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Comissão de Ética acusa ex-congressista Matt Gaetz de pagar "regularmente" por sexo e uso ilícito de drogas

Matt Gaetz num cocktail da gala anual do New York Young Republican Club, no domingo, 15 de dezembro de 2024.
Matt Gaetz num cocktail da gala anual do New York Young Republican Club, no domingo, 15 de dezembro de 2024. Direitos de autor Yuki Iwamura/AP
Direitos de autor Yuki Iwamura/AP
De Malek Fouda com AP
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Relatório diz que o republicano Matt Gaetz pagou a mulheres para ter relações sexuais e consumiu drogas ilícitas quando era membro do Congresso.

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A Comissão de Ética da Câmara dos Representantes acusou o ex-congressista da Florida Matt Gaetz de "regularmente" pagar a mulheres por sexo, incluindo uma vez com uma rapariga menor de idade, num novo relatório.

O documento, de 37 páginas, inclui pormenores explícitos que alegam que o antigo congressista participou em festas e férias "de sexo" de 2017 a 2020, enquanto o republicano era membro do Congresso.

As conclusões concluíram que Gaetz violou várias leis estaduais relacionadas com a má conduta sexual durante o mandato. O relatório contém dezenas de páginas de documentos e provas contra Gaetz, incluindo mensagens de texto, registos financeiros, recibos de viagens e pagamentos online.

O antigo congressista Matt Gaetz durante a gala anual do New York Young Republican Club, no domingo, 15 de dezembro de 2024.
O antigo congressista Matt Gaetz durante a gala anual do New York Young Republican Club, no domingo, 15 de dezembro de 2024.Yuki Iwamura/AP

O bipartidário, muitas vezes secreto, está a investigar as alegações contra o ex-congressista da Florida desde 2021.

"A comissão determinou que há provas substanciais de que o congressista Gaetz violou as regras da Câmara e outros padrões de conduta que proíbem a prostituição, violação, uso de drogas ilícitas, presentes inissíveis, favores ou privilégios especiais e obstrução do Congresso", diz o relatório.

Gaetz nega qualquer irregularidade e diz ser inocente, sublinhando que nunca teve relações sexuais com uma menor.

O republicano criticou as conclusões da comissão, acrescentando que mantinha uma relação e um compromisso de longa duração com uma das mulheres que o relatório indica ter sido paga em troca de serviços sexuais.

Para além de solicitar a prostituição, a Comissão de Ética acusa Gaetz de aceitar presentes, incluindo transporte e alojamento, no âmbito de uma viagem às Bahamas em 2018, que excediam os montantes permitidos pelo Congresso.

No mês ado, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, escolheu Gaetz para se tornar o principal responsável pela aplicação da lei no país, nomeando-o para procurador-geral.

Matt Gaetz discursa  num comício de campanha de Donald Trump.
Matt Gaetz discursa num comício de campanha de Donald Trump. Yuki Iwamura/AP

Gaetz demitiu-se do Congresso nesse mesmo dia, o que o coloca fora da jurisdição da comissão, e acabou por se retirar da consideração para se tornar procurador-geral. Gaetz disse que a polémica em torno do seu nome estava a tornar-se uma distração injusta para a nova istração de Trump.

Na segunda-feira, Gaetz entrou com uma ação judicial de última hora, num último esforço para bloquear a divulgação do relatório. A sua equipa jurídica acusou o da Câmara dos Representantes de orquestrar uma movimentação sem precedentes e sublinhou que o antigo congressista já não está sob a sua jurisdição desde que se demitiu.

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