{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/business/2022/01/28/banda-larga-por-satelite-para-a-europa-e-africa" }, "headline": "Thierry Breton: Banda larga por sat\u00e9lite para a Europa e \u00c1frica", "description": "Em entrevista, \u00e0 euronews o comiss\u00e1rio europeu para o mercado interno, Thierry Breton, falou no desenvolvimento de uma liga\u00e7\u00e3o de baixo custo gra\u00e7as aos sat\u00e9lites que poder\u00e1 servir a Europa e \u00c1frica.", "articleBody": "A euronews falou com o Comiss\u00e1rio Europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton , sobre a soberania industrial, econ\u00f3mica, digital e espacial da Europa e sobre um projeto de liga\u00e7\u00e3o Internet de banda larga por sat\u00e9lite que pode beneficiar a Europa e \u00c1frica. euronews : \u0022O que representa o setor do Espa\u00e7o em termos de mercado, desenvolvimento tecnol\u00f3gico e defesa para a Europa? \u201c Thierry Breton : \u201cDeixe-me lembrar que a Europa \u00e9 uma grande pot\u00eancia espacial. Temos alguns dos melhores atores do mundo, tanto ao n\u00edvel dos lan\u00e7adores como dos sat\u00e9lites, e temos muitas start-ups. Mas por detr\u00e1s do espa\u00e7o, h\u00e1 uma \u00e1rea onde h\u00e1 cada vez mais concurr\u00eancia.\u00a0 \u00c9 uma \u00e1rea estrat\u00e9gica que deve ser protegida e defendida pelos europeus, como ficou claro, recentemente, com um lan\u00e7amento de sat\u00e9lite que deixou destro\u00e7os por todo o lado e que, podia ter posto em perigo as nossas pr\u00f3prias constela\u00e7\u00f5es soberanas, em particular, constela\u00e7\u00f5es que s\u00e3o extremamente \u00fateis para a nossa vida quotidiana: o sistema Galile o, e o programa Copernicus . Para os nossos telespetadores, o Galileo \u00e9 o que nos permite a geolocaliza\u00e7\u00e3o por sat\u00e9lite. Temos a constela\u00e7\u00e3o mais eficiente do mundo, mas n\u00e3o a conhecemos. Usamos frequentemente a palavra GPS, mas \u00e9 o Galileo o mais eficiente. 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E depois h\u00e1 tamb\u00e9m os lan\u00e7adores mais pequenos, os micro lan\u00e7adores. Vamos ter constela\u00e7\u00f5es de sat\u00e9lites com pequenos sat\u00e9lites. Ou seja, h\u00e1 novas necessidades que est\u00e3o a surgir. Mas o o ao espa\u00e7o e a autonomia ao n\u00edvel do o ao espa\u00e7o s\u00e3o absolutamente essenciais para n\u00f3s. A estrat\u00e9gia \u00e9 continuar a evoluir. Falei h\u00e1 pouco do sistema de posicionamento por sat\u00e9lite Galileo. E h\u00e1 uma nova gera\u00e7\u00e3o de sat\u00e9lites que v\u00e3o oferecer servi\u00e7os ainda mais precisos. 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Estamos a trabalhar numa constela\u00e7\u00e3o, numa liga\u00e7\u00e3o por sat\u00e9lite, que, gra\u00e7as \u00e0s novas tecnologias de sat\u00e9lite LEO, vai poder oferecer liga\u00e7\u00f5es de banda larga, em toda a Europa. \u00e9 ago muito importante porque ainda h\u00e1 zonas brancas na europa, e permite aumentar a capacidade como vimos durante o confinamento, atingimos um limite em certos locais do nosso continente porque toda a gente estava em casa a usar a Internet, muito mais do que o necess\u00e1rio, e as redes n\u00e3o foram concebidas para isso. Estivemos perto de cat\u00e1strofes. Devemos refor\u00e7ar a seguran\u00e7a das nossas infraestruturas de banda larga, incluindo o espa\u00e7o, se alguma vez houver ataques, o que pode acontecer, particularmente em termos de seguran\u00e7a cibern\u00e9tica. Mas tamb\u00e9m sabemos que temos de come\u00e7ar a pensar na seguran\u00e7a. \u00e9 muito importante, a seguran\u00e7a da rede de comunica\u00e7\u00e3o, da Internet e das tecnologias qu\u00e2nticas, as novas gera\u00e7\u00f5es de tecnologias de criptologia que vao permitir-nos ter um n\u00edvel m\u00e1ximo de seguran\u00e7a. Ser\u00e3o transportados por esta constela\u00e7\u00e3o em \u00f3rbita baixa.