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Tensão com a Rússia dá origem a corrida às armas na Europa

Forte aumento na importação de armas para a Europa
Forte aumento na importação de armas para a Europa Direitos de autor Vadim Ghirda/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
Direitos de autor Vadim Ghirda/Copyright 2023 The AP. All rights reserved.
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Relatório do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo revela que aumentaram as importações de armas na Europa, em contraste com o declínio no mercado internacional

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Apesar da última década ter registado um declínio no mercado internacional de armas, as importações de armamento para a Europa tiveram um aumento acentuado, em grande parte "devido às tensões entre a Rússia e a maioria dos países europeus". Esta é uma das principais conclusões do novo relatório do Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI, sigla em inglês).

O estudo mostra um aumento de 47% na importação de armas na Europa, comparando o período 2013-17 com 2018-2022, apesar do mercado global ter caído 5,1 por cento.

O aumento na procura de armas no território europeu é particularmente notório desde a invasão russa da Ucrânia.

Rússia em declínio enquanto França ganha terreno

A Rússia, que durante três décadas foi de longe o segundo maior exportador de armas atrás dos Estados Unidos, mantém a posição mas viu cair a sua parte do mercado global para 16 por cento e é agora seguida de perto pela França, com uma fatia de 11 por cento.

De acordo com Siemon T. Wezeman, investigador do Programa de Transferência de Armas do SIPRI, “é provável que a invasão da Ucrânia limite ainda mais a exportação de armas da Rússia”, que “vai dar prioridade ao fornecimento das suas forças armadas, ao mesmo tempo que os pedidos de outros Estados se vão manter reduzidos, devido às sanções” contra o Kremlin.

Já para Paris, o mercado vai de vento em poupa: comparando os cinco anos de 2013-17 com o período 2018-22, França assistiu a um aumento de 44% nas exportações. A maioria dos destinatários são Estados na Ásia (com a Índia a representar 30% das exportações de armas sas), Oceânia e Médio Oriente.

Em conversa com a euronews, Pieter D. Wezeman, um dos responsáveis pelo estudo, sublinha que este crescimento da França se deve ao facto de se quererem mostrar "como uma grande potência", sendo que a "exportação e o fornecimento de armas a outros Estados pode ser visto como uma parte significativa da sua política externa e da tentativa de ganhar influência em certas partes do mundo."

A "sede" de armas na Ucrânia e os receios na NATO

Sem supresas, a invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, inverteu completamente o cenário do país: se, de 1991 ao fim de 2021, Kiev praticamente não importava armas pesadas, desde o início da guerra tornou-se no terceiro maior importador ao nível mundial (depois do Qatar e da Índia). Um resultado, em particular, da ajuda militar providenciada pelos Estados Unidos e muitos países europeus.

Se, por um lado, os membros europeus da NATO ofereciam assistência a Kiev, pour outro reforçavam também os seus próprios arsenais, em resposta a um sentimento de crescente ameaça proveniente da vizinha Rússia. As importações de armas por parte de países europeus da Aliança Atlântica registou um aumento de 65 por cento (período 2018-22 em comparação com 2013-17). A maioria dessas armas provém dos Estados Unidos.

A procura de "armas de última geração" no Meio Oriente

No Médio Oriente, o acento parece estar na renovação dos arsenais. Entre 2018 e 2022, a Arábia Saudita e o Qatar foram, respetivamente, o segundo e terceiro maior importador de armas do mundo (no caso qatari, as importações aumentaram 311% em relação aos cinco anos anteriores).

A grande maioria das armas destinadas à região provêm dos Estados Unidos (54%), seguindo-se a França (12%), a Rússia (8,6%) e a Itália (8,4%).

Entre o armamento mais procurado contam-se 260 caças modernos, 516 novos tanques e 13 fragatas de última geração.

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