{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2020/07/06/a-corrupcao-existe-em-quase-todos-os-paises" }, "headline": "\u0022A corrup\u00e7\u00e3o existe em quase todos os pa\u00edses\u0022", "description": "A primeira procuradora-geral europeia, Laura Codruta K\u00f6vesi, em entrevista \u00e0 Euronews, n\u00e3o tem d\u00favidas sobre a exist\u00eancia de corrup\u00e7\u00e3o \u0022em quase todos os pa\u00edses\u0022 do mundo e acredita que o volume de corrup\u00e7\u00e3o \u0022depende do n\u00edvel de envolvimento das autoridades locais\u0022", "articleBody": "A Europa est\u00e1 a entrar numa nova fase na luta contra o crime . A primeira p rocuradora-geral europeia , Laura Codruta K\u00f6vesi , n\u00e3o tem d\u00favidas sobre a exist\u00eancia de corrup\u00e7\u00e3o \u0022em quase todos os pa\u00edses\u0022 do mundo. Em entrevista \u00e0 Euronews , defende que o volume de corrup\u00e7\u00e3o \u0022depende do n\u00edvel de envolvimento das autoridades locais\u0022. Em breve, a Procuradoria-Geral europeia vai poder investigar crimes relacionados com o or\u00e7amento europeu nos Estados-membros. EURONEWS(P): A Uni\u00e3o Europeia est\u00e1 a preparar-se para por milhares de milh\u00f5es de euros no fundo de recupera\u00e7\u00e3o e tamb\u00e9m nos or\u00e7amento europeu para os pr\u00f3ximos sete anos. Provavelmente h\u00e1 j\u00e1 organiza\u00e7\u00f5es criminosas que est\u00e3o a planear por as m\u00e3os numa parte desse dinheiro. Como \u00e9 que pode proteger esses fundos europeus? Em que setores, projetos e Estados-membros vai estar o foco? LAURA CODRUTA K\u00d6VESI, PROCURADORA-GERAL EUROPEIA (R): Se estamos a falar sobre a nova proposta de or\u00e7amento, temos de ter em conta algumas orienta\u00e7\u00f5es simples. Mais dinheiro, mais flexibilidade, menos regras. Isto poderia traduzir-se num maior risco de fraudes cometidas em rela\u00e7\u00e3o a estes fundos. A Procuradoria-Geral europeia vai ser parte da solu\u00e7\u00e3o, mas n\u00e3o a \u00fanica solu\u00e7\u00e3o. Existem v\u00e1rias institui\u00e7\u00f5es na Uni\u00e3o Europeia que t\u00eam de participar no esfor\u00e7o comum para prevenir e lutar contra a fraude com fundos financeiros. P: Considera que h\u00e1 um risco sist\u00e9mico de corrup\u00e7\u00e3o na Europa e est\u00e1 isso ligado aos l\u00edderes pol\u00edticos? R: A corrup\u00e7\u00e3o existe em quase todos os pa\u00edses e n\u00e3o apenas nos pa\u00edses da Uni\u00e3o Europeia. No entanto, se falarmos sobre o volume de corrup\u00e7\u00e3o em diferentes Estados, isso depende realmente do n\u00edvel de envolvimento das autoridades locais. Dito isto, n\u00e3o podemos afirmar que estes pa\u00edses est\u00e3o s\u00e3o muito corruptos ou que aqueles est\u00e3o livres de corrup\u00e7\u00e3o. P: Quais t\u00eam sido os principais obst\u00e1culos \u00e0 cria\u00e7\u00e3o desta institui\u00e7\u00e3o? R: Em primeiro lugar, refiro a falta de recursos financeiros e or\u00e7amentais. Esse \u00e9 o primeiro obst\u00e1culo. Outro \u00e9 qualquer atraso e gostaria de dar-lhe um exemplo tang\u00edvel. Os procuradores europeus deveriam ter sido designados no final do ano ado, mas at\u00e9 hoje ainda n\u00e3o o foram. N\u00f3s n\u00e3o podemos ter um Col\u00e9gio sem os