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Os desafios de Emmanuel Macron nas Legislativas de França perante Marine Le Pen

Sessão parlamentar em França, em janeiro deste ano
Sessão parlamentar em França, em janeiro deste ano Direitos de autor AP Photo/Francois Mori, File
Direitos de autor AP Photo/Francois Mori, File
De Cyril Fourneris
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Reportagem da Euronews numa localidade dominada pela União Nacional, de extrema-direita, a pouco mais de uma semana da eleição de um novo Parlamento em França

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Dois meses após as presidenciais, a França vai ser de novo chamada às urnas para eleger um novo Parlamento, num escrutínio não vinculativo para a formação de governo, mas que pode limitar o poder de Emmanuel Macron.

Reeleito em abril, o Presidente francês enfrenta agora o desafio de manter o respetivo partido, antes nomeado República em Marcha e agora Renascimento, com a maioria parlamentar. Sobretudo perante o crescimento da extrema-direita, mas também com a nova coligação de esquerda liderada por Jean-Luc Mélenchon, o terceiro mais votado nas presidenciais.

Em Balagny-sur-Thérain, no departamento de Esa (Oise, em francês), nos Altos da França, Marine Le Pen conseguiu 70% dos votos em abril. A poucos dias das Legislativas (12 e 19 de junho), a Euronews visitou esta localidade onde a extrema-direita se apresenta forte e falou com dois eleitores que se dizem esquecidos por Macron, um deles cabeleireiro e o presidente da Junta de Freguesia local.

"Porque é que votaram nele? Porque ele se livrou do imposto sobre os ricos, foi por isso, mas nós não. Aqui não há grandes fortunas", referiu o cliente de Philippe Maréchal que encontrámos no salão do autarca.

Já o 'maire' de Balagny-sur-Thérain gostaria "que os políticos se aproximassem e se preocuem mais com a vida dos cidadãos ses, não tanto com as grandes empresas". "Mas nós somos pequenos", lamentou Philippe Maréchal.

Esa, a norte de Paris, é um dos 30 departamentos ses onde Marine Le Pen venceu em abril. O partido que ela lidera, o União Nacional, tem menos de uma dezena de deputados, mas ambiciona acentuar a presença no Parlamento, como referiu à Euronews o candidato aliado de Marine Le Pen por Esa.

"As pessoas não querem deixar as mãos livres a Macron para um segundo mandato, por isso acredito que vamos ter uma surpresa ao nível da participação e que vamos ter 60 ou até, quem sabe, 100 deputados da União Nacional eleitos desta vez", afirmou Alexandre Sabatou, da União Nacional.

O objetivo do partido de Marine Le Pen em Esa a por derrotar Pascal Bois, o deputado eleito naquele departamento pelo partido de Macron.

Durante os debates sobre o certificado da vacina anticovid, a residência de Pascal Bois foi incendiada. Nada a ver com a União Nacional, assegura o deputado do República em Marcha/Renascimento, deixando no entanto um aviso sobre as forças políticas mais radicais.

"Se falamos de extremos, temos por exemplo a União Nacional, que assume abertamente não pretender necessariamente o poder. Se não querem o poder, o que pretendem? Apenas bloquear, 'surfando' pelas inquietudes, o medo e tornando a sociedade mais ansiosa", argumenta Pascal Bois.

O enviado especial da Euronews a Balagny-sur-Thérain conta-nos que, "de acordo com as sondagens, a União Nacional pode conseguir entre 15 e 45 dos 577 assentos no Parlamento francês".

"O partido presidencial 'Renascimento' mantém o favoritismo, à frente da união das esquerdas, a NUPES", concretiza Cyril Fourneris.

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