{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/business/2023/04/05/projetos-financiados-pelo-mecanismo-de-recuperacao-e-resiliencia-em-portugal" }, "headline": "Projetos financiados pelo Mecanismo de Recupera\u00e7\u00e3o e Resili\u00eancia em Portugal", "description": "A euronews esteve em Portugal para conhecer projetos financiados no \u00e2mbito do Mecanismo de Recupera\u00e7\u00e3o e Resili\u00eancia p\u00f3s-pandemia da Uni\u00e3o Europeia.", "articleBody": "A euronews esteve em Portugal para conhecer projetos financiados no \u00e2mbito do Mecanismo de Recupera\u00e7\u00e3o e Resili\u00eancia p\u00f3s-pandemia da Uni\u00e3o Europeia . Ser\u00e1 que os investimentos t\u00eam produzido o resultado prometido, uma economia mais ecol\u00f3gica e inclusiva? O Mecanismo de Recupera\u00e7\u00e3o e Resili\u00eancia \u00a0da Uni\u00e3o Europeia \u00e9 um pacote financeiro de 723,8 mil milh\u00f5es de euros para favorecer a recupera\u00e7\u00e3o depois da pandemia.\u00a0 Para aceder ao financiamento, os Estados membros t\u00eam a obriga\u00e7\u00e3o de apresentar um plano de transi\u00e7\u00e3o ecol\u00f3gica e digital.\u00a0 Foi definida uma percentagem m\u00ednima de investimento em cada \u00e1rea.\u00a0 Cada pa\u00eds tem prioridades espec\u00edficas, tais como favorecer modos de transporte sustent\u00e1veis, promover a digitaliza\u00e7\u00e3o dos servi\u00e7os p\u00fablicos, proteger a biodiversidade ou a refor\u00e7ar a efici\u00eancia energ\u00e9tica dos edif\u00edcios.\u00a0 Os pagamentos s\u00e3o desbloqueados quando o pa\u00eds cumpre os pontos acordados.\u00a0 Todas as reformas e investimentos t\u00eam de ser implementados at\u00e9 final de 2026. Portugal investe na forma\u00e7\u00e3o na \u00e1rea do turismo A euronews esteve na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril para conhecer um programa financiado pelo Mecanismo de Recupera\u00e7\u00e3o e Resili\u00eancia que visa melhorar as compet\u00eancias dos trabalhadores do setor do turismo. \u0022Em Portugal, h\u00e1 ainda um longo caminho a percorrer em termos de forma\u00e7\u00e3o no dom\u00ednio do turismo e da hospitalidade. H\u00e1 mudan\u00e7as que o mercado assim imp\u00f5e: exig\u00eancias de inova\u00e7\u00e3o, melhoria, sustentabilidade, a cria\u00e7\u00e3o de novos neg\u00f3cios, novas tend\u00eancias, resposta \u00e0s necessidades do mercado.\u00a0 Fazemos parte de um cons\u00f3rcio de tr\u00eas institui\u00e7\u00f5es de ensino superior que ir\u00e3o receber cerca de 6,7 milh\u00f5es de euros. Podemos proporcionar uma transforma\u00e7\u00e3o digital para o setor, podemos proporcionar requalifica\u00e7\u00e3o, melhoria cont\u00ednua e forma\u00e7\u00e3o adaptada \u00e0s necessidades do mercado\u0022, disse \u00e0 euronews\u00a0 Catarina Nunes, vice-reitora da institui\u00e7\u00e3o. O investimento dever\u00e1 beneficiar oito mil estudantes ao longo de cinco anos. \u0022 H\u00e1 uma oportunidade muito importante que o plano nacional de recupera\u00e7\u00e3o me est\u00e1 a dar, e a outros como eu, para fazer um mestrado. Pelo menos estou a pensar em fazer um mestrado ligado ao empreendedorismo, ligado \u00e0 inova\u00e7\u00e3o e ao desenvolvimento da sociedade, no turismo\u0022, disse\u00a0 Jo\u00e3o Aleixo, estudante da\u00a0 Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril. Investimento na Habita\u00e7\u00e3o Atrav\u00e9s do Mecanismo de Recupera\u00e7\u00e3o e Resili\u00eancia, o plano nacional de recupera\u00e7\u00e3o portugu\u00eas ter\u00e1 o a 13,9 mil milh\u00f5es de euros em subs\u00eddios, e 2,7 mil milh\u00f5es de euros em empr\u00e9stimos, num total de 16,6 mil milh\u00f5es de euros. Setores como os transportes, a sa\u00fade e as tecnologias digitais dever\u00e3o ser alvo de investimentos e reformas.\u00a0 O plano prev\u00ea medidas para melhorar o o \u00e0 habita\u00e7\u00e3o, que \u00e9 hoje um dos grandes desafios da sociedade portuguesa.