{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2021/07/20/mobilidade-e-acordo-possivel-que-pode-ser-melhorado" }, "headline": "Mobilidade \u00e9 acordo poss\u00edvel que pode ser melhorado", "description": "A Euronews acompanhou o processo final de um labor de tr\u00eas anos nos corredores da cimeira da LP. Nesta edi\u00e7\u00e3o trazemos-lhe testemunhos de S\u00e3o Tom\u00e9 e Pr\u00edncipe, Cabo Verde, Timor-Leste e Mo\u00e7ambique.", "articleBody": "Angola assumiu a presid\u00eancia da Comunidade dos Pa\u00edses de L\u00edngua Portuguesa . Depois de um mandato prolongado, Cabo Verde cedeu a lideran\u00e7a da organiza\u00e7\u00e3o no s\u00e1bado, 17 de julho de 2021, durante a XIII Confer\u00eancia de Chefes de Estado e de Governo da LP que decorreu em Luanda. 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Euronews: E o que pode trazer de novo o acordo da mobilidade? - O acordo da mobilidade o que pode trazer de novo \u00e9 um enquadramento que permite aos v\u00e1rios pa\u00edses que comp\u00f5em a comunidade definirem entre si quais s\u00e3o enfim as matrizes daquilo que querem praticar do ponto de vista bilateral. Como sabe, o acordo da mobilidade \u00e9 um acordo quadro, \u00e9 um acordo que permite flexibilidade de negocia\u00e7\u00e3o entre os v\u00e1rios pa\u00edses e essa flexibilidade faz sentido tamb\u00e9m se considerarmos a diferen\u00e7a que existe entre os nossos pa\u00edses, embora tenhamos aspetos similares, mas temos tamb\u00e9m diferen\u00e7as e uma delas \u00e9 o facto destes pa\u00edses estarem integrados em regi\u00f5es completamente diferentes. \u00c9 necess\u00e1rio que cada Estado possa efetivamente salvaguardar as rela\u00e7\u00f5es que tem do ponto de vista regional e tamb\u00e9m considerar quem s\u00e3o \u00e0 partida os cidad\u00e3os que maioritariamente visitam ou t\u00eam a pretens\u00e3o de visitar enfim o seu pa\u00eds, e portanto em fun\u00e7\u00e3o disso \u00e9 permitido que os Estados possam ent\u00e3o, dentro do quadro da flexibilidade, definir qual seria o enquadramento espec\u00edfico caso a caso. Euronews: E n\u00e3o h\u00e1 o receio de uma fuga de compet\u00eancias de uns pa\u00edses para outros? - Eu penso que n\u00e3o, eu penso que em uma comunidade como est\u00e1 enraizada, s\u00f3lida com parceiros que se respeitam isso n\u00e3o acontecer\u00e1. Naturalmente que nada \u00e9 perfeito, teremos que acautelar a possibilidade de isso acontecer, mas em princ\u00edpio n\u00e3o.\u0022 Para Rui Figueiredo Soares, Ministro dos Neg\u00f3cios Estrangeiros de Cabo Verde , caso surjam frustra\u00e7\u00f5es relativamente ao processo, isso dever\u00e1 motivar os pol\u00edticos a melhorar o acordo da mobilidade: \u201c- A vida \u00e9 feita de avan\u00e7os que n\u00e3o se fazem por saltos, n\u00f3s estamos a dar agora este o importante se houver frustra\u00e7\u00f5es, as frustra\u00e7\u00f5es ser\u00e3o importantes para moverem os respons\u00e1veis pol\u00edticos a aprofundarem a mobilidade. N\u00e3o creio que, como disse h\u00e1 dias, n\u00e3o ser\u00e1 um acordo \u00f3timo, mas \u00e9 um acordo poss\u00edvel, bom agora e que ir\u00e1 estar aberto certamente para melhorias que poder\u00e3o ser introduzidas e as frustra\u00e7\u00f5es se vierem ser\u00e3o um incentivo para melhorarem.\u0022 Os nove pa\u00edses de express\u00e3o oficial portuguesa t\u00eam potencial para ocuparem o d\u00e9cimo lugar no ranking das maiores economias do mundo. De acordo com o FMI a jun\u00e7\u00e3o do Produto Interno Bruto vale 1,8 mil milh\u00f5es de d\u00f3lares . O grande desafio para Angola durante este mandato \u00e9 garantir que este potencial seja rentabilizado. O Secret\u00e1rio-Executivo eleito da Comunidade dos Pa\u00edses de L\u00edngua Portuguesa, Zacarias da Costa , disse que \u00e9 not\u00f3ria a vontade generalizada entre os pa\u00edses membros em avan\u00e7ar com o pilar econ\u00f3mico: \u201c- Primeiro conto com o apoio de todos os Estados-membros. H\u00e1 vontade dos Estados-membros de avan\u00e7armos naquilo que assin\u00e1mos no papel, naquilo que s\u00e3o os compromissos pol\u00edticos por forma a que possamos credibilizar melhor a organiza\u00e7\u00e3o. Eu penso que \u00e9 um o muito significativo, e