{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2021/03/17/novo-ministro-da-saude-recebido-com-recorde-diario-de-mortes" }, "headline": "Novo ministro da Sa\u00fade \u0022recebido\u0022 com recorde di\u00e1rio de mortes", "description": "Cardiologista Marcelo Queiroga sucede na pasta ao general Eduardo Pazuello, num dia em que o Brasil registou 2.841 mortes com Covid-19. Jair Bolsonaro em queda nas sondagens da Datafolha", "articleBody": "O Brasil apresentou um novo ministro da Sa\u00fade , o quarto titular da pasta desde o in\u00edcio da pandemia, no mesmo dia em que bateu o recorde di\u00e1rio de mortes com Covid-19. Os \u00faltimos dados oficiais apresentados pelo Governo federal , esta ter\u00e7a-feira ao final da tarde, revelaram 2.841 \u00f3bitos em 24 horas (uma letalidade de 2,4% ou 134,2 por 100 mil habitantes). O pa\u00eds registou ainda 83.926 novas infe\u00e7\u00f5es , no quadro da epidemia gerido pelo Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, foi o terceiro dia com mais novos casos. em termos de recupera\u00e7\u00f5es, as autoridades revelaram apenas o n\u00famero total e esta ter\u00e7a-feira chegavam aos 10,2 milh\u00f5es. Em paralelo, a contagem alternativa efetuada por um cons\u00f3rcio de \u00f3rg\u00e3os da imprensa brasileira (G1, O Globo, Extra, Estad\u00e3o, Folha e UOL) e baseada nos dados das secretarias estaduais de Sa\u00fade, avan\u00e7ou com o registo de 2.798 mortes com Covid-19 em 24 horas, estimando uma m\u00e9dia m\u00f3vel de 1.976 mortes, nos sete dias anteriores. O jornal Folha de S\u00e3o Paulo equiparou este novo recorde de mortes di\u00e1rias no Brasil com o balan\u00e7o de v\u00edtimas dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 contra as Torres G\u00e9meas, em Nova Iorque, onde morreram cerca de 2.750 pessoas, de acordo com a Enciclop\u00e9dia Britannica . O tr\u00e1gico recorde no Brasil foi conhecido pouco depois da tomada de posse do novo ministro de Sa\u00fade, agora de novo um profissional m\u00e9dico. O cardiologista Marcelo Queiroga recebeu a pasta do general Eduardo Pazuello, que ocupava o lugar de forma interina desde junho do ano ado, depois de a tamb\u00e9m cardiologista Ludhmila Hajjar ter recusado o cargo por n\u00e3o ter encontrado \u0022converg\u00eancia t\u00e9cnica\u0022 com Presidente Jair Bolsonaro. O novo ministro da Sa\u00fade prometeu seguir as pol\u00edticas do antecessor ao mesmo tempo que apelou \u00e0 popula\u00e7\u00e3o para ajudar a travar o v\u00edrus, respeitando as medidas recomendadas, sobretudo o uso de m\u00e1scara sempre que se saia de casa. Com hospitais por todo o pa\u00eds saturados com \u0022doentes covid\u0022, sobretudo em Manaus, Queiroga espera conseguir unir esfor\u00e7os com os governos estaduais, dos quais alguns se t\u00eam assumido revoltados pela conduta seguida pelo Presidente perante a epidemia. Corrupio de ministros na Sa\u00fade Jair Bolsonaro iniciou o corrupio de ministros da Sa\u00fade em abril do ano ado, depois de entrar em conflito com o ent\u00e3o titular, o ortopedista Luiz Henrique Mendietta, nomeadamente por causa do uso de cloroquina contra o SARS-CoV-2, promovido pelo chefe de Governo, e o uso de m\u00e1scara, ainda hoje poucas vezes seguido pelo l\u00edder dos brasileiros. Seguiu-se o oncologista Nelson Teich, mas a resist\u00eancia do Presidente em respeitar os dados da ci\u00eancia ter\u00e1 levado o ministro a bater com a porta cerca de um m\u00eas depois, a 15 de maio. Ap\u00f3s duas semanas de vazio e muitas cr\u00edticas, Bolsonaro entregou a gest\u00e3o da Sa\u00fade a um homem de