\u00a0 O \u00faltimo aspecto desta constela\u00e7\u00e3o \u00e9 que, sendo uma constela\u00e7\u00e3o Norte-Sul, poderemos tamb\u00e9m pulverizar, como dizemos no nosso jarg\u00e3o, o continente europeu, obviamente, mas tamb\u00e9m o continente africano, como \u00e9 uma \u00f3rbita Norte-Sul, queremos oferecer aos nossos amigos africanos uma liga\u00e7\u00e3o \u00e0 Internet de baixo custo em todo o continente africano . Este \u00e9 o segundo aspeto. Depois h\u00e1 um terceiro aspecto, o das startups. Queremos inovar, queremos irrigar este ecossistema. A quarta dimens\u00e3o \u00e9 uma dimens\u00e3o militar, como mencionei anteriormente. \u00c9 cada vez mais importante e \u00e9 um problema de soberania. Garantir que protegemos o que acontece no nosso espa\u00e7o. Claro que podemos monitoriz\u00e1-lo, mas n\u00e3o devemos ser ing\u00e9nuos, devemos tamb\u00e9m ver o que se a, incluindo a gest\u00e3o de destro\u00e7os, a chamada gest\u00e3o do tr\u00e1fego espacial. S\u00e3o as quatro dimens\u00f5es que s\u00e3o muito importantes e que vamos aprofundar em Toulouse no pr\u00f3ximo m\u00eas. euronews : \u201cemos \u00e0s plataformas digitais. H\u00e1 pouco mais de um ano, apresentou propostas. O Parlamento Europeu tamb\u00e9m tomou uma posi\u00e7\u00e3o. Est\u00e1 confiante quanto ao conte\u00fado final desses textos e \u00e0 sua aplica\u00e7\u00e3o em breve?\u201d Thierry Breton : \u201cAntes de mais, \u00e9 um grande momento, os meus servi\u00e7os elaboraram propostas h\u00e1 um ano. E um ano depois, o que equivale a pouco tempo no quadro das institui\u00e7\u00f5es europeias e do di\u00e1logo democr\u00e1tico entre os co-legisladores, o Conselho votou os dois textos. A lei dos mercados digitais (Digital Markets Act), que regula o aspecto econ\u00f3mico das plataformas, e a lei dos servi\u00e7os digitais (Digital Services Act), que regula a nossa vida nessas plataformas. Por outras palavras, tudo o que \u00e9 proibido na vida f\u00edsica tamb\u00e9m deve ser proibido nos espa\u00e7os digitais, no espa\u00e7o de informa\u00e7\u00e3o. O que implica recuperar o espa\u00e7o informativo, o espa\u00e7o da Internet, garantir que h\u00e1 uma lei que pode ser aplicada e que as plataformas n\u00e3o podem fazer o que quiserem, s\u00e3o controladas, e ao mesmo tempo, preservamos, obviamente, a liberdade de express\u00e3o. Encontr\u00e1mos um equil\u00edbrio. Isto mostra que os co-legisladores, os Estados-Membros, por um lado, e o Parlamento, por outro, apoiaram esta proposta da Comiss\u00e3o. Os textos que foram votados est\u00e3o muito pr\u00f3ximos da minha proposta e da das minhas equipas e isso \u00e9 muito bom. Estou confiante que, com a Presid\u00eancia sa, seremos capazes de encontrar um compromisso que nos permita a entrada em vigor destes regulamentos o mais rapidamente poss\u00edvel. \u00c9 a nossa vida que est\u00e1 em jogo, neste espa\u00e7o de informa\u00e7\u00e3o, \u00e9 a nossa seguran\u00e7a, a seguran\u00e7a dos nossos filhos. Por isso \u00e9 uma quest\u00e3o urgente. Mas a Europa criou as condi\u00e7\u00f5es para responder a esta emerg\u00eancia. 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Thierry Breton: Banda larga por satélite para a Europa e África