vemos que est\u00e1 a dar-se \u00e9 a vontade generalizada de todos os Estados-membros em avan\u00e7ar com o pilar econ\u00f3mico. H\u00e1 uns tempos atr\u00e1s v\u00edamos que o Brasil tinha um discurso diferente e havia alguma relut\u00e2ncia em rela\u00e7\u00e3o a outros estados tamb\u00e9m. Portanto, isto s\u00e3o aspectos concretos. Um outro aspecto concreto que posso dizer tamb\u00e9m \u00e9 a quest\u00e3o do cumprimento das obriga\u00e7\u00f5es de cotiza\u00e7\u00e3o para organiza\u00e7\u00e3o. T\u00ednhamos at\u00e9 aqui d\u00edvidas que ascendiam a um ano de or\u00e7amento da organiza\u00e7\u00e3o e hoje \u00e9 com alegria que posso dizer que os grandes pa\u00edses como o Brasil e Angola anunciaram que\u2026 quer dizer Angola j\u00e1 liquidou, mas o Brasil anunciou que iria liquidar o mais depressa poss\u00edvel. Significa que eu terei meios no futuro pr\u00f3ximo para implementar algumas reformas, digamos assim, em termos de secretariado, contratar mais pessoas para poder trabalhar, ter mais recursos humanos com capacidade para poder tamb\u00e9m acompanhar aquilo que s\u00e3o as decis\u00f5es dos Estados-membros. Euronews: E como \u00e9 que poder\u00e1 ser dada a conhecer as a\u00e7\u00f5es concretas que v\u00e3o sendo executadas? - Contarei com o apoio obviamente dos v\u00e1rios governos. Hoje em conversas particulares com diferentes membros do governo, presidentes da rep\u00fablica, primeiros-ministros, vamos ver se conseguimos encontrar uma televis\u00e3o da LP. Esta \u00e9 uma outra forma de avan\u00e7ar com a divulga\u00e7\u00e3o das atividades da LP. Fala-se obviamente na cria\u00e7\u00e3o de um Banco de Investimento que Angola divulgou hoje como um dos objetivos no seu programa. Euronews: Sendo a l\u00edngua o principal vetor da uni\u00e3o o que fazer para revitalizar o Instituto Internacional da L\u00edngua Portuguesa? - Bom em primeiro lugar dot\u00e1-los de meios financeiros que at\u00e9 aqui n\u00e3o tinha para poder trabalhar e em segundo lugar eu julgo que devemos tamb\u00e9m rever, como a presid\u00eancia quer rever o estatuto do Instituto Internacional da L\u00edngua Portuguesa por formas a que tenhamos um instituto mais din\u00e2mico que possa tamb\u00e9m trabalhar naquilo que \u00e9 a promo\u00e7\u00e3o da l\u00edngua portuguesa nas nossas comunidades. Mo\u00e7ambique fez-se representar pelo seu primeiro-ministro , Carlos Agostinho Ros\u00e1rio . Trouxe para cima da mesa, o apoio dos pa\u00edses da LP \u00e0 sua candidatura a membro n\u00e3o-permanente do Conselho de Seguran\u00e7a das Na\u00e7\u00f5es Unidas e o terrorismo em Cabo Delgado : \u201c-Sentimos tamb\u00e9m que a LP foi solid\u00e1ria e apoia a causa de Mo\u00e7ambique, a candidatura de Mo\u00e7ambique a membro n\u00e3o-permanente das Na\u00e7\u00f5es Unidas, e n\u00e3o s\u00f3 apoia como tamb\u00e9m se compromete a promover esta candidatura pelo mundo fora. Encontramos aqui uma grande solidariedade e um grande apoio da LP nesta vertente. Foi muita solidariedade, todos compreendem que o terrorismo espalha terror e o p\u00e2nico e atrasa o pa\u00eds a desenvolver ent\u00e3o todos eles est\u00e3o prontos para serem solid\u00e1rios a causa de Mo\u00e7ambique no combate ao terrorismo. Neste momento estamos com a coopera\u00e7\u00e3o a n\u00edvel da regi\u00e3o da SADC, a n\u00edvel militar, e a SADC compreende que \u00e9 preciso n\u00e3o fechar \u00e9 importante fazer uma coopera\u00e7\u00e3o tamb\u00e9m com outros parceiros, sobretudo africanos. \u00c9 por isso que estamos com o Ruanda, e tamb\u00e9m temos coopera\u00e7\u00e3o com v\u00e1rios pa\u00edses da LP, Portugal e outros pa\u00edses a n\u00edvel bilateral que nos trazem a forma\u00e7\u00e3o da nossa capacidade para podermos agir contra o terrorismo. Portanto toda esta solidariedade, todo este apoio que sentimos da LP \u00e9 de capitalizar.\u201d No final da cimeira os chefes de estado e de governo, refor\u00e7aram o compromisso em tudo fazer para que a crise sanit\u00e1ria provocada pela pandemia da COVID-19 n\u00e3o seja um fator impeditivo de uma r\u00e1pida recupera\u00e7\u00e3o econ\u00f3mica. 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Mobilidade é acordo possível que pode ser melhorado