confian\u00e7a, o general Eduardo Pazuello, que nunca conseguiu encontrar uma f\u00f3rmula de travar o galopar do SARS-CoV-2 no pa\u00eds, sobretudo depois do aparecimento da chamada variante brasileira, a P1 ou B1128, atualmente dominante em Manaus. Agora, com a troca do militar por um novo m\u00e9dico na lideran\u00e7a do Minist\u00e9rio da Sa\u00fade, os brasileiros dividem-se entre o elogio e a desconfian\u00e7a. O m\u00e9dico Lucas Martins defende como \u0022avan\u00e7o\u0022 a coloca\u00e7\u00e3o de \u0022um profissional da sa\u00fade num cargo de chefia da sa\u00fade\u0022 quando comparado a \u0022ter um general militar a gerir um cargo que precisa de conhecimentos espec\u00edficos\u0022. \u0022O que, no caso, ele (Pazuello) mostrou n\u00e3o ter\u0022, concretizou. O empres\u00e1rio Leonardo Brito considera que a troca \u0022n\u00e3o muda nada porque quem manda \u00e9 o n\u00famero um\u0022, referindo-se ao Presidente Jair Bolsonaro. \u0022Qualquer ministro que ele colocar vai fazer exatamente o que ele mandar\u0022, avisa. A mudan\u00e7a de ministro da Sa\u00fade fez as manchetes dos jornais, num dia em que uma nova sondagem da Datafolha sugeriu queda do apoio a Bolsonaro. A pesquisa faz capa do jornal Folha de S\u00e3o Paulo esta quarta-feira, com o t\u00edtulo \u0022Rejei\u00e7\u00e3o da gest\u00e3o Bolsonaro na pandemia tem pior marca\u0022. \u0022Segundo o Datafolha, 54% dos brasileiros veem sua atua\u00e7\u00e3o como ruim ou p\u00e9ssima na semana em que foi apresentado o quarto ministro da Sa\u00fade de seu governo. Na pesquisa ada, realizada em 20 e 21 de janeiro, 48% reprovavam o trabalho de Bolsonaro\u0022, l\u00ea-se no artigo do jornal. A sondagem, realizada atrav\u00e9s de 2.023 os telef\u00f3nicos nos dias 15 e 16 de mar\u00e7o, indica ainda 43% de opini\u00f5es consideram o Presidente o principal culpado pela fase mais grave da epidemia no Brasil e item o colapso do sistema nacional de sa\u00fade. Outra sondagem realizada pela Federa\u00e7\u00e3o Brasileira de Bancos, em parceira com o Ipespe e citada ter\u00e7a-feira pela Ag\u00eancia Brasil , estima que 55% dos brasileiros considera a gest\u00e3o pand\u00e9mica dos governos estaduais e municipais insuficiente e 7% consideram-na exagerada. Para 74% dos inquiridos a pandemia agravou-se, enquanto 9% consideram que a situa\u00e7\u00e3o est\u00e1 a melhorar. Na mesma pesquisa, realizada entre 1 e 7 de mar\u00e7o, com 3 mil pessoas de mais de 18 anos de idade das cinco regi\u00f5es do pa\u00eds, 77% dos inquiridos apontaram a vacina\u00e7\u00e3o como a \u00fanica forma segura e eficaz de prote\u00e7\u00e3o contra a Covid-19. ", "dateCreated": "2021-03-17T06:23:08+01:00", "dateModified": "2021-03-17T19:19:27+01:00", "datePublished": "2021-03-17T13:01:24+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F05%2F45%2F77%2F14%2F1440x810_cmsv2_6678605e-38d2-586b-b396-ab29e9a44420-5457714.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Marcelo Queiroga toma posse ao lado do antecessor, o general Eduardo Pazuello", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F05%2F45%2F77%2F14%2F432x243_cmsv2_6678605e-38d2-586b-b396-ab29e9a44420-5457714.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Marques", "givenName": "Francisco", "name": "Francisco Marques", "url": "/perfis/562", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@frmarques4655", "jobTitle": "Journaliste", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue portugaise" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Novo ministro da Saúde "recebido" com recorde diário de mortes

