Apoiantes do Paquistão também se reuniram em frente ao Alto Comissariado da Índia em Londres, apelando à paz entre os dois países.
Vários líderes mundiais manifestaram-se preocupados com a escalada do conflito entre a Índia e o Paquistão, depois de a Índia ter lançado ataques contra o Paquistão e a parte de Caxemira controlada pelo Paquistão, na quarta-feira.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou a escalada do conflito como "terrível", enquanto falava aos jornalistas na Sala Oval, e apelou ao fim da violência.
"A minha posição é que me dou bem com ambos. Conheço-os muito bem e quero que resolvam o problema", afirmou, acrescentando que "se puder fazer alguma coisa para ajudar, estarei presente".
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse que a Grã-Bretanha estava "a colaborar urgentemente com ambos os países" e a encorajar "o diálogo, o desanuviamento e a proteção dos civis" durante a sessão semanal de perguntas do primeiro-ministro no Parlamento.
"Esta guerra não é boa para ninguém", disse a responsável dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, Kaja Kallas. A Europa está a tentar "mediar e reduzir as tensões".
Mais um drone indiano abatido sobre o Paquistão
Segundo as autoridades paquistanesas, 31 civis foram mortos nos ataques indianos na província paquistanesa do Punjab e na Caxemira controlada pelo Paquistão. A Índia disse ter atacado infraestruturas alegadamente utilizadas por militantes que levaram a cabo um massacre de turistas em Caxemira no mês ado.
Nova Deli acrescentou que os ataques de quarta-feira visaram pelo menos nove locais do Paquistão ligados ao planeamento de ataques terroristas contra a Índia.
Em resposta, a força aérea paquistanesa abateu cinco caças indianos, segundo os militares do país.
As tensões aumentaram a 22 de abril, quando homens armados mataram 26 pessoas, na sua maioria turistas hindus indianos, na Caxemira controlada pela Índia. A Índia acusou o Paquistão de apoiar os militantes responsáveis pelo ataque, algo que Islamabad negou.
Na madrugada de quinta-feira, a defesa aérea paquistanesa abateu um drone indiano perto de uma base aérea naval na cidade oriental de Lahore, segundo a polícia paquistanesa e as autoridades de segurança.
A Índia também retirou milhares de pessoas de aldeias perto da fronteira altamente militarizada entre os dois países, na região disputada de Caxemira.
O incidente não pôde ser verificado de forma independente e as autoridades indianas não comentaram de imediato.
O primeiro-ministro paquistanês, Shehbaz Sharif, prometeu vingar as mortes, mas não deu pormenores, aumentando os receios de um conflito mais alargado entre os dois vizinhos com armas nucleares.
Entretanto, em Londres, manifestantes paquistaneses protestaram em frente da representação diplomática da Índia na quarta-feira, apelando à paz entre os dois países.
"Queremos que o mundo saiba que queremos paz, queremos dizer não à guerra", disse Naheeda Nasir, que participou no protesto.
"As minhas condolências para com as famílias que perderam os seus entes queridos, mas isso não justifica que a Índia ataque pessoas inocentes no Paquistão", disse o organizador do protesto, Tariq Mahmood.