{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/green/2024/06/25/quem-sao-os-cientistas-que-influenciam-as-decisoes-politicas-sobre-pescas-na-ue" }, "headline": "Quem s\u00e3o os cientistas que influenciam as decis\u00f5es pol\u00edticas sobre pescas na UE?", "description": "As decis\u00f5es tomadas em Bruxelas sobre pescas baseiam-se, muitas vezes, nos dados obtidos pelos observadores cient\u00edficos no terreno. A Euronews acompanhou uma equipa em Malta para perceber este trabalho.", "articleBody": "Os regulamentos de pesca que regem as nossas \u00e1guas podem ser elaborados em gabinetes distantes, mas o conhecimento em que se baseiam come\u00e7a no mar, com observadores cient\u00edficos. Estes homens e mulheres s\u00e3o a espinha dorsal da recolha de dados sobre as pescas da UE.Mas quem s\u00e3o estes cientistas? Como \u00e9 que eles trabalham? 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Quem são os cientistas que influenciam as decisões políticas sobre pescas na UE?

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Quem são os cientistas que influenciam as decisões políticas sobre pescas na UE?
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De Bryan Carter
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As decisões tomadas em Bruxelas sobre pescas baseiam-se, muitas vezes, nos dados obtidos pelos observadores científicos no terreno. A Euronews acompanhou uma equipa em Malta para perceber este trabalho.

Os regulamentos de pesca que regem as nossas águas podem ser elaborados em gabinetes distantes, mas o conhecimento em que se baseiam começa no mar, com observadores científicos. Estes homens e mulheres são a espinha dorsal da recolha de dados sobre as pescas da UE.

Mas quem são estes cientistas? Como é que eles trabalham? E como é que eles contribuem para a preservação do nosso ecossistema marinho?

É de manhã cedo em Malta, o pequeno Estado-membro da UE aninhado no Mar Mediterrâneo. A bordo deste barco de pesca tradicional estão três convidados especiais: Kelly, Luca e Frank, todos a trabalhar para a Aquatic Resources Malta(ARM).

Esta unidade de investigação do departamento público maltês das pescas e da aquicultura tem uma missão crucial: fornecer aos decisores políticos dados exatos sobre a saúde do oceano.

Explica Luca Pisani, biólogo marinho da ARM: "Trabalho com uma equipa fantástica de biólogos e observadores no terreno e, em conjunto, efetuamos toda a recolha de dados relativos às obrigações da UE. Hoje, estamos a fazer uma observação a bordo, que é um dos nossos esforços de observação de rotina, em que temos a oportunidade de ir a bordo com os pescadores e medir o que eles capturam, tanto o peixe que pretendem desembarcar como as capturas órias e as devoluções".

Para Kelly Camilleri, responsável científica da ARM, esta é a melhor parte do trabalho porque "têm a oportunidade de ver e trabalhar com os próprios pescadores e de conhecer toda a indústria da pesca".

À medida que a tripulação vai recolhendo as capturas, os cientistas observam, analisam e registam dados biológicos básicos.

Ciência fornece dados à política

"Esta informação é muito valiosa para os responsáveis políticos e decisores, porque podemos quantificar quanto custa, do ponto de vista ecológico, capturar espécies comercialmente importantes. Porque por cada espécie comercial que se captura, acaba-se por capturar também espécies que não estão relacionadas e que, de outra forma, não seriam alvo da pesca", explica Luca Pisani.

Estes dados, compilados ao nível da UE no âmbito de uma recolha plurianual de dados sobre as pescas, não servirão apenas para orientar o trabalho dos decisores políticos sobre as unidades populacionais e os recursos pesqueiros. Servirão também de base para reforçar o pilar socioeconómico do setor das pescas, segundo Alicia Bugeja Said, ministra-adjunta das Pescas e da Aquicultura de Malta: "Acredito na necessidade de equilibrar os pilares ambiental, social e económico quando se trata de projetar políticas para o setor", diz a responsável política.

