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Em Nova Iorque, foram v\u00e1rios os que apelaram a um cessar-fogo imediato em Gaza numa altura em que as tens\u00f5es na reg\u00e3o est\u00e3o em n\u00edveis m\u00e1ximos, ap\u00f3s os ataques isrelitas no L\u00edbano que devastara partes do pa\u00eds, matando mais de 560 pessoas em dois dias.No seu discurso na Assembleia Geral das Na\u00e7\u00f5es Unidas, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni criticou a guerra entre Israel e o Hamas. 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O Hezbollah lan\u00e7ou rockets contra Israel sem provoca\u00e7\u00e3o durante o ataque de 7 de outubro. Quase um ano depois, dois milh\u00f5es de pessoas de cada lado da fronteira entre Israel e o L\u00edbano continuam deslocadas. Uma guerra em grande escala n\u00e3o \u00e9 do interesse de ningu\u00e9m\u0022 afirmou o presidente norte-americano, neste que foi o \u00faltimo discurso na ONU enquantro l\u00edder dos EUA. \u0022Mesmo com a escalada da situa\u00e7\u00e3o, ainda \u00e9 poss\u00edvel encontrar uma solu\u00e7\u00e3o diplom\u00e1tica. De facto, esta continua a ser a \u00fanica via para uma seguran\u00e7a duradoura que permita aos residentes de ambos os pa\u00edses regressar \u00e0s suas casas na fronteira em seguran\u00e7a. E \u00e9 para isso que estamos a trabalhar incansavelmente\u201d, refor\u00e7ou. Guterres: \u0022Gaza \u00e9 um pesadelo sem fim que amea\u00e7a tomar toda a regi\u00e3o\u0022No discurso de abertura do evento, o secret\u00e1rio-geral das Na\u00e7\u00f5es Unidas, Ant\u00f3nio Guterres, criticou aquilo que apelidou de \u0022era da impunidade\u0022 em v\u00e1rias zonas do globo. Ant\u00f3nio Guterres classificou a situa\u00e7\u00e3o em Gaza como \u201cum pesadelo sem fim que amea\u00e7a levar consigo toda a regi\u00e3o\u201d, com o portugu\u00eas a dizer que que a escalada de ataques a\u00e9reos na fronteira entre Israel e o L\u00edbano colocou o L\u00edbano \u201c\u00e0 beira do abismo\u0022. \u0022Entretanto, Gaza \u00e9 um pesadelo sem fim que amea\u00e7a tomar toda a regi\u00e3o. Basta olhar para o L\u00edbano. Todos n\u00f3s dever\u00edamos estar alarmados com a escalada. O L\u00edbano est\u00e1 \u00e0 beira do abismo. O povo liban\u00eas, o povo israelita e os povos do mundo n\u00e3o podem permitir que o L\u00edbano se transforme noutra Gaza\u201d, afirmou o secret\u00e1rio-geral. Ant\u00f3nio Guterres disse ainda que \u0022nada pode justificar os atos de terror cometidos a 7 de outubro\u0022, como a tomada de ref\u00e9ns israelitas pelo Hamas. Ainda assim, condenou a dimens\u00e3o da resposta israelita, num exerc\u00edcio de proporcionalidade que segundo Ant\u00f3nio Guterres \u0022n\u00e3o tem compera\u00e7\u00e3o\u0022. \u0022A velocidade e a escala da matan\u00e7a e da destrui\u00e7\u00e3o em Gaza n\u00e3o t\u00eam compara\u00e7\u00e3o com nada nos meus anos como Secret\u00e1rio-Geral. Mais de 200 dos nossos funcion\u00e1rios foram mortos, muitos deles com as suas fam\u00edlias. E, no entanto, as mulheres e os homens das Na\u00e7\u00f5es Unidas continuam a prestar ajuda humanit\u00e1ria\u0022 afirmou. Guterres refor\u00e7ou os apelos de cessar-fogo na regi\u00e3o e a necessidade urgente de um acordo que permita a liberta\u00e7\u00e3o dos ref\u00e9ns. \u0022A comunidade internacional deve mobilizar-se para um cessar-fogo imediato. 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Líderes mundiais exigem cessar-fogo em Gaza na Assembleia Geral da ONU

 Líderes mundiais exigem cessar-fogo em Gaza na Assembleia Geral da ONU
Líderes mundiais exigem cessar-fogo em Gaza na Assembleia Geral da ONU Direitos de autor Seth Wenig/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.
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Os chefes de várias nações criticaram a guerra em curso entre Israel e o Hamas, numa altura em que se teme uma guerra regional no Médio Oriente, com a escalada do conflito entre o Hezbollah e as forças armadas israelitas.

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Na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, os líderes mundiais focaram o discurso nos conflitos que atualmente assolam o planeta, nomedamente Ucrânia e a situação no Médio Oriente. Em Nova Iorque, foram vários os que apelaram a um cessar-fogo imediato em Gaza numa altura em que as tensões na regão estão em níveis máximos, após os ataques isrelitas no Líbano que devastara partes do país, matando mais de 560 pessoas em dois dias.

No seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, a primeira-ministra italiana Giorgia Meloni criticou a guerra entre Israel e o Hamas. A líder italiana reforçou que Israel tem direito a proteger as suas fronteiras mas é também sua responsabilidade proteger civis. “Ao mesmo tempo, pedimos a Israel que respeite o direito internacional, protegendo as populações civis”, afirmou.

Meloni reconheceu também que o povo palestiniano tem direito ao seu Estado: “Precisamos que os palestinianos o confiem a uma liderança inspirada no diálogo, na estabilização do Médio Oriente e na autonomia”.

No final do discurso, Meloni exigiu um cessar-fogo entre Israel e Gaza e a libertação de todos os reféns do ataque de 7 de outubro.

A primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, discursa na 79.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, terça-feira, 24 de setembro de 2024.
A primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, discursa na 79.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, terça-feira, 24 de setembro de 2024.Pamela Smith/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.

A primeira-ministra italiana não foi a única a mencionar o assunto no encontro de líderes mundiais.

O presidente do Irão, Masoud Pezehskian, apelou à comunidade internacional para “conseguir um cessar-fogo permanente em Gaza e pôr fim à barbárie desesperada de Israel no Líbano”.

“O terrorismo de Estado israelita, naturalmente cego, dos últimos dias no Líbano, seguido de uma agressão maciça com milhares de vítimas, não pode ficar sem resposta”, afirmou.

“A responsabilidade por todas as consequências caberá aos governos que frustraram todos os esforços globais para pôr fim a esta terrível catástrofe e que têm a audácia de se intitularem 'campeões dos direitos humanos'.”

A guerra de quase um ano de Israel em Gaza já matou mais de 41.000 palestinianos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.

“A guerra em grande escala não é do interesse de ninguém"

Também o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, mencionou a tensão crescente no Médio Oriente, afirmando que uma solução diplomática "ainda é possível" e que uma escalada do conflito em Gaza para algo regional, "não é do interesse de ninguém".

“Desde 7 de outubro, estamos determinados a evitar uma guerra mais vasta que envolva toda a região. O Hezbollah lançou rockets contra Israel sem provocação durante o ataque de 7 de outubro. Quase um ano depois, dois milhões de pessoas de cada lado da fronteira entre Israel e o Líbano continuam deslocadas. Uma guerra em grande escala não é do interesse de ninguém" afirmou o presidente norte-americano, neste que foi o último discurso na ONU enquantro líder dos EUA.

"Mesmo com a escalada da situação, ainda é possível encontrar uma solução diplomática. De facto, esta continua a ser a única via para uma segurança duradoura que permita aos residentes de ambos os países regressar às suas casas na fronteira em segurança. E é para isso que estamos a trabalhar incansavelmente”, reforçou.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, despede-se após o seu discurso na 79.ª sessão da Assembleia Geral da ONU
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, despede-se após o seu discurso na 79.ª sessão da Assembleia Geral da ONURichard Drew/Copyright 2024 The AP. All rights reserved

Guterres: "Gaza é um pesadelo sem fim que ameaça tomar toda a região"

No discurso de abertura do evento, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, criticou aquilo que apelidou de "era da impunidade" em várias zonas do globo.

António Guterres classificou a situação em Gaza como “um pesadelo sem fim que ameaça levar consigo toda a região”, com o português a dizer que que a escalada de ataques aéreos na fronteira entre Israel e o Líbano colocou o Líbano “à beira do abismo".

"Entretanto, Gaza é um pesadelo sem fim que ameaça tomar toda a região. Basta olhar para o Líbano. Todos nós deveríamos estar alarmados com a escalada. O Líbano está à beira do abismo. O povo libanês, o povo israelita e os povos do mundo não podem permitir que o Líbano se transforme noutra Gaza”, afirmou o secretário-geral.

António Guterres, discursa na 79.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas na sede da ONU
António Guterres, discursa na 79.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas na sede da ONUSeth Wenig/Copyright 2024 The AP. All rights reserved.

António Guterres disse ainda que "nada pode justificar os atos de terror cometidos a 7 de outubro", como a tomada de reféns israelitas pelo Hamas. Ainda assim, condenou a dimensão da resposta israelita, num exercício de proporcionalidade que segundo António Guterres "não tem comperação".

"A velocidade e a escala da matança e da destruição em Gaza não têm comparação com nada nos meus anos como Secretário-Geral. Mais de 200 dos nossos funcionários foram mortos, muitos deles com as suas famílias. E, no entanto, as mulheres e os homens das Nações Unidas continuam a prestar ajuda humanitária" afirmou.

Guterres reforçou os apelos de cessar-fogo na região e a necessidade urgente de um acordo que permita a libertação dos reféns. "A comunidade internacional deve mobilizar-se para um cessar-fogo imediato. A libertação imediata e incondicional dos reféns e o início de qualquer processo reversível para uma solução de dois Estados”.

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