A primeira volta das eleições na Polónia terá lugar no dia 18 de maio. Para já, 11 candidatos anunciaram a sua intenção de concorrer a um lugar decisivo que irá influenciar o futuro político do país, especialmente no contexto da guerra na Ucrânia.
A corrida presidencial na Polónia já começou, com 11 candidatos confirmados para a primeira volta, em 18 de maio. O resultado será crucial para o governo atual, que depende destas eleições para consolidar a sua posição política.
O atual presidente, Andrzej Duda, não pode recandidatar-se devido ao limite de mandatos. Duda pertence ao partido da oposição de direita Lei e Justiça (PiS) e, durante o seu mandato, utilizou a sua capacidade de vetar a legislação parlamentar como uma arma política fundamental.
Os favoritos e as forças políticas na corrida
De acordo com as últimas sondagens, o favorito é o presidente da Câmara Municipal de Varsóvia, Rafal Trzaskowski, que representa a Coligação Cívica, um partido centrista e pró-europeu. Trzaskowski perdeu por pouco para Duda nas eleições de 2020, quando ambos receberam mais de 10 milhões de votos, um número histórico que só fica atrás de Lech Walesa, o primeiro presidente democrático após a queda do comunismo.
O principal rival de Trzaskowski é Karol Nawrocki, apoiado pelo partido Lei e Justiça, embora esteja a concorrer como indepedente. Nawrocki dirige atualmente o Instituto Polaco da Memória Nacional, uma instituição central para a narrativa histórica do país.
Em terceiro lugar está Sławomir Mentzen, do partido de direita Konfederacja, embora os analistas apontem que a verdadeira competição será entre Trzaskowski e Nawrocki.
As questões basilares da campanha incluem o direito ao aborto, as uniões civis entre pessoas do mesmo sexo, o Estado de direito no país e a segurança nacional, sendo esta última uma questão particularmente relevante, dado o impacto da guerra na Ucrânia e a proximidade geográfica da Polónia com o conflito.
A Coligação Cívica de Trzaskowski promove uma visão pró-europeia e centrista, em contraste com o ceticismo em relação à União Europeia (UE) do partido Lei e Justiça, que apoia Nawrocki.
Possível segunda volta
Se nenhum dos candidatos obtiver a maioria na primeira volta, os dois mais votados enfrentar-se-ão numa segunda volta marcada para 1 de junho, o que poderá prolongar a incerteza quanto à futura liderança do país.
A corrida presidencial não só definirá o rumo político da Polónia, como também o seu papel num momento crucial para a Europa e o mundo. Decorre num contexto de mudanças profundas, marcado pela chegada de Trump à Casa Branca.