{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2024/03/07/nao-sabe-em-quem-votar-no-domingo-recorde-os-programas-dos-candidatos-a-frente-nas-sondage" }, "headline": "N\u00e3o sabe em quem votar no domingo? Recorde os programas dos candidatos \u00e0 frente nas sondagens", "description": "Fique a conhecer as grandes propostas em mat\u00e9ria de Impostos, Economia, Habita\u00e7\u00e3o, Sa\u00fade e Migra\u00e7\u00f5es.", "articleBody": "As elei\u00e7\u00f5es legislativas s\u00e3o j\u00e1 este domingo , dia 10, e a expectativa sobre os resultados da vota\u00e7\u00e3o \u00e9 muita. As tr\u00eas for\u00e7as pol\u00edticas \u00e0 frente nas sondagens - Alian\u00e7a Democr\u00e1tica, Partido Socialista e Chega - defendem vis\u00f5es diferentes para alguns dos principais problemas do pa\u00eds. No per\u00edodo pr\u00e9-eleitoral, as quest\u00f5es relacionadas com rendimentos, aumento do custo de vida e fiscalidade dominaram o debate p\u00fablico. De acordo com um estudo da consultora LLYC, que analisou publica\u00e7\u00f5es na rede social X (antigo Twitter) e meios de comunica\u00e7\u00e3o social online ao longo dos primeiros dois meses deste ano, economia e impostos ocuparam 32,8% da discuss\u00e3o , \u201cdestacando-se como picos de conversa o aumento dos sal\u00e1rios m\u00e9dio e m\u00ednimo, as mexidas no IRS e os temas relacionados com a Seguran\u00e7a Social\u201d. Estes dados est\u00e3o em linha com os apontados pelo Eurobar\u00f3metro , relativamente ao outono de 2023, onde 51% dos portugueses responderam que o aumento do custo de vida \u00e9 o problema mais significativo do pa\u00eds, seguido da sa\u00fade (44%) e, mais abaixo, a habita\u00e7\u00e3o (21%). Com todas as sondagens a dar um valor elevado de indecisos (cerca de 20%), os candidatos a primeiro-ministro, Lu\u00eds Montenegro (AD) e Pedro Nuno Santos (PS), t\u00eam utilizado os \u00faltimos dias de campanha para fazer um apelo ao voto \u00fatil e mobilizar esta franja do eleitorado que pode decidir para que lado do hemiciclo vai pender o futuro da governa\u00e7\u00e3o. As \u00faltimas sondagens continuam a apontar para uma vit\u00f3ria da AD, com 29,3% das inten\u00e7\u00f5es de voto. A coliga\u00e7\u00e3o que junta PSD, CDS-PP e PPM alarga a vantagem sobre o PS, que surge em segundo lugar com 23,3% dos votos. J\u00e1 o Chega recua quase um ponto percentual para os 15,6%, mantendo-se ainda assim como terceira maior for\u00e7a pol\u00edtica. Mas quais s\u00e3o, em concreto, as grandes diferen\u00e7as dos programas pol\u00edticos com que v\u00e3o a votos? A Euronews leu os documentos da AD , PS e Chega e resume aqui as grandes medidas dos partidos em mat\u00e9rias como Economia, Impostos, Habita\u00e7\u00e3o, Sa\u00fade e Migra\u00e7\u00f5es. Economia Do lado do PS, na economia, a estrat\u00e9gia a por \u201ccapacitar a istra\u00e7\u00e3o P\u00fablica para um trabalho de identifica\u00e7\u00e3o e de mapeamento de setores, de cadeias de valor e de tecnologias nas quais a economia nacional apresente elevadas potencialidades\u201d e \u201rocurar, atrav\u00e9s da uma pol\u00edtica de incentivos mais seletiva e centrada em setores robustos e promissores, criar oportunidades de emprego para os recursos humanos altamente qualificados\u201d. O partido liderado por Pedro Nuno Santos pretende tamb\u00e9m lanc\u0327ar o Programa Internacionalizar, de apoio \u00e0s exporta\u00e7\u00f5es de elevado valor acrescentado, ao investimento internacional e ao financiamento de opera\u00e7\u00f5es internacionais, bem como o Programa Capitalizar +, de apoio a\u0300 transi\u00e7\u00e3o geracional e a\u0300 valoriza\u00e7\u00e3o de ativos empresariais. J\u00e1 a AD aposta na iniciativa privada , com a amplia\u00e7\u00e3o da concorr\u00eancia e a redu\u00e7\u00e3o de burocracias e barreiras \u00e0 entrada, e