Andrzej Duda visitou a sede da NATO a convite de Mark Rutte e disse também esperar que os EUA e a Ucrânia voltem às negociações.
O secretário-geral da NATO expressou a vontade de ver Estados Unidos (EUA) e Ucrânia de volta à mesa das negociações, tendo em vista um acordo de paz.
"Continuo esperançado que se chegue a um acordo entre os Estados Unidos e a Ucrânia", declarou Mark Rutte, após o seu encontro com o presidente polaco, Andrzej Duda na sede da NATO em Bruxelas, no âmbito das consultas que antecedem a próxima cimeira da Aliança Atlântica em Haia.
O convite ao presidente polaco, perante o conflito diplomático Washington-Kiev, não foi uma coincidência. Duda é um dos poucos políticos que mantêm boas relações tanto com Trump como com Zelenskyy.
"O presidente Duda tem trabalhado em estreita colaboração com o presidente Trump, tal como eu fiz quando era primeiro-ministro dos Países Baixos", afirmou Rutte.
"E penso que é bom que tenhamos líderes experientes na Europa que possam estabelecer uma ligação fácil com os nossos colegas do outro lado do Oceano Atlântico, neste caso com o presidente Trump, e o presidente Duda visitou recentemente Washington. Eu próprio estive ao telefone com o presidente Trump na semana ada. Esperamos também receber em breve a sua visita na NATO".
"Estamos a dar um o de cada vez, mas é importante que dialoguemos, que tenhamos estas consultas intensas entre amigos dentro da Aliança", salientou Mark Rutte.
Andrzej Duda também acredita que o diálogo entre os EUA e a Ucrânia ainda é possível. Em resposta a uma pergunta da Euronews sobre o envio de tropas de manutenção da paz para a Ucrânia, o chefe de Estado polaco não disse claramente se apoia ou não o destacamento de soldados polacos. Em vez disso, falou de diferentes cenários para uma possível missão.
"Não excluo a possibilidade de existir um acordo entre ambas as partes relativamente ao envio de uma força da ONU. Não esqueçamos que a Rússia também deveria concordar com esta ideia. E é aqui que vários países podem direcionar os seus contingentes para esta força", declarou Duda, acrescentando que se trata de uma solução viável.
Andrzej Duda também apresentou uma proposta escrita para aumentar as despesas com a defesa de 2% para, pelo menos, 3% do PIB, que será discutida na próxima cimeira da NATO, em Haia. A Polónia ampliou os gastos com a defesa e a segurança para quase 5% nos últimos anos e, como referiu Mark Rutte, é atualmente um dos líderes da NATO.