{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2023/12/20/ministros-das-financas-aprovam-a-reforma-das-regras-orcamentais-da-ue" }, "headline": "Ministros das Finan\u00e7as aprovam a reforma das regras or\u00e7amentais da UE", "description": "Os ministros da Economia e das Finan\u00e7as da Uni\u00e3o Europeia fecharam, na quarta-feira, um acordo para reformar as regras fiscais do bloco, um avan\u00e7o que s\u00f3 foi poss\u00edvel depois de a Alemanha e a Fran\u00e7a terem chegado a um consenso ap\u00f3s dois meses de debate.", "articleBody": "Os governos de Berlim e Paris estiveram durante meses em lados opostos da mesa, com o primeiro a insistir em salvaguardas autom\u00e1ticas para reduzir os n\u00edveis de d\u00edvida e o segundo a defender uma maior flexibilidade para criar espa\u00e7o suficiente para despesas em setores estrat\u00e9gicos. Os ministros das Finan\u00e7as alem\u00e3o, Christian Lindner, e franc\u00eas, Bruno Le Maire, intensificaram os os bilaterais nas \u00faltimas semanas, numa tentativa de ultraar o ime. O esfor\u00e7o concretizou-se na ter\u00e7a-feira \u00e0 noite, quando os dois pol\u00edticos se reuniram em Paris (Fran\u00e7a) e anunciaram um compromisso. Le Maire falou depois com o seu hom\u00f3logo italiano, Giancarlo Giorgetti, para se certificar de que os tr\u00eas maiores pa\u00edses do bloco estavam de acordo. \u0022Encontr\u00e1mos o equil\u00edbrio certo\u0022, disse Le Maire ao lado de Lindner. \u0022Precisamos de ter finan\u00e7as p\u00fablicas sustent\u00e1veis em toda a Europa. 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Antecipando a reuni\u00e3o virtual, a Espanha, atual detentora da presid\u00eancia rotativa do Conselho, tinha preparado um texto jur\u00eddico alterado que reduzia ao m\u00ednimo o n\u00famero de quest\u00f5es pendentes. Faltavam apenas dois elementos a decidir: o ritmo a que os pa\u00edses t\u00eam de cumprir o objetivo do d\u00e9fice e o desvio m\u00e1ximo permitido em rela\u00e7\u00e3o aos seus compromissos or\u00e7amentais. A reforma ainda tem de ser negociada com o Parlamento Europeu, um processo que se espera seja relativamente r\u00e1pido para garantir que o novo quadro esteja em vigor na altura em que os governos elaborarem os seus pr\u00f3ximos or\u00e7amentos. Uma reforma desejada As regras or\u00e7amentais, que remontam ao final da d\u00e9cada de 1990, obrigam os 27 Estados-membros a manter os seus d\u00e9fices or\u00e7amentais abaixo dos 3% do produto interno bruto (PIB) e os seus n\u00edveis de d\u00edvida p\u00fablica abaixo dos 60% do PIB, limiares que muitos excedem, atualmente, ap\u00f3s anos de inje\u00e7\u00e3o de dinheiro para amortecer o impacto de crises sucessivas. A reforma, proposta pela Comiss\u00e3o Europeia, em abril, mant\u00e9m inalterados os objetivos de 3% e 60%, que alguns economistas consideram arbitr\u00e1rios e obsoletos, mas introduz altera\u00e7\u00f5es consider\u00e1veis na forma como os dois valores t\u00eam de ser cumpridos na pr\u00e1tica. Cada Estado-membro dever\u00e1 elaborar um plano or\u00e7amental a m\u00e9dio prazo para reduzir o seu d\u00e9fice a um ritmo cred\u00edvel e colocar a d\u00edvida numa \u0022trajet\u00f3ria descendente plaus\u00edvel\u0022. 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Mas a Fran\u00e7a, cuja d\u00edvida se situa h\u00e1 muito acima do limiar de 90%, resistiu a esta abordagem, argumentando que as normas autom\u00e1ticas seriam contraproducentes, dissuadiriam os investimentos em setores estrat\u00e9gicos e asfixiariam o crescimento econ\u00f3mico. O ime levou a longos meses de debate sobre a reforma, ao ponto de os outros Estados-membros terem ficado \u00e0 espera de um avan\u00e7o franco-alem\u00e3o para poderem avan\u00e7ar. Entretanto, o rel\u00f3gio n\u00e3o parava: a revis\u00e3o tinha de ser fechada at\u00e9 ao final do ano, porque as regras anteriores devem ser reativadas em 1 de janeiro, depois de terem sido suspensas em mar\u00e7o de 2020 para fazer face ao choque da pandemia de Covid-19. O acordo preliminar inclui quase todas as principais exig\u00eancias expressas pela Alemanha, que tinha um maior n\u00famero de aliados do que a Fran\u00e7a e, por conseguinte, uma maior capacidade de negocia\u00e7\u00e3o. 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Ministros das Finanças aprovam a reforma das regras orçamentais da UE