pretende orientar os Fundos Europeus para as empresas e para a gera\u00e7\u00e3o de valor acrescentado. A coliga\u00e7\u00e3o liderada por Lu\u00eds Montenegro quer ainda desenvolver a Economia do Mar , defendendo, por exemplo, o investimento p\u00fablico e privado nos portos de pesca e a simplifica\u00e7\u00e3o dos programas de investimento europeu. Por seu lado, o Chega quer apoiar a internacionaliza\u00e7\u00e3o das empresas portuguesas com um refor\u00e7o do Banco do Fomento , apostando nas qualifica\u00e7\u00f5es dos funcion\u00e1rios, nas exporta\u00e7\u00f5es e na atra\u00e7\u00e3o de investimento. O partido de Andr\u00e9 Ventura prop\u00f5e-se tamb\u00e9m a reestruturar o Conselho Nacional da Ind\u00fastria , tornando-o um \u00f3rg\u00e3o de consulta e aconselhamento do primeiro-ministro para as pol\u00edticas industriais e para desenvolver pactos entre empresas do mesmo setor. Impostos Em mat\u00e9ria de impostos, o programa do PS estabelece como prioridade a redu\u00e7\u00e3o do IRS para a classe m\u00e9dia , dentro da margem or\u00e7amental, diminuindo as taxas marginais, bem como a atualiza\u00e7\u00e3o dos limites dos escal\u00f5es de acordo com a taxa de infla\u00e7\u00e3o, impedindo que os contribuintes vejam a sua tributa\u00e7\u00e3o aumentar por este efeito. Os socialistas apresentam ainda medidas no IRC , como a redu\u00e7\u00e3o em 20% das tributa\u00e7\u00f5es aut\u00f3nomas sobre viaturas das empresas; e no IVA da energia com a aplica\u00e7\u00e3o da taxa de 6% aos primeiros 200 kWh de energia el\u00e9trica consumida em cada m\u00eas (duplicando os atuais 100 kWh), ou de 300 kWh mensais, no caso das fam\u00edlias numerosas (duplicando os atuais 150 kWh). J\u00e1 a AD tenciona ir mais longe, com uma redu\u00e7\u00e3o do IRS at\u00e9 ao 8.\u00ba escal\u00e3o , atrav\u00e9s da redu\u00e7\u00e3o das taxas marginais entre 0,5 pontos e tr\u00eas pontos face a 2023 e uma isen\u00e7\u00e3o de IRS e contribui\u00e7\u00f5es sociais para pr\u00e9mios de desempenho at\u00e9 ao equivalente a um vencimento mensal, \u201ccorrespondendo, dessa forma, a um 15\u00ba m\u00eas, quando aplicado\u201d. A coliga\u00e7\u00e3o de centro-direita recupera tamb\u00e9m uma proposta lan\u00e7ada o ano ado pelos sociais-democratas quanto \u00e0 ado\u00e7\u00e3o do IRS Jovem , com uma taxa m\u00e1xima de 15% para quem tiver at\u00e9 35 anos (exceto no 9\u00ba e \u00faltimo escal\u00e3o). Al\u00e9m disso, pretendem implementar uma redu\u00e7\u00e3o gradual de IRC de 21% para 15% ao ritmo de 2 pontos percentuais por ano, at\u00e9 2027. O Chega tenciona introduzir duas taxas marginais de IRS : de 15% at\u00e9 aos 39.999 euros, e de 30% a partir de 40.000 euros, com isen\u00e7\u00e3o de pagamento para quem receber at\u00e9 aos mil euros mensais. No IRC, o partido de Ventura quer introduzir uma \u201cflat tax\u201d de 15% para as regi\u00f5es aut\u00f3nomas e para o interior do pa\u00eds, e de 18% para o resto do territ\u00f3rio. O programa do partido estabelece tamb\u00e9m a aplica\u00e7\u00e3o da taxa de IVA reduzida (6%) \u00e0 eletricidade e ao g\u00e1s , bem como a reintrodu\u00e7\u00e3o do IVA zero para bens alimentares essenciais e ainda a redu\u00e7\u00e3o do IVA do Gas\u00f3leo e da Gasolina Rodovi\u00e1ria para a taxa interm\u00e9dia de 13% e a elimina\u00e7\u00e3o do adicional ao Imposto Sobre Produtos Petrol\u00edferos. Habita\u00e7\u00e3o Na habita\u00e7\u00e3o - tema que \u00e9 caro a Pedro Nuno Santos, que tutelou a pasta enquanto esteve no Governo -, o PS quer agora o Estado a entregar garantia p\u00fablica nos cr\u00e9ditos \u00e0 habita\u00e7\u00e3o para aquisi\u00e7\u00e3o de casa pr\u00f3pria para pessoas ate\u0301 aos 40 anos que ainda n\u00e3o tenham nenhuma habita\u00e7\u00e3o em seu nome. Em caso de incumprimento, o devedor pode manter a