{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2024/11/19/putin-assina-decreto-que-autoriza-uso-alargado-de-armas-nucleares" }, "headline": "Putin assina decreto que autoriza uso alargado de armas nucleares", "description": "Kremlin afirma que a utiliza\u00e7\u00e3o de m\u00edsseis ocidentais n\u00e3o nucleares pelas for\u00e7as armadas ucranianas contra a Federa\u00e7\u00e3o Russa, ao abrigo da nova doutrina, poderia implicar uma resposta nuclear.", "articleBody": "O presidente russo assinou esta ter\u00e7a-feira o decreto que alarga as possibilidades de utiliza\u00e7\u00e3o de armas nucleares, aprovando uma nova doutrina nuclear. 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O documento sublinha ainda que a pol\u00edtica estatal no dom\u00ednio da dissuas\u00e3o nuclear \u00e9 de \u0022natureza defensiva\u0022.Putin assina o novo decreto dias depois de o presidente dos Estados Unidos ter levantado o veto \u00e0 utiliza\u00e7\u00e3o por Kiev de m\u00edsseis de longo alcance norte-americanos para atingir territ\u00f3rio no interior da R\u00fassia - e poucas semanas antes de Donald Trump chegar \u00e0 Casa Branca.A nova doutrina nuclear de Putin prev\u00ea que qualquer ataque a\u00e9reo \u00e0 R\u00fassia possa desencadear uma resposta nuclear e reflete a disponibilidade do Kremlin para amea\u00e7ar com a utiliza\u00e7\u00e3o do seu arsenal nuclear, numa prov\u00e1vel tentativa de for\u00e7ar o Ocidente a recuar no apoio \u00e0 Ucr\u00e2nia.Atualiza\u00e7\u00e3o necess\u00e1ria perante situa\u00e7\u00e3o atualFalando aos jornalistas j\u00e1 esta ter\u00e7a-feira, Dmitry Peskov, o porta-voz do Kremlin, sublinhou que a utiliza\u00e7\u00e3o de m\u00edsseis n\u00e3o nucleares ocidentais pelas for\u00e7as armadas ucranianas contra a Federa\u00e7\u00e3o Russa, de acordo com a nova doutrina, poder\u00e1 levar a uma resposta nuclear. Peskov salientou ainda que a R\u00fassia considera o recurso a armas nucleares uma \u0022medida extrema\u0022, citado pela ag\u00eancia estatal russa TASS, mas assinalou que a atualiza\u00e7\u00e3o da doutrina nuclear era necess\u00e1ria para alinhar o documento com a atual situa\u00e7\u00e3o pol\u00edtica. De acordo com Peskov, \u0022a dissuas\u00e3o nuclear tem como objetivo garantir que um potencial inimigo compreenda a inevitabilidade da retalia\u00e7\u00e3o em caso de agress\u00e3o contra a Federa\u00e7\u00e3o Russa e (ou) o seu aliado\u0022.A doutrina atualizada mant\u00e9m a disposi\u00e7\u00e3o segundo a qual as decis\u00f5es sobre a utiliza\u00e7\u00e3o de armas nucleares ser\u00e3o tomadas pelo chefe de Estado.\u0022O Presidente da Federa\u00e7\u00e3o Russa pode, se necess\u00e1rio, informar os l\u00edderes militares e pol\u00edticos de outros Estados e (ou) organiza\u00e7\u00f5es internacionais sobre a prontid\u00e3o da Federa\u00e7\u00e3o Russa para utilizar armas nucleares ou sobre a decis\u00e3o de utilizar armas nucleares, bem como sobre o facto da sua utiliza\u00e7\u00e3o\u0022, l\u00ea-se no documento.Primeiro ataque em territ\u00f3rio russo com m\u00edsseis ATACMS?J\u00e1 esta ter\u00e7a-feira, o ex\u00e9rcito ucraniano comunicou um ataque a um arsenal log\u00edstico das tropas russas perto da cidade de Karachev, na regi\u00e3o de Bryansk.De acordo com os servi\u00e7os secretos ucranianos, o dep\u00f3sito era utilizado para armazenar bombas e muni\u00e7\u00f5es, incluindo as fornecidas pela Coreia do Norte.N\u00e3o se sabe exatamente com que tipo de m\u00edsseis foi realizado o ataque, mas v\u00e1rios meios de comunica\u00e7\u00e3o ucranianos, citando fontes pr\u00f3ximas, sugerem que se tratou do primeiro ataque em territ\u00f3rio russo com m\u00edsseis ATACMS. O Z-channel Military Informant tamb\u00e9m n\u00e3o exclui a possibilidade de as for\u00e7as de Kiev terem realizado um ataque combinado utilizando drones e m\u00edsseis ocidentais ATACMS ou Storm Shadow.O Minist\u00e9rio da Defesa russo afirmou apenas que 12 drones ucranianos foram destru\u00eddos na regi\u00e3o de Bryansk.Durante o fim de semana, os meios de comunica\u00e7\u00e3o social norte-americanos noticiaram que Joe Biden tinha levantado a proibi\u00e7\u00e3o de a Ucr\u00e2nia utilizar m\u00edsseis bal\u00edsticos norte-americanos para atacar territ\u00f3rio russo. N\u00e3o houve confirma\u00e7\u00e3o imediata por parte da Casa Branca. Na segunda-feira, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, afirmou que Kiev tinha recebido autoriza\u00e7\u00e3o dos EUA para atacar o interior da R\u00fassia \u0022at\u00e9 300 quil\u00f3metros\u0022.", "dateCreated": "2024-11-19T09:40:08+01:00", "dateModified": "2024-11-19T10:44:55+01:00", "datePublished": "2024-11-19T10:44:55+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F82%2F19%2F46%2F1440x810_cmsv2_2fb0e5fc-0844-5378-9fa8-3635bb76fa37-8821946.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Teste de lan\u00e7amento do m\u00edssil bal\u00edstico intercontinental Yars a partir do Cosm\u00f3dromo de Plesetsk, no noroeste da R\u00fassia", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F82%2F19%2F46%2F432x243_cmsv2_2fb0e5fc-0844-5378-9fa8-3635bb76fa37-8821946.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
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Putin assina decreto que autoriza uso alargado de armas nucleares

