No sábado, a última povoação de Gornal, na região de Kursk, foi "libertada" (nos termos russos) da presença das forças armadas ucranianas, afirmou o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas russas, Valery Gerasimov, numa reunião com o presidente Vladimir Putin.
A operação para libertar a região de Kursk da presença das tropas ucranianas foi concluída, disse o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas russas, Valery Gerasimov, numa reunião com o presidente Vladimir Putin. "Hoje, a última povoação da região de Kursk, Gornal, foi libertada das tropas ucranianas", afirmou Gerasimov.
Numa declaração, Putin felicitou os soldados e comandantes russos e afirmou que a incursão de Kiev tinha “falhado completamente”.
“A derrota completa do nosso inimigo ao longo da região fronteiriça de Kursk cria as condições adequadas para novos sucessos das nossas tropas e noutras áreas importantes da frente”, disse o presidente russo.
As autoridades ucranianas, no entanto, dizem que os combates ainda estão a decorrer. “As declarações de representantes do alto comando do país agressor sobre o alegado fim das hostilidades na região de Kursk, na Federação Russa, não são verdadeiras”, afirmou o Estado-Maior da Ucrânia este sábado.
“A operação defensiva das Forças de Defesa Ucranianas em certas áreas da região de Kursk continua. A situação operacional é difícil, mas as nossas unidades continuam a manter as posições designadas e a realizar as tarefas atribuídas, ao mesmo tempo que infligem danos de fogo efetivos ao inimigo com todos os tipos de armas, incluindo a utilização de tácticas de defesa ativa”, acrescenta o comunicado.
O exército ucraniano surpreendeu a Rússia em agosto de 2024, atacando através da fronteira e assumindo o controlo de cerca de 1300 quilómetros quadrados de terra. Os líderes do país acreditavam que a captura de território russo poderia ajudar em quaisquer futuras negociações de paz, mas os ganhos foram lentamente apagados e as tropas ucranianas continuaram a perder o controlo do território durante os primeiros meses de 2025.
Entretanto, em ataques durante a noite de sexta para sábado, as forças russas mataram pelo menos três pessoas em vários pontos da Ucrânia. Nesta última ronda de ataques, a Rússia lançou três mísseis e 114 drones.