casa como habita\u00e7\u00e3o permanente, mediante o pagamento de uma renda ao Estado, que assumiria a sua posi\u00e7\u00e3o no cr\u00e9dito. As propostas dos socialistas am ainda pela revis\u00e3o da fo\u0301rmula de ca\u0301lculo de atualizac\u0327a\u0303o de rendas , ando esta a incluir a evoluc\u0327a\u0303o dos sala\u0301rios nos anos em que a inflac\u0327a\u0303o seja superior a 2%, e pelo agravamento das mais-valias em imo\u0301veis adquiridos e vendidos sem que tenham sido recuperados ou habitados. A estrat\u00e9gia da AD a por reduzir os entraves \u00e0 constru\u00e7\u00e3o, com a cria\u00e7\u00e3o de um regime excecional e tempor\u00e1rio de elimina\u00e7\u00e3o ou redu\u00e7\u00e3o dos custos tribut\u00e1rios em obras de constru\u00e7\u00e3o ou reabilita\u00e7\u00e3o, a flexibiliza\u00e7\u00e3o das limita\u00e7\u00f5es de ocupa\u00e7\u00e3o dos solos, das densidades urban\u00edsticas (incluindo constru\u00e7\u00e3o em altura) e exig\u00eancias/requisitos para constru\u00e7\u00e3o e tamb\u00e9m a cria\u00e7\u00e3o de um programa de Parcerias P\u00fablico-Privadas para a constru\u00e7\u00e3o e reabilita\u00e7\u00e3o em larga escala (quer para habita\u00e7\u00e3o quer para alojamento estudantil). Al\u00e9m disso, a coliga\u00e7\u00e3o liderada por Montenegro prop\u00f5e-se a injetar no mercado, de forma \u201cquase autom\u00e1tica\u201d, os im\u00f3veis e solos p\u00fablicos devolutos ou subutilizados, a eliminar o IMT e imposto de selo na compra de habita\u00e7\u00e3o pr\u00f3pria e permanente por jovens at\u00e9 aos 35 anos, e a reduzir para 6% o IVA da constru\u00e7\u00e3o. O Chega tamb\u00e9m tem uma abordagem do lado da simplifica\u00e7\u00e3o das burocracias, com propostas para criar um novo modelo de licenciamento , reduzindo a quantidade de documentos exigidos e facilitando os procedimentos istrativos. No programa, defendem igualmente a cria\u00e7\u00e3o de parcerias entre o setor p\u00fablico e privado para disponibilizar terrenos do Estado para constru\u00e7\u00e3o, incluindo habita\u00e7\u00e3o a custos controlados com concess\u00f5es de 90 anos. Como singularidade, o partido apresenta a revoga\u00e7\u00e3o do AIMI (Adicional ao Imposto Municipal sobre Im\u00f3veis), assim como do IMI e IMT na aquisi\u00e7\u00e3o de habita\u00e7\u00e3o pr\u00f3pria permanente. Sa\u00fade No que se refere \u00e0 Sa\u00fade, um dos setores mais castigados nos \u00faltimos anos, o PS compromete-se a encetar negocia\u00e7\u00f5es imediatas com os profissionais, no a\u0302mbito de um plano concertado de revisa\u0303o das carreiras e de valorizac\u0327a\u0303o salarial . O programa contempla tamb\u00e9m a cria\u00e7\u00e3o de uma rede de atendimento permanente, a funcionar em centros de sa\u00fade de refer\u00eancia, e o refor\u00e7o do SNS em Meios Complementares de Diagn\u00f3stico e Terap\u00eautica. Os socialistas querem ainda avaliar a possibilidade de introduc\u0327a\u0303o de um tempo m\u00ednimo no SNS para profissionais de sa\u00fade \u00a0e de quadro de compensac\u0327o\u0303es por parte de me\u0301dicos que pretendam emigrar ou ingressar no setor privado. J\u00e1 a AD quer implementar um \u201lano de Emerg\u00eancia SNS 2024-2025\u201d , nos primeiros 60 dias de Governo, criando um voucher Consulta de Especialidade quando for ultraado o tempo m\u00e1ximo de resposta. Al\u00e9m disso, prometem garantir m\u00e9dico de fam\u00edlia a todos os portugueses at\u00e9 ao final de 2025, com recurso a profissionais de todos os setores (p\u00fablico, privado e social). Para resolver a falta de profissionais de sa\u00fade \u201cnas zonas mais carenciadas\u201d, pretendem criar sistemas de incentivos em articula\u00e7\u00e3o com autarquias para atrair m\u00e9dicos, enfermeiros e auxiliares. Por seu lado, o Chega pretende alterar a Lei de Bases da