\u00a0 Na Universidade de Lisboa, est\u00e3o em curso obras para criar alojamento \u00edvel para 900 estudantes com dificuldades econ\u00f3micas. \u0022As rendas s\u00e3o muito elevadas. H\u00e1 falta de casas e quartos. Especialmente em Lisboa e noutras grandes cidades. Se quisermos atrair mais estudantes, temos de lhes dar alojamento. Este edif\u00edcio \u00e9 o primeiro de um conjunto de tr\u00eas edif\u00edcios. Em termos de financiamento, a Uni\u00e3o Europeia, atrav\u00e9s deste plano de resili\u00eancia e recupera\u00e7\u00e3o, financiar\u00e1 cerca de 27 milh\u00f5es de euros, para um custo total de cerca de 39 milh\u00f5es de euros\u0022, afirmou\u00a0 Vitor Leit\u00e3o, Vice-Reitor da Universidade de Lisboa. Os novos edif\u00edcios dever\u00e3o respeitar os requisitos de efici\u00eancia energ\u00e9tica fixados no plano portugu\u00eas, o que dever\u00e1 ajudar a reduzir as emiss\u00f5es de gases com efeito de estufa.\u00a0 Fazer face aos desafios clim\u00e1ticos Portugal aposta tamb\u00e9m em tecnologias de previs\u00e3o meteorol\u00f3gica para fazer face aos desafios clim\u00e1ticos.\u00a0 O Instituto Portugu\u00eas do Mar e da Atmosfera (IPMA) vai receber 17 milh\u00f5es de euros, no \u00e2mbito do Fundo de Recupera\u00e7\u00e3o e Resili\u00eancia, e j\u00e1 comprou um super-computador por um milh\u00e3o de euros. \u0022Este computador permitir-nos-\u00e1 multiplicar a nossa capacidade de c\u00e1lculo por 20, a fim de fornecer dados mais rapidamente e com melhor qualidade. Portugal \u00e9 um dos pa\u00edses mais afetados pelas altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas. A nossa capacidade de melhorar, por muito pequena que seja, a previs\u00e3o atmosf\u00e9rica e a previs\u00e3o do oceano, tem um enorme impacto na vida das pessoas\u0022, sublinhou\u00a0 Miguel Miranda, Presidente do Instituto Portugu\u00eas do Mar e da Atmosfera ( IPMA ). De acordo com a Uni\u00e3o Europeia, gra\u00e7as ao plano de recupera\u00e7\u00e3o p\u00f3s-pandemia, o PIB portugu\u00eas dever\u00e1 aumentar cerca de 2,4% at\u00e9 2026. Dever\u00e3o ser criados cerca de 50 mil empregos.\u00a0 Portugal quer \u0022mais coordena\u00e7\u00e3o\u0022 entre fundos de recupera\u00e7\u00e3o e fundos de coes\u00e3o A euronews falou com Mariana Vieira da Silva, Ministra da Presid\u00eancia do governo portugu\u00eas. euronews : \u0022O fundo de recupera\u00e7\u00e3o representa 16,6 mil milh\u00f5es de euros. Acha que \u00e9 suficiente?\u0022 Mariana Vieira da Silva : \u0022 Pensamos que \u00e9 uma boa oportunidade para recuperarmos da crise, mas tamb\u00e9m para prepararmos a nossa economia para o futuro. Podemos sempre dizer que mais dinheiro \u00e9 melhor do que menos dinheiro. Mas penso que o Mecanismo de Recupera\u00e7\u00e3o e Resili\u00eancia foi um programa muito importante que a Uni\u00e3o Europeia foi capaz de lan\u00e7ar e que n\u00f3s somos capazes de aprovar e depois implementar\u0022. euronews : \u0022Nestes dois anos, quais s\u00e3o as principais li\u00e7\u00f5es que reteve? Ainda h\u00e1 margem para melhorias?\u0022 Mariana Vieira da Silva : \u0022 Em Portugal, temos um programa forte ao n\u00edvel da pol\u00edtica de coes\u00e3o e agora temos um programa s\u00f3lido para o fundo de recupera\u00e7\u00e3o e resili\u00eancia. Os dois programas t\u00eam regras e mecanismos de avalia\u00e7\u00e3o diferentes, a coordena\u00e7\u00e3o entre ambos deve ir mais longe porque a capacidade istrativa de cada pa\u00eds n\u00e3o \u00e9 ilimitada. E penso que estes dois mecanismos precisam de mais coordena\u00e7\u00e3o\u0022. Uma transi\u00e7\u00e3o clim\u00e1tica justa euronews : \u0022Os estudos sobre a forma como o fundo de recupera\u00e7\u00e3o est\u00e1 a ser usado em toda a Europa, mostram que Portugal tem a segunda maior quota-parte dedicada \u00e0 pol\u00edtica social. Investir na pol\u00edtica social, nesta fase, tornou-se numa escolha pol\u00edtica ou \u00e9 uma escolha ditada pela realidade econ\u00f3mica? Mariana Vieira da Silva : \u0022 Ambas as coisas, creio. Em primeiro lugar, em Portugal, temos um problema de desigualdade social que \u00e9 preciso abordar. \u00c9 uma das coisas mais importantes para garantir que a transi\u00e7\u00e3o digital e clim\u00e1tica n\u00e3o seja injusta. 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Projetos financiados pelo Mecanismo de Recuperação e Resiliência em Portugal

