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Porque é difícil o consenso sobre um fundo anti-crise?

Porque é difícil o consenso sobre um fundo anti-crise?
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De Isabel Marques da SilvaLaura Ruiz Trollols
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Há alguns Estados-membros que querem impor condições muito estritas de o ao dinheiro do fundo porque temem que seja desbaratado por alguns governos.

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Porque é tão difícil chegar a acordo na União Europeia sobre um fundo anti-crise? Até surgir a pandemia era quase tabu falar de emissão de dívida conjunta. Mas perante a enorme recessão que se abateu sobre o bloco, a Alemanha mudou de ideias e apoiou a propostas França para criar um fundo cujo dinheiro vai ser pedido aos mercados financeiros pela Comissão Europeia.

"Não se trata de dinheiro dado pelos Países Baixos que vai parar aos bolsos dos cidadãos italianos ou espanhóis. Não é uma transferência nacional de um país para o outro, há um bolo de dívida conjunta da União Europeia. É isso que torna este instrumento diferente dos anteriores", explicou Pol Morillas, investigador em Política Europeia e diretor do Centro de Relações Internacionais de Barcelona (Espanha).

Há alguns Estados-membros que querem impor condições muito estritas de o ao dinheiro do fundo porque temem que seja desbaratado por alguns governos.

"No caso das subvenções a fundo perdido, a idéia é dar primeiro o dinheiro para obter um efeito positivo na recuperação da economia e, em seguida, fazer as reformas. Já no caso dos empréstimos, serão impostas uma série de condições para poder ter o a esses recursos, será necessário um efetivo compromisso com a realização das reformas", afirmou Pol Morillas, em entrevista à euronews.

Revisão da proposta para agradar a frugais

O primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, tem o maior protagonismo no grupo dos chamados países frugais, que têm maior fôlego orçamental. Exigem mecanismos para supervisionar o uso do dinheiro e preferem a via dos empréstimos à das subvenções.

A França e a Alemanha haviam proposto dividir o montante do fundo em duas partes: 500 mil milhões de euros em subvenções a fundo perdido e 250 mil milhões de euros em empréstimos.

Para agradar aos frugais, o presidente do Conselho Europeu fez uma nova proposta, no sentido de transferir 50 mil milhões da parte das subvenções para a parte dos empréstimos. Mas o que explica essa intransigência dos frugais?

"Haverá eleições legislativas nos Países Baixos, no início de 2021, e também há pressão a nível da política nacional em muitos Estados-membros. No caso particular dos Países Baixos, a pressão é para o governo ser duro ao negociar as condições para o dar dinheiro", disse Pol Morillas.

Países já altamente endividados, tais como Itália e Espanha, tiveram impactos muito negativos da pandemia e pedem solidariedade em vez de reformas ao estilo da troika, com muita austeridade.

Alertam para os riscos de aumento a agitação social e do populismo que prejudicariam toda a União Europeia.

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