Sa\u00fade, introduzindo novos modelos de gest\u00e3o e parcerias p\u00fablico-privadas (PPP\u2019s), e o Estatuto do Servi\u00e7o Nacional de Sa\u00fade para eliminar o cargo de Diretor Executivo. O partido de Ventura ambiciona ainda criar uma plataforma \u00fanica digital comum a todos os agentes envolvidos no setor da sa\u00fade em Portugal, \u201ara que existam sinergias e ganhos de efici\u00eancia em todo o sistema de sa\u00fade\u201d, bem como transformar o atual \u201cRegisto de Sa\u00fade Eletr\u00f3nico\u201d num Registo \u00danico de Sa\u00fade do Cidad\u00e3o, disponibilizando o processo cl\u00ednico do utente para todas as institui\u00e7\u00f5es de sa\u00fade de forma a agilizar o o a informa\u00e7\u00f5es m\u00e9dicas e melhorar a coordena\u00e7\u00e3o entre profissionais. Migra\u00e7\u00f5es No que toca \u00e0s pol\u00edticas de imigra\u00e7\u00e3o que t\u00eam servido de arma de arremesso entre a esquerda e a direita, o PS elege como prioridade a agiliza\u00e7\u00e3o dos processos de legalizac\u0327a\u0303o, das autorizac\u0327o\u0303es de reside\u0302ncia e de reagrupamento familiar de imigrantes e refugiados. O partido promete ainda promover programas de aprendizagem da l\u00edngua portuguesa , instalar e dinamizar uma rede nacional de centros de acolhimento e inser\u00e7\u00e3o profissional e refor\u00e7ar a a\u00e7\u00e3o da Autoridade para as Condi\u00e7\u00f5es do Trabalho para a verifica\u00e7\u00e3o das condi\u00e7\u00f5es de trabalho dos imigrantes. J\u00e1 a AD quer adotar o princ\u00edpio de \u201cque somos um pa\u00eds de portas abertas \u00e0 imigra\u00e7\u00e3o, mas n\u00e3o de portas escancaradas\u201d e pretende estabelecer objetivos quantitativos para a imigra\u00e7\u00e3o - apesar de n\u00e3o definir quais -, \u201onderando a dimens\u00e3o da seguran\u00e7a, priorizando as qualifica\u00e7\u00f5es e evitando a explora\u00e7\u00e3o por redes ilegais e criminosas\u201d. O programa da coliga\u00e7\u00e3o de centro-direita tamb\u00e9m se prop\u00f5e a avaliar uma reestrutura\u00e7\u00e3o da rec\u00e9m-criada Ag\u00eancia para a Integra\u00e7\u00e3o, Migra\u00e7\u00f5es e Asilo (AIMA), \u201cde forma a corrigir falhas legais, operacionais e de conflito de compet\u00eancias\u201d. A AD quer ainda apostar na cria\u00e7\u00e3o de uma pol\u00edtica espec\u00edfica de atra\u00e7\u00e3o de jovens estudantes para as Universidades e Institutos Polit\u00e9cnicos, mas tamb\u00e9m no apoio, do ponto de vista pr\u00e1tico e burocr\u00e1tico, ao regresso de emigrantes. No que diz respeito ao Chega, que se apresenta a votos como o partido com a pol\u00edtica de imigra\u00e7\u00e3o mais agressiva, o programa contempla a revers\u00e3o da lei que extinguiu o Servi\u00e7o de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e a reposi\u00e7\u00e3o da sua estrutura org\u00e2nica, as suas atribui\u00e7\u00f5es e o seu estatuto jur\u00eddico e operacional. O partido de Ventura pretende ir mais longe e estabelecer quotas anuais para a imigra\u00e7\u00e3o com base em tr\u00eas crit\u00e9rios: qualifica\u00e7\u00f5es, necessidades do mercado de trabalho, e \u201cmais-valias que possam trazer a Portugal\u201d.\u00a0 Al\u00e9m disso, compromete-se a revogar o acordo de mobilidade entre os pa\u00edses da LP , acabando com a autoriza\u00e7\u00e3o de resid\u00eancia autom\u00e1tica e a alterar a Lei da Nacionalidade para que seja atribu\u00edda apenas a quem conhecer a l\u00edngua e a cultura portuguesa. O Chega quer tamb\u00e9m apertar as regras do o aos benef\u00edcios estatais, definindo um per\u00edodo m\u00ednimo de cinco anos de contribui\u00e7\u00f5es at\u00e9 que um imigrante possa usufruir dos mesmos. 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Não sabe em quem votar no domingo? Recorde os programas dos candidatos à frente nas sondagens

