Os meios de comunicação social estatais paquistaneses afirmam que estão em curso ataques de retaliação, uma vez que as autoridades condenam a escalada que classificaram como uma grave "provocação".
O Paquistão afirma que a Índia disparou mísseis balísticos contra três bases aéreas no interior do país na madrugada de sábado. Um porta-voz do exército diz que a maioria dos mísseis foi intercetada.
Os meios de comunicação social estatais paquistaneses afirmam que os ataques de retaliação já estavam em curso, visando "vários locais" na Índia. Os meios de comunicação social paquistaneses não especificaram quais os locais que estão a ser atacados.
Islamabad afirma que todos os meios da sua força aérea estavam a salvo e que não foram causados danos significativos pelos ataques às suas bases. O porta-voz do exército, Ahmad Sharif, afirma que os novos ataques constituem uma "provocação da mais alta ordem".
Segundo Sharif, os mísseis indianos visavam a base aérea de Nur Khan, situada na cidade de Rawalpindi, a base aérea de Murid, na cidade de Chakwal, e a base aérea de Rafiqui, no distrito de Jhang, na província oriental de Punjab.
A Índia não respondeu às acusações do Paquistão.
Alguns dos mísseis indianos terão atingido a província indiana do Punjab oriental. Sharif acrescentou que os projécteis também atingiram o vizinho Afeganistão. O porta-voz do exército afirmou estar na posse de provas que confirmam estas afirmações.
"Quero dar-vos a notícia chocante de que a Índia disparou seis mísseis balísticos da sua cidade de Adampur", disse Sharif. Um dos mísseis balísticos atingiu Adampur, os restantes cinco mísseis atingiram a região indiana de Amritsar, no Punjab".
As tensões aumentaram depois de um ataque em Pahalgam, na Caxemira istrada pela Índia, ter matado 26 pessoas a 22 de abril, na sua maioria turistas. Nova Deli acusou Islamabad de "apoiar o ataque", alegações que o Paquistão refutou veementemente.
Na quarta-feira, a Índia efectuou ataques aéreos em vários locais dentro do território paquistanês, que identificou como estando associados a militantes, matando 31 civis, tal como relatado por funcionários paquistaneses. Em resposta, Islamabad afirmou ter abatido cinco aviões de combate indianos.
JD Vance insta ambas as partes a desanuviar a situação
Em declarações aos meios de comunicação social norte-americanos, o Vice-Presidente JD Vance afirmou que Washington não se envolverá no conflito entre as duas potências nucleares do Sul da Ásia, mas sublinhou que os EUA estão a encorajar ambas as partes a procurarem a paz e a desanuviarem o conflito.
"Queremos que esta situação se desanuvie o mais rapidamente possível. Podemos tentar encorajar estas pessoas a desanuviar um pouco, mas não nos vamos envolver no meio de uma guerra que, fundamentalmente, não nos diz respeito", disse Vance.
Vance observou que Washington não pode dizer a nenhum dos países para parar de lutar, mas fará o que puder para alcançar a paz, através dos canais diplomáticos.
"Os Estados Unidos não podem dizer aos indianos para deporem as armas. Não podemos dizer aos paquistaneses para deporem as armas. Por isso, vamos continuar a tratar deste assunto através dos canais diplomáticos", observou Vance.
"A nossa esperança e expetativa é que isto não se transforme numa guerra regional mais vasta ou, Deus nos livre, num conflito nuclear."