{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2024/05/22/anders-vistisen-os-grupos-de-extrema-direita-do-parlamento-europeu-vao-unir-se" }, "headline": "Anders Vistisen: \u0022Os grupos de extrema-direita do Parlamento Europeu v\u00e3o unir-se\u0022", "description": "Anders Vistisen disse que \u0022n\u00e3o h\u00e1 mais divis\u00e3o pol\u00edtica\u0022 entre as duas bancadas da extrema-direita no Parlamento Europeu: Identidade e Democracia (ID) e Conservadores e Reformistas Europeues (CRE). 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A falta de apoio da UE deixa a Ucr\u00e2nia sem \u0022hip\u00f3teses\u0022 Vistisen tamb\u00e9m criticou duramente a Uni\u00e3o Europeia por, segundo ele, n\u00e3o ter \u0022dado um o em frente\u0022 ao fornecer a Kiev a ajuda e o equipamento militar necess\u00e1rios para resistir \u00e0 invas\u00e3o russa. \u0022Desafiaria a perce\u00e7\u00e3o de que a Europa tem sido muito pr\u00f3-ucraniana\u0022, explicou. \u0022Quando se trata de a\u00e7\u00f5es concretas, fica para tr\u00e1s. Por isso, n\u00e3o, se os norte-americanos n\u00e3o estivessem a ajudar os ucranianos, a guerra estaria perdida para eles, porque a Europa n\u00e3o se mostrou \u00e0 altura\u0022, acrescentou. \u0022Penso que para que aUcr\u00e2nia tenha oportunidade de lutar para fazer recuar a R\u00fassia, atrav\u00e9s das fronteiras anteriores \u00e0 invas\u00e3o russa da Crimeia, a ajuda militar est\u00e1 a ser demasiado curta e demasiado tardia, infelizmente\u0022. 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Anders Vistisen: "Os grupos de extrema-direita do Parlamento Europeu vão unir-se"

Anders Vistisen, presidente do Grupo Identidade e Democracia, em declarações à Euronews, terça-feira, 21 de maio
Anders Vistisen, presidente do Grupo Identidade e Democracia, em declarações à Euronews, terça-feira, 21 de maio Direitos de autor Euronews 2024
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De Mared Gwyn Jones
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Anders Vistisen disse que "não há mais divisão política" entre as duas bancadas da extrema-direita no Parlamento Europeu: Identidade e Democracia (ID) e Conservadores e Reformistas Europeues (CRE). O porta-voz nos debates da campanha do ID deu entrevista exclusiva à euronews.

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Anders Vistisen disse à Euronews que acredita que não existe uma clivagem política substancial entre a bancada de extrema-direita ID (que inclui o Reagrupamento Nacional, de França; a Liga, de Itália e a Alternativa para a Alemanha) e os ultranacionalistas do CRE, considerados menos radicais pelos analistas políticos.

O CRE inclui partidos tais como o Vox, de Espanha, o Lei e Justiça, da Polónia,os Irmãos de Itália e o Partido Democrático Civil (ODS), da Chéquia. O PPE, de centro-direita., que tem Ursula von der Leyen como cabeça de lista, tem itido a possibilidade de ter o apoio do CRE, após o escrutínio de junho.

"Na minha opinião, o que está errado é o facto de existirem dois grupos de direita, e penso que isso tem mais a ver com as grandes personalidades de alguns dos maiores partidos do que com diferenças políticas", disse Vistisen, que pertence ao Partido Popular Dinamarquês, de extrema-direita.

"Não há mais divisão política entre o ID e o CRE do que aquela que se pode ver entre PPE, socialistas e liberais, por exemplo", explicou, numa entrevista para o programa The Global Conversation, que poderá transmitido na íntegra na próxima semana.

Questionado sobre se acredita que ambos os grupos podem formar um bloco unido no Parlamento Europeu, Vistisen respondeu: "Penso que um dia isso irá acontecer (...) Penso que talvez não seja depois destas eleições, mas penso que as eleições presidenciais sas, que terão lugar dentro de dois anos (em 2027), poderão ser um momento muito interessante".

A entrevista decorreu apenas algumas horas antes de eclodir uma crise no seu partido, quando o Reagrupamento Nacional indicou que não se sentaria na mabcada com o Alternativa para a Alemanha (AfD) por causa dos comentários sobre nazis feitos pelo cabeça de lista da AfD, Maximilian Krah, que acabaria por se demitir da liderança do partido mas que se manteve nas listas de candidatos.

Depois de falar com a Euronews, Vistisen disse na plataforma social X que Krah, que continuará a ser o principal candidato do AfD nas eleições de junho, "mostrou com as suas declarações e ações que não pertence ao grupo ID".

"Se o AfD não aproveitar a situação e se livrar de Krah, a posição do DF (Partido Popular Dinamarquês) é que o AfD deve deixar o grupo ID", acrescentou Vistisen.

Mas quando questionado pela Euronews, horas antes, sobre se as divisões profundas no seio do seu partido e a crescente insatisfação com as posições cada vez mais extremistas do AfD poderiam levar alguns eurodputados a mudar para o grupo CRE, Vistisen defendeu a unidade do seu partido.