Pedro Nuno Santos, Luís Montenegro e André Ventura
Pedro Nuno Santos, Luís Montenegro e André Ventura Direitos de autor AP Photo
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De Joana Mourão Carvalho
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Fique a conhecer as grandes propostas em matéria de Impostos, Economia, Habitação, Saúde e Migrações.

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As eleições legislativas são já este domingo, dia 10, e a expectativa sobre os resultados da votação é muita. As três forças políticas à frente nas sondagens - Aliança Democrática, Partido Socialista e Chega - defendem visões diferentes para alguns dos principais problemas do país.

No período pré-eleitoral, as questões relacionadas com rendimentos, aumento do custo de vida e fiscalidade dominaram o debate público. De acordo com um estudo da consultora LLYC, que analisou publicações na rede social X (antigo Twitter) e meios de comunicação social online ao longo dos primeiros dois meses deste ano, economia e impostos ocuparam 32,8% da discussão, “destacando-se como picos de conversa o aumento dos salários médio e mínimo, as mexidas no IRS e os temas relacionados com a Segurança Social”.

Estes dados estão em linha com os apontados pelo Eurobarómetro, relativamente ao outono de 2023, onde 51% dos portugueses responderam que o aumento do custo de vida é o problema mais significativo do país, seguido da saúde (44%) e, mais abaixo, a habitação (21%).

