Numa entrevista à NBC, Joe Biden reafirmou estar na corrida e desvalorizou o debate menos bem conseguido com Donald Trump ou gafes durante a cimeira da NATO. Estas palavras surgem ao mesmo tempo que Trump reforçava a sua liderança no partido na Convenção Nacional Republicana.
O Presidente Joe Biden reafirmou que ainda está na corrida para as próximas eleições presidenciais dos EUA e defendeu o seu desempenho considerado atribulado.
Numa entrevista à NBC, Joe Biden comentou o tema da atualidade, a tentativa de homicidio de Donald Trump, e mostrou os seus receios quanto à violência do país, afirmando que foi esta a mensagem que ou ao seu opositor numa chamada que fez após o tiroteio.
O presidente dos EUA voltou a ser questionado sobre o seu desempenho no debate de 27 de junho, o que levou Biden a confrontar o jornalista. "Onde é que vocês estão nisto? Por que é que a imprensa só se foca nas minhas gafes e não fala de todas as mentiras que ele disse durante o debate?", questiona.
A campanha de Joe Biden tem sido marcada por incongruências de discurso, lapsos e dúvidas na sua lucidez, mas o presidente reforçou estar sob todas as suas capacidades mentais.
Lester Holt questionou também sobre a possibilidade do Presidente aceitar outro debate, antes do já definido debate de setembro, num esforço para "tentar voltar a subir para o cavalo", Biden respondeu ainda estar na corrida, e não parece ter gostado da insinuação.
"Onde é que andou? Já participei em 22 grandes eventos com milhares de pessoas, multidões esmagadoras, muita coisa a acontecer - estou em cima do cavalo", disse. "O que estou a fazer é sair e demonstrar ao povo americano que tenho o controlo de todas as minhas faculdades, que não preciso de notas. Não preciso de telepontos, posso responder a qualquer pergunta".
A presença do presidente dos EUA na cimeira da NATO em Washington também fez manchetes quando se referiu incorretamente ao presidente ucraniano Volodymr Zelenskyy como sendo o líder russo Vladimir Putin.
Esta entrevista aconteceu em simultâneo com a Convenção Nacional Republicana onde Donald Trump foi recebido como herói reforçando a sua força junto do partido, no estado de Wisconsin, considerado um dos estados-chave no campo de batalha das próximas eleições presidenciais.
Há também quem suspeite que o ataque a Trump possa influenciar a intenção de voto dos mais indecisos que decidirão o seu voto de acordo com o "sentimento de culpa" de cada partido nestes últimos acontecimentos.