Marcelo Queiroga toma posse ao lado do antecessor, o general Eduardo Pazuello
Marcelo Queiroga toma posse ao lado do antecessor, o general Eduardo Pazuello Direitos de autor EVARISTO SA / AFP
Direitos de autor EVARISTO SA / AFP
De Francisco Marques com AFP
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Cardiologista Marcelo Queiroga sucede na pasta ao general Eduardo Pazuello, num dia em que o Brasil registou 2.841 mortes com Covid-19. Jair Bolsonaro em queda nas sondagens da Datafolha

PUBLICIDADE

O Brasil apresentou um novo ministro da Saúde, o quarto titular da pasta desde o início da pandemia, no mesmo dia em que bateu o recorde diário de mortes com Covid-19.

Os últimos dados oficiais apresentados pelo Governo federal, esta terça-feira ao final da tarde, revelaram 2.841 óbitos em 24 horas (uma letalidade de 2,4% ou 134,2 por 100 mil habitantes).

O país registou ainda 83.926 novas infeções, no quadro da epidemia gerido pelo Ministério da Saúde, foi o terceiro dia com mais novos casos. em termos de recuperações, as autoridades revelaram apenas o número total e esta terça-feira chegavam aos 10,2 milhões.

Em paralelo, a contagem alternativa efetuada por um consórcio de órgãos da imprensa brasileira (G1, O Globo, Extra, Estadão, Folha e UOL) e baseada nos dados das secretarias estaduais de Saúde, avançou com o registo de 2.798 mortes com Covid-19 em 24 horas, estimando uma média móvel de 1.976 mortes, nos sete dias anteriores.

O jornal Folha de São Paulo equiparou este novo recorde de mortes diárias no Brasil com o balanço de vítimas dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 contra as Torres Gémeas, em Nova Iorque, onde morreram cerca de 2.750 pessoas, de acordo com a Enciclopédia Britannica.

O trágico recorde no Brasil foi conhecido pouco depois da tomada de posse do novo ministro de Saúde, agora de novo um profissional médico.

O cardiologista Marcelo Queiroga recebeu a pasta do general Eduardo Pazuello, que ocupava o lugar de forma interina desde junho do ano ado, depois de a também cardiologista Ludhmila Hajjar ter recusado o cargo por não ter encontrado "convergência técnica" com Presidente Jair Bolsonaro.

O novo ministro da Saúde prometeu seguir as políticas do antecessor ao mesmo tempo que apelou à população para ajudar a travar o vírus, respeitando as medidas recomendadas, sobretudo o uso de máscara sempre que se saia de casa.

Com hospitais por todo o país saturados com "doentes covid", sobretudo em Manaus, Queiroga espera conseguir unir esforços com os governos estaduais, dos quais alguns se têm assumido revoltados pela conduta seguida pelo Presidente perante a epidemia.

Corrupio de ministros na Saúde

Jair Bolsonaro iniciou o corrupio de ministros da Saúde em abril do ano ado, depois de entrar em conflito com o então titular, o ortopedista Luiz Henrique Mendietta, nomeadamente por causa do uso de cloroquina contra o SARS-CoV-2, promovido pelo chefe de Governo, e o uso de máscara, ainda hoje poucas vezes seguido pelo líder dos brasileiros.

Seguiu-se o oncologista Nelson Teich, mas a resistência do Presidente em respeitar os dados da ciência terá levado o ministro a bater com a porta cerca de um mês depois, a 15 de maio.

Após duas semanas de vazio e muitas críticas, Bolsonaro entregou a gestão da Saúde a um homem de confiança, o general Eduardo Pazuello, que nunca conseguiu encontrar uma fórmula de travar o galopar do SARS-CoV-2 no país, sobretudo depois do aparecimento da chamada variante brasileira, a P1 ou B1128, atualmente dominante em Manaus.

Agora, com a troca do militar por um novo médico na liderança do Ministério da Saúde, os brasileiros dividem-se entre o elogio e a desconfiança.

O médico Lucas Martins defende como "avanço" a colocação de "um profissional da saúde num cargo de chefia da saúde" quando comparado a "ter um general militar a gerir um cargo que precisa de conhecimentos específicos". "O que, no caso, ele (Pazuello) mostrou não ter", concretizou.

O empresário Leonardo Brito considera que a troca "não muda nada porque quem manda é o número um", referindo-se ao Presidente Jair Bolsonaro. "Qualquer ministro que ele colocar vai fazer exatamente o que ele mandar", avisa.

A mudança de ministro da Saúde fez as manchetes dos jornais, num dia em que uma nova sondagem da Datafolha sugeriu queda do apoio a Bolsonaro.

A pesquisa faz capa do jornal Folha de São Paulo esta quarta-feira, com o título "Rejeição da gestão Bolsonaro na pandemia tem pior marca".

"Segundo o Datafolha, 54% dos brasileiros veem sua atuação como ruim ou péssima na semana em que foi apresentado o quarto ministro da Saúde de seu governo. Na pesquisa ada, realizada em 20 e 21 de janeiro, 48% reprovavam o trabalho de Bolsonaro", lê-se no artigo do jornal.

A sondagem, realizada através de 2.023 os telefónicos nos dias 15 e 16 de março, indica ainda 43% de opiniões consideram o Presidente o principal culpado pela fase mais grave da epidemia no Brasil e item o colapso do sistema nacional de saúde.

Outra sondagem realizada pela Federação Brasileira de Bancos, em parceira com o Ipespe e citada terça-feira pela Agência Brasil, estima que 55% dos brasileiros considera a gestão pandémica dos governos estaduais e municipais insuficiente e 7% consideram-na exagerada.

Para 74% dos inquiridos a pandemia agravou-se, enquanto 9% consideram que a situação está a melhorar.

Na mesma pesquisa, realizada entre 1 e 7 de março, com 3 mil pessoas de mais de 18 anos de idade das cinco regiões do país, 77% dos inquiridos apontaram a vacinação como a única forma segura e eficaz de proteção contra a Covid-19.

Editor de vídeo • Francisco Marques

Outras fontes • Agência Brasil, Folha, G1

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Lula da Silva recebe vacina contra a Covid-19

Surto de covid-19 agrava-se no Brasil

Covid-19 pior que nunca no Brasil