Com todas as sondagens a dar um valor elevado de indecisos (cerca de 20%), os candidatos a primeiro-ministro, Luís Montenegro (AD) e Pedro Nuno Santos (PS), têm utilizado os últimos dias de campanha para fazer um apelo ao voto útil e mobilizar esta franja do eleitorado que pode decidir para que lado do hemiciclo vai pender o futuro da governação.

As últimas sondagens continuam a apontar para uma vitória da AD, com 29,3% das intenções de voto. A coligação que junta PSD, CDS-PP e PPM alarga a vantagem sobre o PS, que surge em segundo lugar com 23,3% dos votos. Já o Chega recua quase um ponto percentual para os 15,6%, mantendo-se ainda assim como terceira maior força política.

Mas quais são, em concreto, as grandes diferenças dos programas políticos com que vão a votos? A Euronews leu os documentos da AD, PS e Chega e resume aqui as grandes medidas dos partidos em matérias como Economia, Impostos, Habitação, Saúde e Migrações.

Economia

Do lado do PS, na economia, a estratégia a por “capacitar a istração Pública para um trabalho de identificação e de mapeamento de setores, de cadeias de valor e de tecnologias nas quais a economia nacional apresente elevadas potencialidades” e “procurar, através da uma política de incentivos mais seletiva e centrada em setores robustos e promissores, criar oportunidades de emprego para os recursos humanos altamente qualificados”.

O partido liderado por Pedro Nuno Santos pretende também lançar o Programa Internacionalizar, de apoio às exportações de elevado valor acrescentado, ao investimento internacional e ao financiamento de operações internacionais, bem como o Programa Capitalizar +, de apoio à transição geracional e à valorização de ativos empresariais.

Já a AD aposta na iniciativa privada, com a ampliação da concorrência e a redução de burocracias e barreiras à entrada, e pretende orientar os Fundos Europeus para as empresas e para a geração de valor acrescentado.

A coligação liderada por Luís Montenegro quer ainda desenvolver a Economia do Mar, defendendo, por exemplo, o investimento público e privado nos portos de pesca e a simplificação dos programas de investimento europeu.

Por seu lado, o Chega quer apoiar a internacionalização das empresas portuguesas com um reforço do Banco do Fomento, apostando nas qualificações dos funcionários, nas exportações e na atração de investimento.

O partido de André Ventura propõe-se também a reestruturar o Conselho Nacional da Indústria, tornando-o um órgão de consulta e aconselhamento do primeiro-ministro para as políticas industriais e para desenvolver pactos entre empresas do mesmo setor.

Impostos

Em matéria de impostos, o programa do PS estabelece como prioridade a redução do IRS para a classe média, dentro da margem orçamental, diminuindo as taxas marginais, bem como a atualização dos limites dos escalões de acordo com a taxa de inflação, impedindo que os contribuintes vejam a sua tributação aumentar por este efeito.

Os socialistas apresentam ainda medidas no IRC, como a redução em 20% das tributações autónomas sobre viaturas das empresas; e no IVA da energia com a aplicação da taxa de 6% aos primeiros 200 kWh de energia elétrica consumida em cada mês (duplicando os atuais 100 kWh), ou de 300 kWh mensais, no caso das famílias numerosas (duplicando os atuais 150 kWh).