Teste de lançamento do míssil balístico intercontinental Yars a partir do Cosmódromo de Plesetsk, no noroeste da Rússia
Teste de lançamento do míssil balístico intercontinental Yars a partir do Cosmódromo de Plesetsk, no noroeste da Rússia Direitos de autor AP/Russian Defense Ministry Press Service
Direitos de autor AP/Russian Defense Ministry Press Service
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Kremlin afirma que a utilização de mísseis ocidentais não nucleares pelas forças armadas ucranianas contra a Federação Russa, ao abrigo da nova doutrina, poderia implicar uma resposta nuclear.

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O presidente russo assinou esta terça-feira o decreto que alarga as possibilidades de utilização de armas nucleares, aprovando uma nova doutrina nuclear.

Segundo a AP, a novo decreto de Putin declara que um ataque convencional à Rússia, que seja perpetrado por qualquer nação apoiada por uma potência nuclear, será considerado um ataque conjunto a território russo.

"É possível uma resposta nuclear por parte da Rússia em caso de ameaça crítica à sua soberania, mesmo com armas convencionais, em caso de ataque à Bielorrússia enquanto membro do Estado de União, [ou] em caso de lançamento maciço de aviões militares, mísseis de cruzeiro, drones, outras aeronaves e sua travessia da fronteira russa", lê-se no decreto, citado pela imprensa internacional.

O decreto determina que "a dissuasão da agressão é assegurada pela totalidade do poder militar da Federação Russa, incluindo as armas nucleares". O documento sublinha ainda que a política estatal no domínio da dissuasão nuclear é de "natureza defensiva".

Putin assina o novo decreto dias depois de o presidente dos Estados Unidos ter levantado o veto à utilização por Kiev de mísseis de longo alcance norte-americanos para atingir território no interior da Rússia - e poucas semanas antes de Donald Trump chegar à Casa Branca.

A nova doutrina nuclear de Putin prevê que qualquer ataque aéreo à Rússia possa desencadear uma resposta nuclear e reflete a disponibilidade do Kremlin para ameaçar com a utilização do seu arsenal nuclear, numa provável tentativa de forçar o Ocidente a recuar no apoio à Ucrânia.

Atualização necessária perante situação atual

Falando aos jornalistas já esta terça-feira, Dmitry Peskov, o porta-voz do Kremlin, sublinhou que a utilização de mísseis não nucleares ocidentais pelas forças armadas ucranianas contra a Federação Russa, de acordo com a nova doutrina, poderá levar a uma resposta nuclear.

Peskov salientou ainda que a Rússia considera o recurso a armas nucleares uma "medida extrema", citado pela agência estatal russa TASS, mas assinalou que a atualização da doutrina nuclear era necessária para alinhar o documento com a atual situação política.

De acordo com Peskov, "a dissuasão nuclear tem como objetivo garantir que um potencial inimigo compreenda a inevitabilidade da retaliação em caso de agressão contra a Federação Russa e (ou) o seu aliado".

A doutrina atualizada mantém a disposição segundo a qual as decisões sobre a utilização de armas nucleares serão tomadas pelo chefe de Estado.

"O Presidente da Federação Russa pode, se necessário, informar os líderes militares e políticos de outros Estados e (ou) organizações internacionais sobre a prontidão da Federação Russa para utilizar armas nucleares ou sobre a decisão de utilizar armas nucleares, bem como sobre o facto da sua utilização", lê-se no documento.

Primeiro ataque em território russo com mísseis ATACMS?

Já esta terça-feira, o exército ucraniano comunicou um ataque a um arsenal logístico das tropas russas perto da cidade de Karachev, na região de Bryansk.

De acordo com os serviços secretos ucranianos, o depósito era utilizado para armazenar bombas e munições, incluindo as fornecidas pela Coreia do Norte.

Não se sabe exatamente com que tipo de mísseis foi realizado o ataque, mas vários meios de comunicação ucranianos, citando fontes próximas, sugerem que se tratou do primeiro ataque em território russo com mísseis ATACMS. O Z-channel Military Informant também não exclui a possibilidade de as forças de Kiev terem realizado um ataque combinado utilizando drones e mísseis ocidentais ATACMS ou Storm Shadow.

O Ministério da Defesa russo afirmou apenas que 12 drones ucranianos foram destruídos na região de Bryansk.

Durante o fim de semana, os meios de comunicação social norte-americanos noticiaram que Joe Biden tinha levantado a proibição de a Ucrânia utilizar mísseis balísticos norte-americanos para atacar território russo. Não houve confirmação imediata por parte da Casa Branca.

Na segunda-feira, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, afirmou que Kiev tinha recebido autorização dos EUA para atacar o interior da Rússia "até 300 quilómetros".

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