{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2016/07/08/insiders-a-lituania-tem-medo-da-russia" }, "headline": "Insiders: A Litu\u00e2nia tem medo da R\u00fassia", "description": "A Europa teme a apet\u00eancia da R\u00fassia por mais poder e mais territ\u00f3rio. Moscovo desmente, mas a imprevisibilidade das decis\u00f5es obriga \u00e0 antecipa\u00e7\u00e3o. O rep\u00f3rter da euronews Hans Van der Brelie foi at\u00e9 \u00e0", "articleBody": "Em 2008, a Litu\u00e2nia p\u00f4s termo ao servi\u00e7o militar obrigat\u00f3rio, mas a interven\u00e7\u00e3o militar da Russia na Ucr\u00e2nia fez soar o alarme nos pa\u00edses B\u00e1lticos. 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Insiders: A Lituânia tem medo da Rússia

Insiders: A Lituânia tem medo da Rússia
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A Europa teme a apetência da Rússia por mais poder e mais território. Moscovo desmente, mas a imprevisibilidade das decisões obriga à antecipação. O repórter da euronews Hans Van der Brelie foi até à

Em 2008, a Lituânia pôs termo ao serviço militar obrigatório, mas a intervenção militar da Russia na Ucrânia fez soar o alarme nos países Bálticos.

Essa é a razão pela qual Veda Golovac, uma estudante, e Vilius Siniauskas, um empregado de bar, vestem um uniforme militar hoje: na Lituânia, o serviço militar obrigatório voltou.
Os dois recrutas ilustram a diversidade da sociedade lituana: o pai de Veda é polaco, a mãe é russa. Vilius é um falante nativo de lituano.

Na Lituânia, as questões das minorias são menos prementes do que na Letónia ou na Estónia. Ainda assim, a pergunta impõe-se a uma falante nativa de russo como Veda: seria um problema para ela defender a Lituânia contra uma agressão russa?
“Não, não seria um problema para mim. Eu defenderia o meu país de origem: nasci na Lituânia e cresci aqui, estudei aqui e agora faço aqui o serviço militar no exército. A Lituânia é o meu país de origem”, é a resposta de Veda.

Vilius realça a importância da vida grupal que leva no exército: “Na vida civil, muitas pessoas juntam-se em grupos e por vezes temos comunidades algo fechadas: falantes russos, falantes polacos, falantes lituanos – mas aqui no exército toda a gente encontra toda a gente todos os dias e se mistura constantemente uns com os outros e isso dá-nos uma sensação de igualdade.”

Avancemos para a capital lituana, Vilnius, para uma entrevista com o ministro da Defesa. Juozas Olekas nasceu na Sibéria, para onde os soviéticos deportaram os pais dele. O seu ministério publicou um manual que prepara os cidadãos para “sobreviver à guerra”.

À pergunta sobre se a Federação Russa deve ser vista como uma ameaça actual Olekas declara: “Conhecemos a agressão na Ucrânia, o comportamento muito agressivo no Mar Báltico, os exercícios militares repentinos perto das nossas fronteiras. Há uma vontade e uma retórica no uso das forças militares para resolução de problemas fora das suas fronteiras. A presença da NATO é, quanto a mim, uma muito boa iniciativa para parar a agressão russa.”

Depois de violações múltiplas do espaço aéreo e grandes exercícios por parte dos soldados russos, a NATO respondeu abrindo pequenos quartéis nos países Bálticos, Polónia, Bulgária e Roménia – cada um deles com 40 especialistas em logística militar.

Ângelo Miguel Simões, porta voz da Força de Integração da Unidade da Lituânia antecipa cenários: “A OTAN podia – a pedido da Lituânia – mobilizar 5000 militares num período muito curto, de 48 a 72 horas.”

Num cenário de crise, esses 5000 soldados da OTAN são a vanguarda da forte unidade de reação rápida da NATO, com 40 000 elementos.
O artigo 5o do Tratado do Atlântico Norte garante assistência a cada um dos Estados membros em caso de ataque.
Esse é o pior cenário e o major dinamarquês Vibe Michelsen leva-nos à floresta onde a NATO se treina para ele. Os dinamarqueses participam com 1400 soldados e 500 veículos. Para o major Michelsen, a interoperacionalidade com os parceiros da NATO é fundamental para se poder trabalhar em conjunto e lutar enquanto unidade.