Já a AD tenciona ir mais longe, com uma redução do IRS até ao 8.º escalão, através da redução das taxas marginais entre 0,5 pontos e três pontos face a 2023 e uma isenção de IRS e contribuições sociais para prémios de desempenho até ao equivalente a um vencimento mensal, “correspondendo, dessa forma, a um 15º mês, quando aplicado”.

A coligação de centro-direita recupera também uma proposta lançada o ano ado pelos sociais-democratas quanto à adoção do IRS Jovem, com uma taxa máxima de 15% para quem tiver até 35 anos (exceto no 9º e último escalão).

Além disso, pretendem implementar uma redução gradual de IRC de 21% para 15% ao ritmo de 2 pontos percentuais por ano, até 2027.

O Chega tenciona introduzir duas taxas marginais de IRS: de 15% até aos 39.999 euros, e de 30% a partir de 40.000 euros, com isenção de pagamento para quem receber até aos mil euros mensais.

No IRC, o partido de Ventura quer introduzir uma “flat tax” de 15% para as regiões autónomas e para o interior do país, e de 18% para o resto do território.

O programa do partido estabelece também a aplicação da taxa de IVA reduzida (6%) à eletricidade e ao gás, bem como a reintrodução do IVA zero para bens alimentares essenciais e ainda a redução do IVA do Gasóleo e da Gasolina Rodoviária para a taxa intermédia de 13% e a eliminação do adicional ao Imposto Sobre Produtos Petrolíferos.

Os jovens têm saído à rua reclamando por mais políticas de habitação
Os jovens têm saído à rua reclamando por mais políticas de habitaçãoArmando Franca/Copyright 2023 The AP. All rights reserved

Habitação

Na habitação - tema que é caro a Pedro Nuno Santos, que tutelou a pasta enquanto esteve no Governo -, o PS quer agora o Estado a entregar garantia pública nos créditos à habitação para aquisição de casa própria para pessoas até aos 40 anos que ainda não tenham nenhuma habitação em seu nome. Em caso de incumprimento, o devedor pode manter a casa como habitação permanente, mediante o pagamento de uma renda ao Estado, que assumiria a sua posição no crédito.

As propostas dos socialistas am ainda pela revisão da fórmula de cálculo de atualização de rendas, ando esta a incluir a evolução dos salários nos anos em que a inflação seja superior a 2%, e pelo agravamento das mais-valias em imóveis adquiridos e vendidos sem que tenham sido recuperados ou habitados.

A estratégia da AD a por reduzir os entraves à construção, com a criação de um regime excecional e temporário de eliminação ou redução dos custos tributários em obras de construção ou reabilitação, a flexibilização das limitações de ocupação dos solos, das densidades urbanísticas (incluindo construção em altura) e exigências/requisitos para construção e também a criação de um programa de Parcerias Público-Privadas para a construção e reabilitação em larga escala (quer para habitação quer para alojamento estudantil).

Além disso, a coligação liderada por Montenegro propõe-se a injetar no mercado, de forma “quase automática”, os imóveis e solos públicos devolutos ou subutilizados, a eliminar o IMT e imposto de selo na compra de habitação própria e permanente por jovens até aos 35 anos, e a reduzir para 6% o IVA da construção.

O Chega também tem uma abordagem do lado da simplificação das burocracias, com propostas para criar um novo modelo de licenciamento, reduzindo a quantidade de documentos exigidos e facilitando os procedimentos istrativos.

No programa, defendem igualmente a criação de parcerias entre o setor público e privado para disponibilizar terrenos do Estado para construção, incluindo habitação a custos controlados com concessões de 90 anos.

Como singularidade, o partido apresenta a revogação do AIMI (Adicional ao Imposto Municipal sobre Imóveis), assim como do IMI e IMT na aquisição de habitação própria permanente.

Saúde

No que se refere à Saúde, um dos setores mais castigados nos últimos anos, o PS compromete-se a encetar negociações imediatas com os profissionais, no âmbito de um plano concertado de revisão das carreiras e de valorização salarial.

