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A quest\u00e3o da Ucr\u00e2nia Em particular, o executivo da UE estava preocupado com a forma como a Republika Srpska, uma das duas entidades territoriais do pa\u00eds - composta maioritariamente por s\u00e9rvios -, tinha defendido uma posi\u00e7\u00e3o neutra em rela\u00e7\u00e3o \u00e0 invas\u00e3o da Ucr\u00e2nia pela R\u00fassia. Ainda no m\u00eas ado, o presidente desse territ\u00f3rio, Milorad Dodik, teve novo encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, sendo o quarto desde que as tropas russas invadiram a Ucr\u00e2nia em larga escala. No entanto, von der Leyen garantiu que \u0022a B\u00f3snia-Herzegovina est\u00e1 agora totalmente alinhada com a nossa pol\u00edtica externa e de seguran\u00e7a, o que \u00e9 crucial nestes tempos de turbul\u00eancia geopol\u00edtica\u0022. V\u00e1rios estados-membros da UE - os chamados \u0022amigos da B\u00f3snia\u0022 -, apelaram a que o processo de ades\u00e3o avan\u00e7asse ao mesmo ritmo que o da Ucr\u00e2nia. Entre eles est\u00e3o a \u00c1ustria, a Cro\u00e1cia, a It\u00e1lia, a Hungria e a Eslov\u00e9nia. A invas\u00e3o da R\u00fassia injetou um sentimento de energia renovada no futuro alargamento da Uni\u00e3o Europeia, com a integra\u00e7\u00e3o dos Estados dos Balc\u00e3s Ocidentais vista por muitos como crucial para refor\u00e7ar a relev\u00e2ncia geopol\u00edtica do bloco. O ministro austr\u00edaco dos Neg\u00f3cios Estrangeiros, Alexander Schallenberg, afirmou que a abertura de conversa\u00e7\u00f5es com a B\u00f3snia-Herzegovina \u00e9 um \u0022sinal forte\u0022 para a \u0022integra\u00e7\u00e3o dos Balc\u00e3s Ocidentais\u0022 na UE, em rea\u00e7\u00e3o ao an\u00fancio desta ter\u00e7a-feira. 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Bruxelas recomenda conversações de adesão à UE com a Bósnia-Herzegovina

A Presidente do Conselho de Ministros da Bósnia e Herzegovina, Borjana Kristo, à direita, posa com a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen,
A Presidente do Conselho de Ministros da Bósnia e Herzegovina, Borjana Kristo, à direita, posa com a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, Direitos de autor Armin Durgut/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Armin Durgut/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
De Mared Gwyn Jones
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A Comissão Europeia vai recomendar, hoje, a abertura de negociações de adesão à UE com a Bósnia e Herzegovina, oito anos depois deste país dos Balcãs Ocidentais se ter candidatado a membro do bloco.

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"Desde que concedemos o estatuto de candidato, a Bósnia-Herzegovina deu os impressionantes. Em pouco mais de um ano, registaram-se mais progressos do que em mais de uma década", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, ao anunciar a decisão do seu executivo, num discurso perante o Parlamento Europeu,  reunido em plenário, em Estrasburgo (França).

"É claro que são necessários mais progressos para aderir à nossa União. Mas o país está a mostrar que pode cumprir os critérios de adesão e a aspiração dos seus cidadãos de fazerem parte da nossa família", acrescentou von der Leyen.

"O futuro da Bósnia-Herzegovina está na nossa União", disse, ainda.

A recomendação da Comissão  Europeia terá de ser aprovada pelos 27 líderes da UE, que deverão tomar uma decisão numa cimeira a realizar, na próxima semana, em Bruxelas.

A Bósnia-Herzegovina - que recebeu  estatuto de candidato à UE em dezembro de 2022 - é um dos cinco países dos Balcãs Ocidentais reconhecidos como candidatos oficiais à adesão. Até hoje, era o único desses países que ainda não tinha iniciado as negociações formais.

As divisões étnicas profundamente enraizadas e os atrasos nas reformas constitucionais, judiciais e eleitorais levaram ao adiamento ao longo de vários anos.

Na sua avaliação anual dos progressos realizados pelos países candidatos à adesão, publicada em outubro último, a Comissão afirmou que, para que a candidatura possa avançar, eram urgentes as reformas constitucionais e eleitorais e um melhor alinhamento com a política externa da UE.

A questão da Ucrânia

Em particular, o executivo da UE estava preocupado com a forma como a Republika Srpska, uma das duas entidades territoriais do país - composta maioritariamente por sérvios -, tinha defendido uma posição neutra em relação à invasão da Ucrânia pela Rússia.

Ainda no mês ado, o presidente desse território, Milorad Dodik, teve novo encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, sendo o quarto desde que as tropas russas invadiram a Ucrânia em larga escala.

No entanto, von der Leyen garantiu que "a Bósnia-Herzegovina está agora totalmente alinhada com a nossa política externa e de segurança, o que é crucial nestes tempos de turbulência geopolítica".

Vários estados-membros da UE - os chamados "amigos da Bósnia" -, apelaram a que o processo de adesão avançasse ao mesmo ritmo que o da Ucrânia. Entre eles estão a Áustria, a Croácia, a Itália, a Hungria e a Eslovénia.

A invasão da Rússia injetou um sentimento de energia renovada no futuro alargamento da União Europeia, com a integração dos Estados dos Balcãs Ocidentais vista por muitos como crucial para reforçar a relevância geopolítica do bloco.

O ministro austríaco dos Negócios Estrangeiros, Alexander Schallenberg, afirmou que a abertura de conversações com a Bósnia-Herzegovina é um "sinal forte" para a "integração dos Balcãs Ocidentais" na UE, em reação ao anúncio desta terça-feira.

Se os dirigentes da UE derem luz verde à recomendação da Comissão, a Bósnia-Herzegovina poderá ar à fase seguinte das conversações. Mas estas conversações marcariam apenas o início de um longo e muitas vezes complicado processo, que pode levar anos até que um país se torne um membro de pleno direito.

Espera-se também que a Comissão apresente, esta semana, um projeto de quadro de negociação para a adesão da Ucrânia e da Moldávia. Esse projeto terá de ser aprovado pelos dirigentes da UE.

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