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Barnier quer aumentar impostos aos ricos

O novo primeiro-ministro francês, Michel Barnier, e o primeiro-ministro cessante, Gabriel Attal, chegam para a cerimónia de transmissão de poderes. 5 de setembro de 2024.
O novo primeiro-ministro francês, Michel Barnier, e o primeiro-ministro cessante, Gabriel Attal, chegam para a cerimónia de transmissão de poderes. 5 de setembro de 2024. Direitos de autor AP/Michel Euler/2024
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"O povo francês quer e precisa de justiça fiscal", afirmou Michel Barnier após a sua recente nomeação como primeiro-ministro de França, procurando formas de colmatar o défice orçamental do país.

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O novo primeiro-ministro francês, Michel Barnier, lançou no domingo a perspetiva de um aumento dos impostos para as pessoas mais ricas e para as grandes empresas.

O primeiro-ministro francês falou após a apresentação de um novo governo de centro-direita no sábado, quase três meses depois das eleições antecipadas em França.

"Não vou aumentar ainda mais os impostos sobre todos os ses, nem sobre os mais modestos, nem sobre as pessoas que trabalham, nem sobre a classe média. Mas não posso excluir os mais ricos do esforço nacional para retificar a situação", disse Barnier à televisão 2.

Barnier referia-se a uma série de problemas económicos herdados do anterior governo, nomeadamente um pesado endividamento.

Défice orçamental mantém-se elevado

O défice orçamental francês atingiu 5,5% do PIB em 2023, muito acima do objetivo do governo de 4,9% e do limite da UE de 3%.

Este ano, prevê-se que o défice do setor público francês atinja cerca de 5,6% do PIB e ultrae os 6% em 2025.

Esta ultraagem, parcialmente motivada pelo baixo crescimento e pela redução das receitas fiscais, já deu origem a processos disciplinares por parte da UE.

A agência de notação S&P baixou a nota do crédito francês no final de maio. Foi a primeira vez que a notação da França desceu desde 2013.

"Uma grande parte da nossa dívida foi colocada nos mercados internacionais e estrangeiros. Temos de manter a credibilidade de França", alertou Barnier no domingo. No início deste mês, já tinha defendido que França precisava de mais "justiça fiscal".

Os críticos de Barnier ameaçam com votos de desconfiança ao novo governo, uma vez que muitos argumentam que a escolha do presidente Macron para primeiro-ministro não reflete os resultados das eleições de julho, em que as forças de esquerda foram as mais votadas, embora nenhum campo tenha conseguido a maioria absoluta.

Resistência geral ao aumento dos impostos

A perspetiva de um aumento dos impostos é também incómoda para os membros do próprio partido de Macron.

Na semana ada, quando a sugestão chegou às manchetes, o ministro do Interior interino, Gérald Darmanin, disse à 2: "Está fora de questão para nós integrar um governo ou apoiar um governo que aumente os impostos".

O ex-primeiro-ministro Gabriel Attal, que é agora líder da bancada parlamentar do partido de Macron na Assembleia Nacional, disse à revista Le Point que "vai lutar (...) para proteger os ses do aumento de impostos".

Para cumprir os prazos fixados pela França e pela UE, Barnier tem de apresentar um orçamento para o próximo ano até 1 de outubro. Face às fraturas políticas, parece cada vez mais improvável que este prazo seja cumprido.

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