O acordo da UE para reformar as regras fiscais só foi possível depois de a Alemanha e a França terem chegado a um compromisso.
O acordo da UE para reformar as regras fiscais só foi possível depois de a Alemanha e a França terem chegado a um compromisso. Direitos de autor Aurelien Morissard/Copyright 2022 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Aurelien Morissard/Copyright 2022 The AP. All rights reserved
De Jorge LiboreiroMaria Psara
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Os ministros da Economia e das Finanças da União Europeia fecharam, na quarta-feira, um acordo para reformar as regras fiscais do bloco, um avanço que só foi possível depois de a Alemanha e a França terem chegado a um consenso após dois meses de debate.

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Os governos de Berlim e Paris estiveram durante meses em lados opostos da mesa, com o primeiro a insistir em salvaguardas automáticas para reduzir os níveis de dívida e o segundo a defender uma maior flexibilidade para criar espaço suficiente para despesas em setores estratégicos.

Os ministros das Finanças alemão, Christian Lindner, e francês, Bruno Le Maire, intensificaram os os bilaterais nas últimas semanas, numa tentativa de ultraar o ime. O esforço concretizou-se na terça-feira à noite, quando os dois políticos se reuniram em Paris (França) e anunciaram um compromisso. Le Maire falou depois com o seu homólogo italiano, Giancarlo Giorgetti, para se certificar de que os três maiores países do bloco estavam de acordo.

"Encontrámos o equilíbrio certo", disse Le Maire ao lado de Lindner.

"Precisamos de ter finanças públicas sustentáveis em toda a Europa. E, por outro lado, também é necessário, e todos estão conscientes disso, um maior investimento na transição climática e na defesa", acrescentou.

"Percorremos um longo caminho", acrescentou, "há um ano, as nossas posições eram radicalmente diferentes. Graças ao trabalho árduo que realizámos em conjunto, com o apoio de muitos Estados-membros, incluindo a Itália (...) chegámos a esse acordo".

Linder disse que o seu país, que está a atravessar uma crise orçamental na sequência de uma decisão chocante do Tribunal Constitucional, nunca teria concordado com "regras que não são rigorosas".

"Rigorosas no sentido em que (as regras) são credíveis, suficientes e eficazes para conduzir a níveis de dívida mais baixos e a caminhos fiáveis para défices mais baixos", sublinhou Linder. "As regras antigas eram rigorosas no papel mas não na aplicação."

O compromisso franco-alemão abriu caminho para que os 27 Estados-membros fechassem um acordo preliminar durante uma videoconferência, na quarta-feira, colocando a revisão um o mais perto de uma conclusão bem-sucedida.

Antecipando a reunião virtual, a Espanha, atual detentora da presidência rotativa do Conselho, tinha preparado um texto jurídico alterado que reduzia ao mínimo o número de questões pendentes.

Faltavam apenas dois elementos a decidir: o ritmo a que os países têm de cumprir o objetivo do défice e o desvio máximo permitido em relação aos seus compromissos orçamentais.