Enquanto a Rússia faz periodicamente grandes manobras militares para as quais mobiliza até 160 000 soldados, a NATO treina com muito menos tropas. Em junho, 10 mil soldados da NATO participaram no exercício “Ataque de Sabre” nos três Estados Bálticos.

A parte lituana do treino da NATO chama-se “Lobo de Ferro”.

Os governos e comandantes militares da NATO perderam a confiança em Moscovo face à imprevisibilidade das decisões tomadas. Os Estados Bálticos e a Polónia pediram um acréscimo da presença da NATO na região. O capitão lituano Navasaitis Algirdas faz um balanço positivo do treino intensificado da NATO e é precisamente na interoperacionalidade que põe a tónica, dizendo que é de elevado grau, o que torna fácil a cooperação entre países e militares diferentes.

A NATO vai enviar uma força multinacional de 4 mil elementos para reforçar a defesa da Polónia e dos Bálticos. O Canadá, Alemanha, Grã-Bretanha e os Estados Unidos vão liderar esses 4 batalhões. Christopher Salisbury, capitão do exército dos estados Unidos conta-nos o que fazem no terreno: “Durante os últimos 5 dias treinámos o avanço e o recuo, entre operações de ataque e de defesa. Também treinamos isto com os parceiros no terreno. A comunicação com as nações intervenientes é, definitivamente, a peça essencial que está a funcionar bem, até agora.”

A Polónia e os países Bálticos temem que os 4 batalhões da NATO não sejam suficientes para travar um ataque. Mas 4 mil soldados da NATO no terreno são mais do que um símbolo: um potencial agressor perderá tempo – e a Aliança pode enviar reforços militares rapidamente, como nos diz Marc Ulrich Cropp, Tenente-Coronel do exército alemão: “Para nós já não é um desafio transportar material e tropas para grandes distâncias. Podemos trazer os soldados de avião, a artilharia pesada e os veículos por comboio ou, se for equipamento especial, por estrada.”

Sergei Kulikov tem um certificado de aprovação por ter servido sem mácula e os pais orgulham-se dele.
Sergei é um nativo falante de russo e deixa-nos acompanhá-lo nas últimas horas em que está nas instalações do “Lobo de Ferro” lituano. Quando o serviço militar obrigatório foi reintroduzido, Sergei voluntariou-se: “Estou feliz com a minha decisão de ter estado 9 meses no serviço militar. Percebi que cabe a cada um de nós fazer a diferença no destino do país. Não estamos a lutar sozinhos – somos milhares e portanto podemos defender a Lituânia.”

É altura de parar com as contínuas reduções do orçamento para defesa: 16 dos 28 membros da NATO aumentaram os gastos militares. A Lituânia é um deles.

Para Sergei, o caminho até casa é longo, a família vive na província.
O pai de Sergei trabalha para os caminhos de ferro lituanos. Fez o serviço militar na fronteira sul do império soviético. Qual será a sua opinião sobre a reintrodução do serviço militar obrigatório? A resposta de Anatolii Kulikov é clara: “É bom que o serviço militar tenha sido restabelecido, toda a gente devia fazê-lo. Vejo os jovens sem trabalho, sem encontrar um lugar na sociedade. às vezes são mimados. Os jovens deviam fazer serviço militar porque o exército é uma boa escola para a vida, toda a gente devia fazer.”

A Lituânia aderiu à NATO em 2004. Em algumas famílias ainda é um tema delicado para se falar. Enquanto o pai de Sergei se recusa a dar opinião sobre isso, Sergei avança firme com o que pensa: “Acho que é positivo que a Lituânia coopere estreitamente com a NATO. Comecei o meu serviço militar no batalhão “Lobo de Ferro”, estava muito motivado e por isso decidi fazer uma tatuagem do “lobo de ferro” no peito. É bom, que a Lituânia seja parte da NATO.”

O sonho de Sergei? Quer juntar-se ao exército lituano permanentemente e ser um soldado profissional da NATO.

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