Cimeira LP
Cimeira LP Direitos de autor Euronews
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De João Peseiro MonteiroNeusa e Silva
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A Euronews acompanhou o processo final de um labor de três anos nos corredores da cimeira da LP. Nesta edição trazemos-lhe testemunhos de São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Timor-Leste e Moçambique.

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Angola assumiu a presidência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

Depois de um mandato prolongado, Cabo Verde cedeu a liderança da organização no sábado, 17 de julho de 2021, durante a XIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da LP que decorreu em Luanda.

A facilitação da circulação entre os países membros e o reforço da cooperação económica foram os temas centrais da cimeira.

A Ministra dos Negócios Estrangeiros de São Tomé e Príncipe, Edite Ten Jua, explicou a relevância da organização para as comunidades e como o acordo da mobilidade representa algo concreto e com impacto na vida das pessoas:

“- Representa uma forma de cooperação do ponto de vista multilateral, representa a partilha de aspectos extremamente fundamentais com países com quem temos um ado histórico comum e com quem partilhamos na atualidade aspectos extremamente importantes. Desde logo a questão da língua, a questão da cultura e também a visão daquilo que queremos fazer dentro de um espaço como dizia em que temos traços de grande sobreposição de interesses e de valores

Euronews: A ação da LP, ela não é visível para a população. O que é que é possível fazer para que se perceba qual é que é o vosso trabalho?

- Eu acho que as organizações am por diversas fases, aliás como nós hoje celebramos 25 anos da constituição da LP, tudo isto é um processo. As organizações têm, portanto, o seu processo constitutivo, o seu processo de maturação e têm também naturalmente o seu processo de oferta de resultados.

Euronews: E o que pode trazer de novo o acordo da mobilidade?

- O acordo da mobilidade o que pode trazer de novo é um enquadramento que permite aos vários países que compõem a comunidade definirem entre si quais são enfim as matrizes daquilo que querem praticar do ponto de vista bilateral.

Como sabe, o acordo da mobilidade é um acordo quadro, é um acordo que permite flexibilidade de negociação entre os vários países e essa flexibilidade faz sentido também se considerarmos a diferença que existe entre os nossos países, embora tenhamos aspetos similares, mas temos também diferenças e uma delas é o facto destes países estarem integrados em regiões completamente diferentes.

É necessário que cada Estado possa efetivamente salvaguardar as relações que tem do ponto de vista regional e também considerar quem são à partida os cidadãos que maioritariamente visitam ou têm a pretensão de visitar enfim o seu país, e portanto em função disso é permitido que os Estados possam então, dentro do quadro da flexibilidade, definir qual seria o enquadramento específico caso a caso.

Euronews: E não há o receio de uma fuga de competências de uns países para outros?

- Eu penso que não, eu penso que em uma comunidade como está enraizada, sólida com parceiros que se respeitam isso não acontecerá. Naturalmente que nada é perfeito, teremos que acautelar a possibilidade de isso acontecer, mas em princípio não."