"Não, não estou a ver isso. Penso que se trata de uma narrativa um pouco falsa", afirmou.

Vistisen afirmou que se podem observar divisões mais profundas no grupo CRE, especialmente no que diz respeito à sua posição sobre a Ucrânia, acrescentando que o PiS da Polónia - que apoia firmemente o apoio da UE à Ucrânia - convidou o Reagrupamento Nacional e o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, para a sua bancada no Parlamento, apesar do seu ceticismo em relação ao apoio militar à Ucrânia.

Uma fonte do Reagrupamento Nacional disse à Euronews que o partido é a favor de se juntar ao mesmo grupo que o Fidesz, de Viktor Orbán, que atualmente não pertence a nenhum grupo político europeu depois de ter sido  forçado a sair do PPE, em 2021.

Vistisen "não é pago" pela Voz da Europa, que foi sancionada

A AfD que protaginizado outros escândalos que desgostaram o ID. Em janeiro, figuras de topo da AfD reuniram-se com grupos neo-nazis para discutir planos de deportação de milhões de imigrantes, incluindo alguns com cidadania alemã, o que provocou desconforto no seio da sua família europeia, segundo fontes da Euronews.

Os dois nomes que encabeçam as listas eleitorais da AfD para as eleições de junho estão também relacionados com as investigações em curso sobre a interferência estrangeira no Parlamento Europeu, incluindo uma alegada operação pró-Kremlin suspeita de pagar a eurodeputados em funções para difundirem propaganda russa.

O assessor de Maximilian Krah foi detido no mês ado por suspeita de espionagem a favor da China, enquanto Petr Bystron é acusado de ter recebido cerca de 20 mil euros em dinheiro da Rússia, no âmbito de uma investigação  sobre uma alegada operação de influência pró-Kremlin.

Vistisen itiu que está "sempre preocupado com as influências externas" e prometeu que, caso as investigações considerem os candidatos culpados e o AfD não suspenda a sua filiação, a direção do seu partido europeu tomará o assunto em mãos.

Mas o candidato defendeu a decisão de não tomar medidas imediatas em resposta às alegações de interferência estrangeira no seu partido.

"O Sr. Krah ou pelo órgão de ética do Parlamento Europeu e eles não recomendaram nenhuma das sanções disponíveis", afirmou Vistisen.

"Por isso, se os seus opositores políticos não recomendaram uma sanção, é muito difícil para nós, enquanto grupo político, sancionar neste contexto, mas estou muito satisfeito pelo facto de o AfD já ter estipulado que, se estas alegações forem verdadeiras, suspenderão sozinho a sua filiação no AfD e, por conseguinte, ele também não será membro do grupo ID".

A empresa que está no centro da investigação, liderada pelo procurador belga, é a Voz da Europa, atualmente na lista negra da União Europeia.

Questionado sobre se foi pago por uma entrevista individual que deu à Voz da Europa no início deste ano, Vistisen negou enfaticamente.

"Não, claro que não. Essa entrevista foi organizada com a mesma premissa que esta entrevista. Pediram-me para dar uma entrevista e eu aceitei. É esse o meu trabalho como político", respondeu Vistisen.

"Tenho um historial impecável no que diz respeito a ser firme em relação à Rússia e à China. Nunca ninguém duvidou disso. Por vezes, estas alegações são também utilizadas politicamente (...) Penso que é possível sermos bons sem espalharmos notícias falsas".

A falta de apoio da UE deixa a Ucrânia sem "hipóteses"

Vistisen também criticou duramente a União Europeia por, segundo ele, não ter "dado um o em frente" ao fornecer a Kiev a ajuda e o equipamento militar necessários para resistir à invasão russa.

"Desafiaria a perceção de que a Europa tem sido muito pró-ucraniana", explicou.

"Quando se trata de ações concretas, fica para trás. Por isso, não, se os norte-americanos não estivessem a ajudar os ucranianos, a guerra estaria perdida para eles, porque a Europa não se mostrou à altura", acrescentou.

"Penso que para que aUcrânia tenha oportunidade de lutar para fazer recuar a Rússia, através das fronteiras anteriores à invasão russa da Crimeia, a ajuda militar está a ser demasiado curta e demasiado tardia, infelizmente".

O eurodeputado afirmou ainda que a União Europeia tem dado menos apoio militar à Ucrânia do que o Reino Unido, apesar de a ajuda militar do bloco ascender a 33 mil milhões de euros, em comparação com os 7,6 mil milhões de libras esterlinas (8,9 mil milhões de euros) de assistência militar do Reino Unido.

No entanto, rejeitou a perspetiva de a Ucrânia aderir ao bloco como um Estado-membro de pleno direito, alegando que os líderes da UE estavam a tentar impor prazos para acelerar a adesão de Kiev.

"São as mesmas forças que se queixam do Estado de direito na Hungria (...) que dizem agora para acelerarmos um processo em que estamos a deixar entrar países com um historial muito pior no que diz respeito a muitos destes critérios de referência do que o que se viu na Hungria de Orbán", afirmou Vistisen.

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