Embora o setor das pescas represente apenas 1% do PIB de Malta e empregue cerca de 1000 pescadores, esta antiga académica, agora ministra, afirma que a pesca está profundamente ligada à identidade da nação. E que a ciência pode desempenhar um papel crucial na preservação deste património cultural.

"Acredito que a ciência fornece dados para a nossa tomada de decisões. Precisamos de dados para podermos prever o futuro. Tem havido um número bastante representativo de cientistas a bordo de diferentes embarcações, tanto arrastões como barcos com rede de tresmalho e palangreiros, o que torna a recolha de dados bastante representativa", acrescenta a ministra.

As observações a bordo são apenas um dos métodos utilizados pelos cientistas para estudar o setor das pescas.

Peixes analisados em laboratório

Às quatro da manhã, o sino toca, assinalando o início do leilão de peixe maltês. Os compradores competem avidamente pelas melhores capturas que irão parar aos pratos de toda a ilha.

No entanto, Frank Farrugia está aqui por uma razão diferente: "Como parte do plano plurianual de recolha de dados, temos um orçamento que nos permite comprar o peixe. Depois, os peixes comprados aqui serão processados nos nossos laboratórios. Fazemos amostras biométricas: principalmente comprimento, peso, sexo e maturidade", explica este funcionário da ARM.

Estes espadartes e dourados-do-mar chegam aos escritórios da ARM por volta da mesma altura que os colegas de Frank. O trabalho difícil pode começar. Os peixes são meticulosamente dissecados para estudar os parâmetros biológicos, marcando o primeiro o num processo abrangente de recolha de dados que acabará por chegar à Comissão Europeia.

Diz Jurgen Mifsud, executivo sénior da ARM: "As nossas unidades populacionais de peixes são partilhadas com os nossos países vizinhos. Por isso, é muito importante que os nossos conjuntos de dados entre Estados-membros sejam partilhados e depois agregados de acordo com os pedidos de dados que recebemos da Comissão Europeia e de outros fóruns que trabalham com a Comissão Europeia".

Com um doutoramento em estatística e matemática, Jurgen está bem equipado para supervisionar a recolha de dados, bem como vários outros projetos levados a cabo pelos 35 trabalhadores da ARM. No entanto, o seu interesse pela pesca é também motivado por razões pessoais: "No setor das pescas, predominam os pescadores de pequena escala, o que significa que continuam a ser pescadores tradicionais e que, obviamente, continuam a fornecer os nossos alimentos. Para mim, isso é crucial para um país, porque se tivermos alguém, uma família, que está a fornecer alimentos para o país, isso é muito importante", diz.

Pesca em pequena escala

Como em muitos locais do Mediterrâneo, os pescadores malteses enfrentam vários problemas, como as alterações climáticas, a poluição, o esgotamento dos stocks e a intensa concorrência. A pequena escala da atividade torna estes desafios ainda mais assustadores: "Penso que não conseguimos dar resposta à diversidade e heterogeneidade dos pescadores, especialmente os de pequena escala. Na maior parte das vezes, estes fóruns dão muita atenção aos grandes pescadores comerciais. Tendo em conta que, em Malta, mais de 90% dos nossos pescadores são de pequena escala, penso que precisamos de ter mais fóruns europeus que se ocupem efetivamente da indústria da pequena pesca", diz Alicia Bugeja Said.

Esta opinião é partilhada pelos cientistas a bordo dos navios de pesca, que ajudam a promover a confiança entre os pescadores e os decisores políticos: "É muito importante que tenhamos uma boa relação de trabalho com os pescadores e, no fim de contas, os seus interesses são os nossos próprios interesses. Se o mar não está a correr bem, queremos saber. Porque se conseguirmos descobrir e identificar onde é que há dificuldades, podemos levar esses problemas aos políticos e aos decisores, para que estejam mais preparados para tomar as medidas adequadas para tentar proteger o mar no interesse dos pescadores", diz Luca Pisani.

Enquanto a saúde dos nossos oceanos continuar em perigo, o trabalho científico de Frank, Luca e Kelly será essencial para resolver este problema e para moldar uma visão partilhada para o futuro do nosso ecossistema marinho.

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