Para Rui Figueiredo Soares, Ministro dos Negócios Estrangeiros de Cabo Verde, caso surjam frustrações relativamente ao processo, isso deverá motivar os políticos a melhorar o acordo da mobilidade:

“- A vida é feita de avanços que não se fazem por saltos, nós estamos a dar agora este o importante se houver frustrações, as frustrações serão importantes para moverem os responsáveis políticos a aprofundarem a mobilidade. Não creio que, como disse há dias, não será um acordo ótimo, mas é um acordo possível, bom agora e que irá estar aberto certamente para melhorias que poderão ser introduzidas e as frustrações se vierem serão um incentivo para melhorarem."

Os nove países de expressão oficial portuguesa têm potencial para ocuparem o décimo lugar no ranking das maiores economias do mundo. De acordo com o FMI a junção do Produto Interno Bruto vale 1,8 mil milhões de dólares. O grande desafio para Angola durante este mandato é garantir que este potencial seja rentabilizado.

O Secretário-Executivo eleito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Zacarias da Costa, disse que é notória a vontade generalizada entre os países membros em avançar com o pilar económico:

“- Primeiro conto com o apoio de todos os Estados-membros. Há vontade dos Estados-membros de avançarmos naquilo que assinámos no papel, naquilo que são os compromissos políticos por forma a que possamos credibilizar melhor a organização.

Eu penso que é um o muito significativo, e vemos que está a dar-se é a vontade generalizada de todos os Estados-membros em avançar com o pilar económico. Há uns tempos atrás víamos que o Brasil tinha um discurso diferente e havia alguma relutância em relação a outros estados também. Portanto, isto são aspectos concretos.

Um outro aspecto concreto que posso dizer também é a questão do cumprimento das obrigações de cotização para organização. Tínhamos até aqui dívidas que ascendiam a um ano de orçamento da organização e hoje é com alegria que posso dizer que os grandes países como o Brasil e Angola anunciaram que… quer dizer Angola já liquidou, mas o Brasil anunciou que iria liquidar o mais depressa possível.

Significa que eu terei meios no futuro próximo para implementar algumas reformas, digamos assim, em termos de secretariado, contratar mais pessoas para poder trabalhar, ter mais recursos humanos com capacidade para poder também acompanhar aquilo que são as decisões dos Estados-membros.

Euronews: E como é que poderá ser dada a conhecer as ações concretas que vão sendo executadas?

- Contarei com o apoio obviamente dos vários governos. Hoje em conversas particulares com diferentes membros do governo, presidentes da república, primeiros-ministros, vamos ver se conseguimos encontrar uma televisão da LP. Esta é uma outra forma de avançar com a divulgação das atividades da LP.

Fala-se obviamente na criação de um Banco de Investimento que Angola divulgou hoje como um dos objetivos no seu programa.

Euronews: Sendo a língua o principal vetor da união o que fazer para revitalizar o Instituto Internacional da Língua Portuguesa?

- Bom em primeiro lugar dotá-los de meios financeiros que até aqui não tinha para poder trabalhar e em segundo lugar eu julgo que devemos também rever, como a presidência quer rever o estatuto do Instituto Internacional da Língua Portuguesa por formas a que tenhamos um instituto mais dinâmico que possa também trabalhar naquilo que é a promoção da língua portuguesa nas nossas comunidades.

Moçambique fez-se representar pelo seu primeiro-ministro, Carlos Agostinho Rosário. Trouxe para cima da mesa, o apoio dos países da LP à sua candidatura a membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas e o terrorismo em Cabo Delgado:

“-Sentimos também que a LP foi solidária e apoia a causa de Moçambique, a candidatura de Moçambique a membro não-permanente das Nações Unidas, e não só apoia como também se compromete a promover esta candidatura pelo mundo fora.

Encontramos aqui uma grande solidariedade e um grande apoio da LP nesta vertente. Foi muita solidariedade, todos compreendem que o terrorismo espalha terror e o pânico e atrasa o país a desenvolver então todos eles estão prontos para serem solidários a causa de Moçambique no combate ao terrorismo.

Neste momento estamos com a cooperação a nível da região da SADC, a nível militar, e a SADC compreende que é preciso não fechar é importante fazer uma cooperação também com outros parceiros, sobretudo africanos.

É por isso que estamos com o Ruanda, e também temos cooperação com vários países da LP, Portugal e outros países a nível bilateral que nos trazem a formação da nossa capacidade para podermos agir contra o terrorismo. Portanto toda esta solidariedade, todo este apoio que sentimos da LP é de capitalizar.”

No final da cimeira os chefes de estado e de governo, reforçaram o compromisso em tudo fazer para que a crise sanitária provocada pela pandemia da COVID-19 não seja um fator impeditivo de uma rápida recuperação económica.

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