Em parceria comThe European Commission
Projetos financiados pelo Mecanismo de Recuperação e Resiliência em Portugal
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De Bryan Cartereuronews
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A euronews esteve em Portugal para conhecer projetos financiados no âmbito do Mecanismo de Recuperação e Resiliência pós-pandemia da União Europeia.

A euronews esteve em Portugal para conhecer projetos financiados no âmbito do Mecanismo de Recuperação e Resiliência pós-pandemia da União Europeia. Será que os investimentos têm produzido o resultado prometido, uma economia mais ecológica e inclusiva?

O Mecanismo de Recuperação e Resiliência da União Europeia é um pacote financeiro de 723,8 mil milhões de euros para favorecer a recuperação depois da pandemia. Para aceder ao financiamento, os Estados membros têm a obrigação de apresentar um plano de transição ecológica e digital. Foi definida uma percentagem mínima de investimento em cada área. Cada país tem prioridades específicas, tais como favorecer modos de transporte sustentáveis, promover a digitalização dos serviços públicos, proteger a biodiversidade ou a reforçar a eficiência energética dos edifícios. Os pagamentos são desbloqueados quando o país cumpre os pontos acordados. Todas as reformas e investimentos têm de ser implementados até final de 2026.

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Catarina Nunes, vice-reitora da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estorileuronews

Portugal investe na formação na área do turismo

A euronews esteve na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril para conhecer um programa financiado pelo Mecanismo de Recuperação e Resiliência que visa melhorar as competências dos trabalhadores do setor do turismo.

"Em Portugal, há ainda um longo caminho a percorrer em termos de formação no domínio do turismo e da hospitalidade. Há mudanças que o mercado assim impõe: exigências de inovação, melhoria, sustentabilidade, a criação de novos negócios, novas tendências, resposta às necessidades do mercado. Fazemos parte de um consórcio de três instituições de ensino superior que irão receber cerca de 6,7 milhões de euros. Podemos proporcionar uma transformação digital para o setor, podemos proporcionar requalificação, melhoria contínua e formação adaptada às necessidades do mercado", disse à euronews Catarina Nunes, vice-reitora da instituição.

O investimento deverá beneficiar oito mil estudantes ao longo de cinco anos. "Há uma oportunidade muito importante que o plano nacional de recuperação me está a dar, e a outros como eu, para fazer um mestrado. Pelo menos estou a pensar em fazer um mestrado ligado ao empreendedorismo, ligado à inovação e ao desenvolvimento da sociedade, no turismo", disse João Aleixo, estudante da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril.

