{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2023/09/28/breton-ue-vai-acelerar-acordos-comerciais-sobre-materias-primas" }, "headline": "Breton: UE vai acelerar acordos comerciais sobre mat\u00e9rias-primas", "description": "A Uni\u00e3o Europeia (UE) deve tomar medidas urgentes para fechar mais acordos comerciais com vista ao fornecimento de mat\u00e9rias-primas essenciais, afirmou, quinta-feira, o comiss\u00e1rio europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, que terme o uso desses bens como \u0022armas\u0022.", "articleBody": "\u0022\u00c9 justo dizer que perdemos. Perdemos a nossa vantagem competitiva na explora\u00e7\u00e3o mineira e na transforma\u00e7\u00e3o\u0022, afirmou o comiss\u00e1rio europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, na cimeira da Ag\u00eancia Internacional da Energia (AIE), em Paris (Fran\u00e7a). \u0022Isto deve-se ao facto de termos menos reservas do que outras regi\u00f5es, \u00e0 complexidade istrativa, aos custos da energia, mas tamb\u00e9m porque consider\u00e1mos durante demasiado tempo que descarbonizar significava deslocalizarmo-nos para fora da UE, o que estava errado\u0022, acrescentou. A UE est\u00e1 fortemente dependente de pa\u00edses terceiros (que n\u00e3o s\u00e3o Estados-membros) para o fornecimento de minerais necess\u00e1rios \u00e0 produ\u00e7\u00e3o de tecnologias cr\u00edticas, tais como baterias para ve\u00edculos el\u00e9tricos e semicondutores, com a China a dominar o mercado mundial de minerais cr\u00edticos. A obten\u00e7\u00e3o de licen\u00e7as de aprova\u00e7\u00e3o para projectos mineiros e instala\u00e7\u00f5es de transforma\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m demora muito tempo na UE, colocando o bloco numa situa\u00e7\u00e3o de desvantagem competitiva. A Lei das Mat\u00e9rias-Primas Cr\u00edticas da UE (CRMA), adoptada em mar\u00e7o, visa aumentar a produ\u00e7\u00e3o interna e diversificar os parceiros comerciais, a fim de reduzir o dom\u00ednio da China sobre elementos vitais. Estabelece como objetivo que a UE processe pelo menos 40% do seu consumo anual de mat\u00e9rias-primas, at\u00e9 2030. Atualmente, a UE depende da China para 80% do seu l\u00edtio e 100% dos seus fornecimentos de minerais pesados de terras raras, tendo o governo de Pequim limitado,\u00a0recentemente, as suas exporta\u00e7\u00f5es de dois metais cr\u00edticos - o g\u00e1lio e o germ\u00e2nio - para a UE. \u0022\u00c9 agora claro que na UE n\u00e3o podemos substituir a depend\u00eancia dos combust\u00edveis f\u00f3sseis por uma depend\u00eancia das mat\u00e9rias-primas\u0022, afirmou Breton. Austr\u00e1lia e outros parceiros a dar aten\u00e7\u00e3o O aviso foi feito no momento em que a ministra dos Recursos Naturais da Austr\u00e1lia, Madeline King, faz uma digress\u00e3o pela Europa para promover o seu governo como um parceiro comercial fi\u00e1vel e asssinou, quinta-feira, um acordo de coopera\u00e7\u00e3o para o fornecimento de materiais cr\u00edticos com a ministra da Transi\u00e7\u00e3o Energ\u00e9tica de Fran\u00e7a, Agn\u00e8s Pannier-Runacher. No entanto, no in\u00edcio desta semana, Madeleine King avisou que a UE corre o risco de \u0022perder o barco\u0022 no fornecimento das mat\u00e9rias-primas necess\u00e1rias para eletrificar a sua economia se n\u00e3o agir t\u00e3o rapidamente como os seus concorrentes. Breton confirmou que os acordos com a Rep\u00fablica Democr\u00e1tica do Congo (RDC) e a Austr\u00e1lia dever\u00e3o ser conclu\u00eddos \u0022nos pr\u00f3ximos meses\u0022. O bloco assinou recentemente acordos semelhantes com o Canad\u00e1, a Nam\u00edbia, a Argentina e o Chile. O comiss\u00e1rio Breton sublinhou, ainda, que os acordos devem ser \u0022mutuamente ben\u00e9ficos\u0022, face a preocupa\u00e7\u00f5es de que a UE possa estar a incentivar o aumento da extra\u00e7\u00e3o de minerais sem considerar o impacto nas comunidades locais. O programa de investimento Global Gateway da UE, no valor de 300 mil milh\u00f5es de euros, ser\u00e1 utilizado para incentivar projectos de mat\u00e9rias-primas em pa\u00edses parceiros, afirmou Breton. ", "dateCreated": "2023-09-28T13:52:44+02:00", "dateModified": "2023-09-28T16:26:42+02:00", "datePublished": "2023-09-28T16:26:40+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F92%2F80%2F60%2F1440x810_cmsv2_43178aca-05b1-5f7e-8f69-abb5b1713cc6-7928060.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Thierry Breton, Comiss\u00e1rio Europeu respons\u00e1vel pelo Mercado Interno", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F92%2F80%2F60%2F432x243_cmsv2_43178aca-05b1-5f7e-8f69-abb5b1713cc6-7928060.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Jones", "givenName": "Mared Gwyn", "name": "Mared Gwyn Jones", "url": "/perfis/2766", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@MaredGwyn", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Correspondant \u00e0 Bruxelles" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Breton: UE vai acelerar acordos comerciais sobre matérias-primas