A reforma ainda tem de ser negociada com o Parlamento Europeu, um processo que se espera seja relativamente rápido para garantir que o novo quadro esteja em vigor na altura em que os governos elaborarem os seus próximos orçamentos.

Uma reforma desejada

As regras orçamentais, que remontam ao final da década de 1990, obrigam os 27 Estados-membros a manter os seus défices orçamentais abaixo dos 3% do produto interno bruto (PIB) e os seus níveis de dívida pública abaixo dos 60% do PIB, limiares que muitos excedem, atualmente, após anos de injeção de dinheiro para amortecer o impacto de crises sucessivas.

A reforma, proposta pela Comissão Europeia, em abril, mantém inalterados os objetivos de 3% e 60%, que alguns economistas consideram arbitrários e obsoletos, mas introduz alterações consideráveis na forma como os dois valores têm de ser cumpridos na prática.

Cada Estado-membro deverá elaborar um plano orçamental a médio prazo para reduzir o seu défice a um ritmo credível e colocar a dívida numa "trajetória descendente plausível". Os planos específicos de cada país serão primeiro negociados entre a Comissão e as capitais com base numa "trajetória técnica", fornecida por Bruxelas, e posteriormente aprovados pelo Conselho Europeu.

Os ajustamentos orçamentais necessários para atingir - ou pelo menos aproximar-se - dos valores de 3% e 60% serão efetuados ao longo de quatro anos e poderão ser alargados para sete anos em troca de novas reformas e investimentos.

Ao longo de todo o processo, a Alemanha, apoiada por países "frugais" como os Países Baixos, a Áustria, a Suécia e a Dinamarca, insistiu que os ajustamentos deviam ser acompanhados de salvaguardas numéricas e homogéneas que garantissem uma redução anual dos níveis excessivos da dívida e do défice.

Mas a França, cuja dívida se situa há muito acima do limiar de 90%, resistiu a esta abordagem, argumentando que as normas automáticas seriam contraproducentes, dissuadiriam os investimentos em setores estratégicos e asfixiariam o crescimento económico.

O ime levou a longos meses de debate sobre a reforma, ao ponto de os outros Estados-membros terem ficado à espera de um avanço franco-alemão para poderem avançar.

Entretanto, o relógio não parava: a revisão tinha de ser fechada até ao final do ano, porque as regras anteriores devem ser reativadas em 1 de janeiro, depois de terem sido suspensas em março de 2020 para fazer face ao choque da pandemia de Covid-19.

O acordo preliminar inclui quase todas as principais exigências expressas pela Alemanha, que tinha um maior número de aliados do que a França e, por conseguinte, uma maior capacidade de negociação.

As regras reformadas serão apoiadas por duas salvaguardas numéricas, uma baseada na dívida e outra baseada no défice.

Além disso, os Estados-membros que ultraarem os limiares vinculativos e se desviarem dos compromissos assumidos no âmbito dos seus planos a médio prazo serão sujeitos, por defeito, ao chamado procedimento por défice excessivo (PDE). 

O início de um PDE conduzirá a multas se a infração persistir. As multas serão graduais para se tornarem mais credíveis e, o que é crucial, não terão um limite máximo, uma concessão fundamental para a coligação frugal.

A França, no entanto, ganhou uma disposição que estabelece uma "margem de resiliência" na salvaguarda do défice, que permitirá aos países que não cumpram o objetivo de 3% criar "amortecedores orçamentais" para fazer face a choques económicos. Este mecanismo garantirá que as despesas estratégicas possam continuar a fluir em qualquer altura, mesmo em condições adversas.

A subida das taxas de juro será tida em conta antes de a Comissão iniciar um procedimento por défice excessivo, o que representa mais uma vitória para Paris.

Por outro lado, a Itália, que partilhava as preocupações sas, obteve uma referência explícita para ter em conta as despesas públicas provenientes de projectos de defesa e do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A Itália é, de longe, o maior beneficiário do PRR com um total de 122,6 mil milhões de euros em empréstimos e 71,8 mil milhões de euros em subvenções.

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