Investimento na Habitação

Através do Mecanismo de Recuperação e Resiliência, o plano nacional de recuperação português terá o a 13,9 mil milhões de euros em subsídios, e 2,7 mil milhões de euros em empréstimos, num total de 16,6 mil milhões de euros.

Setores como os transportes, a saúde e as tecnologias digitais deverão ser alvo de investimentos e reformas. O plano prevê medidas para melhorar o o à habitação, que é hoje um dos grandes desafios da sociedade portuguesa. Na Universidade de Lisboa, estão em curso obras para criar alojamento ível para 900 estudantes com dificuldades económicas.

"As rendas são muito elevadas. Há falta de casas e quartos. Especialmente em Lisboa e noutras grandes cidades. Se quisermos atrair mais estudantes, temos de lhes dar alojamento. Este edifício é o primeiro de um conjunto de três edifícios. Em termos de financiamento, a União Europeia, através deste plano de resiliência e recuperação, financiará cerca de 27 milhões de euros, para um custo total de cerca de 39 milhões de euros", afirmou Vitor Leitão, Vice-Reitor da Universidade de Lisboa.

Os novos edifícios deverão respeitar os requisitos de eficiência energética fixados no plano português, o que deverá ajudar a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa. 

Fazer face aos desafios climáticos

Portugal aposta também em tecnologias de previsão meteorológica para fazer face aos desafios climáticos. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) vai receber 17 milhões de euros, no âmbito do Fundo de Recuperação e Resiliência, e já comprou um super-computador por um milhão de euros.

"Este computador permitir-nos-á multiplicar a nossa capacidade de cálculo por 20, a fim de fornecer dados mais rapidamente e com melhor qualidade. Portugal é um dos países mais afetados pelas alterações climáticas. A nossa capacidade de melhorar, por muito pequena que seja, a previsão atmosférica e a previsão do oceano, tem um enorme impacto na vida das pessoas", sublinhou Miguel Miranda, Presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

De acordo com a União Europeia, graças ao plano de recuperação pós-pandemia, o PIB português deverá aumentar cerca de 2,4% até 2026. Deverão ser criados cerca de 50 mil empregos. 

euronews
Miguel Miranda, Presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA)euronews

Portugal quer "mais coordenação" entre fundos de recuperação e fundos de coesão

A euronews falou com Mariana Vieira da Silva, Ministra da Presidência do governo português.

euronews: "O fundo de recuperação representa 16,6 mil milhões de euros. Acha que é suficiente?"

Mariana Vieira da Silva: "Pensamos que é uma boa oportunidade para recuperarmos da crise, mas também para prepararmos a nossa economia para o futuro. Podemos sempre dizer que mais dinheiro é melhor do que menos dinheiro. Mas penso que o Mecanismo de Recuperação e Resiliência foi um programa muito importante que a União Europeia foi capaz de lançar e que nós somos capazes de aprovar e depois implementar".

euronews: "Nestes dois anos, quais são as principais lições que reteve? Ainda há margem para melhorias?"

Mariana Vieira da Silva: "Em Portugal, temos um programa forte ao nível da política de coesão e agora temos um programa sólido para o fundo de recuperação e resiliência. Os dois programas têm regras e mecanismos de avaliação diferentes, a coordenação entre ambos deve ir mais longe porque a capacidade istrativa de cada país não é ilimitada. E penso que estes dois mecanismos precisam de mais coordenação".

euronews
Mariana Vieira da Silva, Ministra da Presidência do governo portuguêseuronews

Uma transição climática justa

euronews: "Os estudos sobre a forma como o fundo de recuperação está a ser usado em toda a Europa, mostram que Portugal tem a segunda maior quota-parte dedicada à política social. Investir na política social, nesta fase, tornou-se numa escolha política ou é uma escolha ditada pela realidade económica?

Mariana Vieira da Silva: "Ambas as coisas, creio. Em primeiro lugar, em Portugal, temos um problema de desigualdade social que é preciso abordar. É uma das coisas mais importantes para garantir que a transição digital e climática não seja injusta. Nós, no nosso tempo de vida, já vivemos várias crises: a financeira e depois a Covid-19 e agora a guerra. Por isso, temos de garantir que a nossa economia e o nosso tecido social são suficientemente resistentes para combater as crises no futuro. Esperemos que não haja mais crises, mas temos de estar preparados para elas".

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