Thierry Breton, Comissário Europeu responsável pelo Mercado Interno
Thierry Breton, Comissário Europeu responsável pelo Mercado Interno Direitos de autor Virginia Mayo/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Virginia Mayo/Copyright 2023 The AP. All rights reserved
De Mared Gwyn Jones & Isabel Marques da Silva (Trad.)
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A União Europeia (UE) deve tomar medidas urgentes para fechar mais acordos comerciais com vista ao fornecimento de matérias-primas essenciais, afirmou, quinta-feira, o comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, que terme o uso desses bens como "armas".

PUBLICIDADE

"É justo dizer que perdemos. Perdemos a nossa vantagem competitiva na exploração mineira e na transformação", afirmou o comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, na cimeira da Agência Internacional da Energia (AIE), em Paris (França).

"Isto deve-se ao facto de termos menos reservas do que outras regiões, à complexidade istrativa, aos custos da energia, mas também porque considerámos durante demasiado tempo que descarbonizar significava deslocalizarmo-nos para fora da UE, o que estava errado", acrescentou.

A UE está fortemente dependente de países terceiros (que não são Estados-membros) para o fornecimento de minerais necessários à produção de tecnologias críticas, tais como baterias para veículos elétricos e semicondutores, com a China a dominar o mercado mundial de minerais críticos.

A obtenção de licenças de aprovação para projectos mineiros e instalações de transformação também demora muito tempo na UE, colocando o bloco numa situação de desvantagem competitiva.

A Lei das Matérias-Primas Críticas da UE (CRMA), adoptada em março, visa aumentar a produção interna e diversificar os parceiros comerciais, a fim de reduzir o domínio da China sobre elementos vitais.

É agora claro que na UE não podemos substituir a dependência dos combustíveis fósseis por uma dependência das matérias-primas.
Thierry Breton
Comissário europeu do Mercado Interno

Estabelece como objetivo que a UE processe pelo menos 40% do seu consumo anual de matérias-primas, até 2030. Atualmente, a UE depende da China para 80% do seu lítio e 100% dos seus fornecimentos de minerais pesados de terras raras, tendo o governo de Pequim limitado, recentemente, as suas exportações de dois metais críticos - o gálio e o germânio - para a UE.

"É agora claro que na UE não podemos substituir a dependência dos combustíveis fósseis por uma dependência das matérias-primas", afirmou Breton.

Austrália e outros parceiros a dar atenção

O aviso foi feito no momento em que a ministra dos Recursos Naturais da Austrália, Madeline King, faz uma digressão pela Europa para promover o seu governo como um parceiro comercial fiável e asssinou, quinta-feira, um acordo de cooperação para o fornecimento de materiais críticos com a ministra da Transição Energética de França, Agnès Pannier-Runacher.

No entanto, no início desta semana, Madeleine King avisou que a UE corre o risco de "perder o barco" no fornecimento das matérias-primas necessárias para eletrificar a sua economia se não agir tão rapidamente como os seus concorrentes.

Breton confirmou que os acordos com a República Democrática do Congo (RDC) e a Austrália deverão ser concluídos "nos próximos meses". O bloco assinou recentemente acordos semelhantes com o Canadá, a Namíbia, a Argentina e o Chile.

O comissário Breton sublinhou, ainda, que os acordos devem ser "mutuamente benéficos", face a preocupações de que a UE possa estar a incentivar o aumento da extração de minerais sem considerar o impacto nas comunidades locais.

O programa de investimento Global Gateway da UE, no valor de 300 mil milhões de euros, será utilizado para incentivar projectos de matérias-primas em países parceiros, afirmou Breton.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Novo fracasso nas negociações de acordo de comércio livre UE-Austrália

Lei das Matérias-Primas Críticas com metas para soberania industrial da UE

Europa tenta combater défice de matérias-primas críticas para assegurar transição ecológica