Thierry Breton: Banda larga por satélite para a Europa e África
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Em entrevista, à euronews o comissário europeu para o mercado interno, Thierry Breton, falou no desenvolvimento de uma ligação de baixo custo graças aos satélites que poderá servir a Europa e África.

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A euronews falou com o Comissário Europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, sobre a soberania industrial, económica, digital e espacial da Europa e sobre um projeto de ligação Internet de banda larga por satélite que pode beneficiar a Europa e África.

euronews: "O que representa o setor do Espaço em termos de mercado, desenvolvimento tecnológico e defesa para a Europa? “

Thierry Breton: “Deixe-me lembrar que a Europa é uma grande potência espacial. Temos alguns dos melhores atores do mundo, tanto ao nível dos lançadores como dos satélites, e temos muitas start-ups. Mas por detrás do espaço, há uma área onde há cada vez mais concurrência. É uma área estratégica que deve ser protegida e defendida pelos europeus, como ficou claro, recentemente, com um lançamento de satélite que deixou destroços por todo o lado e que, podia ter posto em perigo as nossas próprias constelações soberanas, em particular, constelações que são extremamente úteis para a nossa vida quotidiana: o sistema Galileo, e o programa Copernicus. Para os nossos telespetadores, o Galileo é o que nos permite a geolocalização por satélite. Temos a constelação mais eficiente do mundo, mas não a conhecemos. Usamos frequentemente a palavra GPS, mas é o Galileo o mais eficiente. Fornece todos os sistemas de posicionamento por satélite na Europa, e noutros países, e é o mais preciso do mundo. Queremos manter esse avanço. É muito importante para os veículos ligados à internet, os veículos autónomos e para todas as atividades, incluindo as dos nossos smartphones, na vida quotidiana, hoje em dia. O Copernicus permite-nos ver a partir do espaço o que está a acontecer. Com imagens, mas em breve também com muitas outras coisas: radares, detecção de emissões de CO2. Há muitas coisas que podemos ver do espaço. Por isso, eu diria que temos duas constelações de satélites soberanos, que nos permitem proteger o nosso espaço. Mas temos de ir mais longe, porque estão a acontecer muitas coisas no espaço. É uma área que temos de defender. É um espaço de soberania e de autonomia. Inclui aspectos de defesa e militares, que são também importantes para nós. Como podemos ver ha muitas implicações ao nivel da atividade industrial, da ciência, das nossas atividades no mundo digital e e da defesa, que sao importantes para nós".

Queremos oferecer aos nossos amigos africanos uma ligação à Internet de baixo custo em todo o continente africano.
Thierry Breton
Comissário Europeu para o mercado interno

euronews : "Em que consiste a estratégia espacial que a Comissão deverá apresentar no próximo mês?"

Thierry Breton: Antes de mais, temos de ter o ao espaço. Para sermos autónomos. Temos empresas muito grandes, obviamente, temos lançadores como o Ariane e o Vega. Por isso, temos de continuar. Obviamente, vamos continuar a apoiar estes desenvolvimentos. Temos também de avançar para tecnologias reutilizáveis e ter lançadores de grande dimensão. É algo que vamos continuar a apoiar. É muito importante. Temos um verdadeiro know-how. E depois há também os lançadores mais pequenos, os micro lançadores. Vamos ter constelações de satélites com pequenos satélites. Ou seja, há novas necessidades que estão a surgir. Mas o o ao espaço e a autonomia ao nível do o ao espaço são absolutamente essenciais para nós. A estratégia é continuar a evoluir. Falei há pouco do sistema de posicionamento por satélite Galileo. E há uma nova geração de satélites que vão oferecer serviços ainda mais precisos. No caso dos veículos ligados à internet, uma precisão de 10 centímetros pode causar grandes problemas. É preciso trabalhar ao nível dos centímetros, é o que vamos fazer com as novas gerações do Galileo. Mencionei o programa Copernicus há pouco, vamos continuar a desenvolvê-lo. 