O programa contempla também a criação de uma rede de atendimento permanente, a funcionar em centros de saúde de referência, e o reforço do SNS em Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica.

Os socialistas querem ainda avaliar a possibilidade de introdução de um tempo mínimo no SNS para profissionais de saúde e de quadro de compensações por parte de médicos que pretendam emigrar ou ingressar no setor privado.

Já a AD quer implementar um “Plano de Emergência SNS 2024-2025”, nos primeiros 60 dias de Governo, criando um voucher Consulta de Especialidade quando for ultraado o tempo máximo de resposta. Além disso, prometem garantir médico de família a todos os portugueses até ao final de 2025, com recurso a profissionais de todos os setores (público, privado e social).

Para resolver a falta de profissionais de saúde “nas zonas mais carenciadas”, pretendem criar sistemas de incentivos em articulação com autarquias para atrair médicos, enfermeiros e auxiliares.

Por seu lado, o Chega pretende alterar a Lei de Bases da Saúde, introduzindo novos modelos de gestão e parcerias público-privadas (PPP’s), e o Estatuto do Serviço Nacional de Saúde para eliminar o cargo de Diretor Executivo.

O partido de Ventura ambiciona ainda criar uma plataforma única digital comum a todos os agentes envolvidos no setor da saúde em Portugal, “para que existam sinergias e ganhos de eficiência em todo o sistema de saúde”, bem como transformar o atual “Registo de Saúde Eletrónico” num Registo Único de Saúde do Cidadão, disponibilizando o processo clínico do utente para todas as instituições de saúde de forma a agilizar o o a informações médicas e melhorar a coordenação entre profissionais.

Diretores hospitalares têm alertado que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) enfrenta sérios riscos de colapso se nada mudar
Diretores hospitalares têm alertado que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) enfrenta sérios riscos de colapso se nada mudarArmando Franca/Copyright 2021 The AP. All rights reserved

Migrações

No que toca às políticas de imigração que têm servido de arma de arremesso entre a esquerda e a direita, o PS elege como prioridade a agilização dos processos de legalização, das autorizações de residência e de reagrupamento familiar de imigrantes e refugiados.

O partido promete ainda promover programas de aprendizagem da língua portuguesa, instalar e dinamizar uma rede nacional de centros de acolhimento e inserção profissional e reforçar a ação da Autoridade para as Condições do Trabalho para a verificação das condições de trabalho dos imigrantes.

Já a AD quer adotar o princípio de “que somos um país de portas abertas à imigração, mas não de portas escancaradas” e pretende estabelecer objetivos quantitativos para a imigração - apesar de não definir quais -, “ponderando a dimensão da segurança, priorizando as qualificações e evitando a exploração por redes ilegais e criminosas”.

O programa da coligação de centro-direita também se propõe a avaliar uma reestruturação da recém-criada Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), “de forma a corrigir falhas legais, operacionais e de conflito de competências”.

A AD quer ainda apostar na criação de uma política específica de atração de jovens estudantes para as Universidades e Institutos Politécnicos, mas também no apoio, do ponto de vista prático e burocrático, ao regresso de emigrantes.

No que diz respeito ao Chega, que se apresenta a votos como o partido com a política de imigração mais agressiva, o programa contempla a reversão da lei que extinguiu o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e a reposição da sua estrutura orgânica, as suas atribuições e o seu estatuto jurídico e operacional.

O partido de Ventura pretende ir mais longe e estabelecer quotas anuais para a imigração com base em três critérios: qualificações, necessidades do mercado de trabalho, e “mais-valias que possam trazer a Portugal”. 

Além disso, compromete-se a revogar o acordo de mobilidade entre os países da LP, acabando com a autorização de residência automática e a alterar a Lei da Nacionalidade para que seja atribuída apenas a quem conhecer a língua e a cultura portuguesa.

O Chega quer também apertar as regras do o aos benefícios estatais, definindo um período mínimo de cinco anos de contribuições até que um imigrante possa usufruir dos mesmos.

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