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Visão "frugal" do fundo de recuperação para UE

Visão "frugal" do fundo de recuperação para UE
Direitos de autor Peter Dejong/AP
Direitos de autor Peter Dejong/AP
De Isabel Marques da SilvaDarren McCaffrey
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Os Países Baixos são dos principais contribuintes para o orçamento comunitário e um dos maiores opositores à emissão de dívida conjunta para fazer o relançamento da economia.

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As flores não são apenas um símbolo nacional, mas também um grande negócio para os Países Baixos. As vendas caíram a pique desde a pandemia e a lenta retoma preocupa os operadores, incluindo a maior cooperativa de produtores, que vende cerca de 12 mil milhões de plantas e flores, anualmente.

"Quando houve uma segunda vaga da pandemia será um problema, porque, provavelmente, os países entrarão, novamente, em confinamento, o que afetará a exportação de flores e plantas. Isso seria péssimo para a nossa indústria", disse Michel van Schie, porta-voz da Real Flora da Holanda.

Os principais destinos de exportação são países da União Europeia, usando o porto de Roterdão, o maior da Europa, onde o fluxo abrandou, consideravelmente, em muitas áreas de comércio.

Os Países Baixos são dos principais contribuintes para o orçamento comunitário e um dos maiores opositores à emissão de dívida conjunta para fazer o relançamento da economia.

"Os líderes da União Europeia vão reunir-se em Bruxelas pela primeira vez desde o início da pandemia e todos estão de acordo sobre precisarem de um acordo. Mas por agora estão em desacordo sobre qual deve ser o volume do fundo de recuperação e as condições para que seja usado", explica Darrem McCaffrey, editor de política da euronews em reportagem nos Países Baixos.

"Para os líderes dos chamados países frugais, e na realidade para todos os outros, a política europeia é muito condicionada pelas discussões de política nacional", acrescenta.

PETER DEJONG/ASSOCIATED PRESS

Os do norte pagam demais para ajudar os do sul?

Sjoerd van Bekkum, professor de Finanças e Economia na Universidade Erasmus refere que "houve cortes muito acentuados ao nível dos serviços de saúde, educação, cultura. Penso que, depois desses cortes, é muito difícil vender a mensagem de que o governo deve enviar dinheiro para o exterior sem condições ou restrições".

Esta pressão interna vem de políticos holandeses que por vezes distorcem os factos sobre outros países.

"Itália e Espanha têm um problema efetivamente sério com a Covid-19, mas Espanha resolveu agora dar rendimento básico a toda a população, dinheiro em troca de nada. Porque é que o contribuinte holandês tem de pagar por esse esquema?", questiona Robert Roos, eurodeputado neerlandês conservador.

Na realidade, o que está em causa em Espanha é um novo rendimento de inserção social para os mais pobres, e os cidadãos neerlandeses têm visões mistas.

"Penso que está certo, temos que ajudar outras pessoas que têm menos do que nós", disse uma transeunte". A história ensinou-nos que, normalmente, o dinheiro desaparece muito rapidamente nesses países. Então, é melhor impor condições, sim", disse outra.

Os líderes dos Países Baixos estão cientes destas percepções do público mas sabem, também, que a economia do país depende muito da exportação para os países mais afetados pela pandemia, agora em grande dificuldade de liquidez para importar. Só as flores representam 5% da sua riqueza nacional.

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