Embora governantes e altos funcionários indianos ainda não tenham fornecido pormenores sobre o ataque, uma grande parte dos meios de comunicação social do país culpou o Paquistão sem citar provas.
Manifestantes saíram às ruas da capital da Índia, Nova Deli, e de várias outras cidades do país após um ataque em Caxemira, na zona controlada pela Índia, na terça-feira, que matou pelo menos 26 pessoas, a maioria das quais turistas.
A polícia considerou o incidente um “ataque terrorista” e atribuiu a culpa aos militantes que lutam contra o domínio indiano.
Embora os governantes e os altos funcionários indianos ainda não tenham fornecido pormenores sobre o ataque de terça-feira, uma grande parte dos meios de comunicação social e dos comentadores políticos do país culpou imediatamente o Paquistão, sem citar provas.
Também esta quarta-feira, a Índia encerrou o seu principal posto fronteiriço com o Paquistão, suspendeu um tratado de partilha de água e reduziu o nível das relações diplomáticas com o país vizinho.
O Paquistão nega qualquer envolvimento no ataque. “Estamos preocupados com a perda de vidas de turistas”, declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Paquistão, em comunicado, desejando aos feridos uma rápida recuperação.
Segundo as autoridades, 24 das pessoas mortas eram turistas indianos, uma era do Nepal e a outra era um guia turístico local.
Pelo menos 17 pessoas ficaram feridas no incidente, que foi um dos ataques mais mortíferos dos últimos anos nesta região dos Himalaias, reivindicada pela Índia e pelo Paquistão.
A “Resistência de Caxemira”, um grupo militante anteriormente desconhecido, reivindicou a autoria do ataque nas redes sociais.
O grupo disse que as autoridades tinham instalado mais de 85.000 “intrusos” na região e afirmou que os alvos de terça-feira não eram “turistas comuns”, mas sim pessoas que “estavam ligadas e afiliadas às agências de segurança indianas”.
As mensagens deste grupo não puderam ser verificadas de forma independente.