplica\u00e7\u00e3o da condicionalidade social no \u00e2mbito da PAC, ligando os fundos da UE ao cumprimento de normas laborais m\u00ednimas.O grupo tamb\u00e9m recomendou o desenvolvimento de um sistema de \u0022nova avalia\u00e7\u00e3o comparativa da sustentabilidade\u0022 para normalizar a avalia\u00e7\u00e3o das pr\u00e1ticas sustent\u00e1veis, abordando a atual falta de uma metodologia unificada.Al\u00e9m disso, o relat\u00f3rio prop\u00f4s a cria\u00e7\u00e3o de um organismo alargado de partes interessadas, o Conselho Europeu Agro-Alimentar (EBAF), para continuar o trabalho do di\u00e1logo estrat\u00e9gico. 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Von der Leyen defende a revisão da PAC no âmbito da reforma da política alimentar da UE

O relatório final, aprovado por consenso por todos os seus membros, foi apresentado hoje à Comissária von der Leyen pelo seu presidente, o professor alemão Peter Strohschneider.
O relatório final, aprovado por consenso por todos os seus membros, foi apresentado hoje à Comissária von der Leyen pelo seu presidente, o professor alemão Peter Strohschneider. Direitos de autor Dati Bendo/ EU/Dati Bendo
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De Gerardo Fortunavideo by Aïda Sanchez Alonso
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A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, foi instada a abrir um novo capítulo na política alimentar da UE e a rever o atual sistema da PAC, na sequência das recomendações de um grupo de reflexão.

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Anunciado por Von der Leyen no discurso sobre o estado da União do ano ado, o diálogo estratégico para o futuro da agricultura da UE foi concebido para fazer face à crescente polarização no debate sobre a política agrícola e alimentar.

O grupo, que reúne representantes de 29 cooperativas de agricultores, empresas agro-industriais, ONG's, sociedade civil, instituições financeiras e universidades, trabalhou durante mais de sete meses para produzir um relatório de mais de 100 páginas que apresenta uma visão para o futuro dos sistemas agroalimentares europeus.

O relatório final, aprovado por consenso por todos os seus membros, foi hoje apresentado à Comissária Von der Leyen pelo seu presidente, o Professor alemão Peter Strohschneider.

O relatório sublinha a urgência da reforma dos sistemas alimentares e destaca a necessidade de uma ação imediata. Salienta também que a cooperação e o diálogo em toda a cadeia de valor alimentar são essenciais para reformular a política alimentar da UE.

"A minha equipa e eu iremos, naturalmente, estudar cuidadosamente as recomendações do relatório, que serão depois integradas na visão para a agricultura e a alimentação", declarou Von der Leyen numa conferência de imprensa.

A presidente da Comissão Europeia comprometeu-se anteriormente a apresentar um roteiro nos primeiros 100 dias do seu próximo mandato.

Reforma da PAC e Fundo para uma Transição Justa

O relatório aborda a necessidade de reformar o programa de subsídios agrícolas da UE, a Política Agrícola Comum (PAC). Sugere que "se e dos atuais pagamentos que não diminuem sucessivamente consoante a superfície explorada, para uma abordagem eficaz de apoio ao rendimento, apoio público financeiro".

A referência é aos contestados pagamentos diretos aos agricultores por hectare, que constituem cerca de 75% da Política Agrícola Comum (PAC) e que, sem um limite máximo, alegadamente permitem que as grandes explorações beneficiem excessivamente dos subsídios europeus.

"A opinião partilhada pelos membros do diálogo estratégico é muito clara: o dinheiro público não deve ser gasto com quem não precisa dele", afirmou o Professor Peter Strohschneider, presidente do grupo de reflexão.

"A recomendação é que a PAC seja adequada ao seu objetivo", afirmou em entrevista à Euronews, colocando a tónica na dinamização das zonas rurais, mas também na recompensa das práticas agrícolas sustentáveis.

Uma das propostas mais ambiciosas do relatório é a criação de um Fundo para uma Transição Justa no setor agroalimentar. Este apoio único ao investimento, separado do orçamento da PAC, concederia empréstimos ou subvenções para apoiar os agricultores na transição para práticas mais sustentáveis.

O relatório aborda igualmente as práticas ambientais obrigatórias, associadas aos subsídios da UE, que inicialmente faziam parte da arquitetura ecológica da PAC, mas que foram recentemente alteradas na sequência de protestos generalizados dos agricultores.

O grupo sugeriu apenas "oferecer um pacote de medidas voluntárias aprovadas pela Comissão", nomeadamente a promoção de práticas ambientais sem as tornar obrigatórias.

Virar a página

O relatório defende uma mudança na abordagem da UE à política alimentar. O documento surge numa altura em que a implementação da anterior estratégia "Do Prado ao Prato" está estagnada, num contexto de crescente descontentamento entre os agricultores de toda a Europa.

"Já demos início a uma nova abordagem que a por uma maior confiança nos agricultores e menos microgestão, mas melhores incentivos", afirmou Von der Leyen.

O documento também sublinha a importância de reduzir a burocracia desnecessária e de garantir uma política inclusiva nos processos de tomada de decisão.

Entre os seus dez princípios orientadores, o relatório reconhece a importância estratégica da produção alimentar e agrícola no atual contexto geopolítico e como uma componente vital da segurança europeia.

Tendo em conta esta relevância estratégica, o relatório convida a Comissão a rever as suas estratégias de negociação comercial e os métodos de avaliação do impacto dos acordos comerciais.

Nova abordagem da sustentabilidade

O relatório apelou a uma abordagem mais ampla da sustentabilidade, que englobe não só as preocupações ecológicas, mas também a viabilidade económica dos agricultores e as suas responsabilidades sociais.

Defendeu a plena aplicação da condicionalidade social no âmbito da PAC, ligando os fundos da UE ao cumprimento de normas laborais mínimas.

O grupo também recomendou o desenvolvimento de um sistema de "nova avaliação comparativa da sustentabilidade" para normalizar a avaliação das práticas sustentáveis, abordando a atual falta de uma metodologia unificada.

Além disso, o relatório propôs a criação de um organismo alargado de partes interessadas, o Conselho Europeu Agro-Alimentar (EBAF), para continuar o trabalho do diálogo estratégico. Este organismo seria responsável pelo desenvolvimento, aplicação, supervisão e aperfeiçoamento do quadro de avaliação comparativa, pela resolução de incoerências e pelo acompanhamento dos progressos.

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