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Presidente turco visita norte de Chipre

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presidente turco visita norte de Chipre para marcar aniversário da invasão de 1974, ex-residentes de Varosha ainda aguardam para regressar a casa.

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O presidente turco Recep Tayyip Erdoğan está no norte de Chipre para assinalar, na terça-feira, o aniversário da invasão turca de 1974. Uma visita que os cipriotas gregos não veem com bons olhos e que outros esperam que seja um sinal de mudança. 

Varosha, bairro da cidade de Famagusta no norte de Chipre, foi destino de férias de eleições de estrelas de cinema. Hoje permanece um local fantasma. Os antigos residentes, obrigados a fugir, ou as suas famílias, anseiam por dar-lhe uma nova vida. 

A resolução 550, do Conselho de Segurança da ONU, de 1984, dava-lhes o direito de regressar mas trata-se da região turca de Chipre e Ancara nunca os deixou voltar por questões políticas. Os habitantes foram, "violentamente, expulsos das suas casas e da terra dos seus anteados, há 47 anos", como explicava uma correspondente da euronews, Efi Koutsokosta. "Desde então, nem cipriotas gregos nem cipriotas turcos puderam regressar. Agora, o presidente da Turquia visita Varosha, anunciando decisões importantes. Mas quem aqui nasceu continua a ter esperança na reunificação e em regressar às suas propriedades".

Um retorno a um lugar marcado pelo tempo. Edifícios prestes a desmoronar-se e ruínas no meio de um matagal a perder de vista. Uma visão dolorosa para quem aqui habitou. A família de Pavlos Iacovou foi dona de um hotel de 1948 até ter de fugir. Para ele é doloroso ir à sua cidade natal "como turista. Ter de pedir permissão para visitar a sua cidade natal ocupada pela Turquia. Ter de mostrar a identificação para ir à praia onde cresceu".

Nikos Karoulas tinha 12 anos quando a sua família teve de deixar Varosha. O seu sonho era a reunificação do seu país e o regresso a casa mas hoje já não acredita na sua concretização. Diz que é utópico "esperar que as coisas voltem a ser como eram". Para ele o que é trágico é que os habitantes de Famagusta "foram deixados à sua sorte. (...) Não é nada simples e ninguém pode dizer se a emoção irá prevalecer sobre a razão", desabafa.

Numa visita guiada à praia Nikos reencontra um velho amigo cipriota turco. Hasan acredita que lhes cabe a eles, as duas comunidades de Chipre, construir juntas um futuro pacífico. Para ele quem têm de partir são todos os ingleses, turcos, gregos. Que devem ficar são os cipriotas turcos e gregos.

Mas para já, o regresso ao que chamam de casa, é incerto. O que é certo é que mesmo que ele aconteça, esse retorno, será preciso voltar quase à estaca zero para criar uma nova Varosha. Para devolver ao bairro e à cidade o esplendor de outros tempos, a energia que cativava as estrelas do cinema de outrora.

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