Ligações de banda larga na Europa e em África

Thierry Breton: "Há novas necessidades. Estamos a trabalhar numa constelação, numa ligação por satélite, que, graças às novas tecnologias de satélite LEO, vai poder oferecer ligações de banda larga, em toda a Europa. é ago muito importante porque ainda há zonas brancas na europa, e permite aumentar a capacidade como vimos durante o confinamento, atingimos um limite em certos locais do nosso continente porque toda a gente estava em casa a usar a Internet, muito mais do que o necessário, e as redes não foram concebidas para isso. Estivemos perto de catástrofes. Devemos reforçar a segurança das nossas infraestruturas de banda larga, incluindo o espaço, se alguma vez houver ataques, o que pode acontecer, particularmente em termos de segurança cibernética. Mas também sabemos que temos de começar a pensar na segurança. é muito importante, a segurança da rede de comunicação, da Internet e das tecnologias quânticas, as novas gerações de tecnologias de criptologia que vao permitir-nos ter um nível máximo de segurança. Serão transportados por esta constelação em órbita baixa. O último aspecto desta constelação é que, sendo uma constelação Norte-Sul, poderemos também pulverizar, como dizemos no nosso jargão, o continente europeu, obviamente, mas também o continente africano, como é uma órbita Norte-Sul, queremos oferecer aos nossos amigos africanos uma ligação à Internet de baixo custo em todo o continente africano. Este é o segundo aspeto. Depois há um terceiro aspecto, o das startups. Queremos inovar, queremos irrigar este ecossistema. A quarta dimensão é uma dimensão militar, como mencionei anteriormente. É cada vez mais importante e é um problema de soberania. Garantir que protegemos o que acontece no nosso espaço. Claro que podemos monitorizá-lo, mas não devemos ser ingénuos, devemos também ver o que se a, incluindo a gestão de destroços, a chamada gestão do tráfego espacial. São as quatro dimensões que são muito importantes e que vamos aprofundar em Toulouse no próximo mês.

Tudo o que é proibido na vida física também deve ser proibido nos espaços digitais, no espaço de informação. O que implica (...) garantir que há uma lei que pode ser aplicada
Thierry Breton
Comissário Europeu para o mercado interno

euronews : “emos às plataformas digitais. Há pouco mais de um ano, apresentou propostas. O Parlamento Europeu também tomou uma posição. Está confiante quanto ao conteúdo final desses textos e à sua aplicação em breve?”

Thierry Breton: “Antes de mais, é um grande momento, os meus serviços elaboraram propostas há um ano. E um ano depois, o que equivale a pouco tempo no quadro das instituições europeias e do diálogo democrático entre os co-legisladores, o Conselho votou os dois textos. A lei dos mercados digitais (Digital Markets Act), que regula o aspecto económico das plataformas, e a lei dos serviços digitais (Digital Services Act), que regula a nossa vida nessas plataformas. Por outras palavras, tudo o que é proibido na vida física também deve ser proibido nos espaços digitais, no espaço de informação. O que implica recuperar o espaço informativo, o espaço da Internet, garantir que há uma lei que pode ser aplicada e que as plataformas não podem fazer o que quiserem, são controladas, e ao mesmo tempo, preservamos, obviamente, a liberdade de expressão. Encontrámos um equilíbrio. Isto mostra que os co-legisladores, os Estados-Membros, por um lado, e o Parlamento, por outro, apoiaram esta proposta da Comissão. Os textos que foram votados estão muito próximos da minha proposta e da das minhas equipas e isso é muito bom. Estou confiante que, com a Presidência sa, seremos capazes de encontrar um compromisso que nos permita a entrada em vigor destes regulamentos o mais rapidamente possível. É a nossa vida que está em jogo, neste espaço de informação, é a nossa segurança, a segurança dos nossos filhos. Por isso é uma questão urgente. Mas a Europa criou as condições para responder a esta emergência. Somos o primeiro continente a fazê-lo".

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