procuradores europeus e, sem um Col\u00e9gio, n\u00e3o podemos definir procedimentos e o quadro regulamentar em que a Procuradoria-Geral vai funcionar. Estas nomea\u00e7\u00f5es foram adiadas porque Malta n\u00e3o prop\u00f5e candidatos eleg\u00edveis suficientes. Por causa disso, desde dezembro que todo processo tem sido adiado. Espero que os procuradores sejam nomeados o mais breve poss\u00edvel. \u0022 P: Agora, na Ch\u00e9quia, uma empresa ligada ao primeiro-ministro est\u00e1 sob investiga\u00e7\u00e3o por suposto uso indevido de fundos europeus. Vai tomar conta deste caso? \u0022 R: \u00c9 muito dif\u00edcil discutir situa\u00e7\u00f5es hipot\u00e9ticas porque temos de aplicar as compet\u00eancias que a Procuradoria tem atrav\u00e9s da regula\u00e7\u00e3o. As prioridades de investiga\u00e7\u00e3o v\u00e3o ser estabelecidas pelo Col\u00e9gio de 22 procuradores de cada Estado-membro e pelo procurador-geral. \u00c9 muito importante processar todos os casos dentro de nossa compet\u00eancia, independentemente da pessoa que comete esses crimes ou o lugar onde estes tenham sido cometidos. Acima de tudo, o nosso papel como procuradores \u00e9 garantir que a justi\u00e7a \u00e9 igualmente aplicada para todos. P: Pensa que no caso da Pol\u00f3nia e da Hungria a recusa de fazer parte da Procuradoria-Geral vai aumentar o risco de corrup\u00e7\u00e3o relacionada com fundos europeus? R: N\u00e3o \u00e9 s\u00f3 a Hungria e a Pol\u00f3nia. \u00c9 tamb\u00e9m a Su\u00e9cia, Dinamarca e Irlanda. \u00c9 dif\u00edcil comentar as raz\u00f5es que levaram estes Estados a n\u00e3o se juntar \u00e0 Procuradoria-Geral, porque \u00e9 acima de tudo uma decis\u00e3o pol\u00edtica e eu n\u00e3o posso comentar isso. N\u00f3s vamos investigar certos crimes cometidos em rela\u00e7\u00e3o a estes Estados-membros, cidad\u00e3os ou no territ\u00f3rio destes Estados-membros. Al\u00e9m disso, vamos cooperar com as autoridades desses pa\u00edses e aplicar as ferramentas judiciais de coopera\u00e7\u00e3o atualmente dispon\u00edveis. P: N\u00e3o s\u00e3o apenas pol\u00edticos, mas existem tamb\u00e9m criminosos de colarinho-branco a conduzir, por vezes, organiza\u00e7\u00f5es internacionais de lavagem de dinheiro e fraude. Como pode intervir neste campo? R: O que \u00e9 que a Procuradoria-Geral nos traz quando falamos da investiga\u00e7\u00e3o destes casos? Vai reduzir as limita\u00e7\u00f5es que os procuradores t\u00eam em termos nacionais e a troca de informa\u00e7\u00f5es vai ser mais r\u00e1pida e eficiente. Al\u00e9m disso, vamos melhorar o processo de repara\u00e7\u00e3o de danos infligidos atrav\u00e9s de viola\u00e7\u00e3o. A prova produzida por procuradores num Estado-membro pode ser usada noutro Estado-membro. Todas estas vantagens v\u00e3o permitir que a Procuradoria-Geral Europeia se torne numa institui\u00e7\u00e3o que vai mudar fundamentalmente a forma como a fraude financeira o crime organizado foram investigados at\u00e9 hoje. P: Desde que foi retirada da ag\u00eancia de anticorrup\u00e7\u00e3o da Rom\u00e9nia que n\u00e3o se ouve falar de muitos casos de alto n\u00edvel. A corrup\u00e7\u00e3o acabou na Rom\u00e9nia desde que saiu da Ag\u00eancia? R: Eu j\u00e1 deixei a Dire\u00e7\u00e3o Nacional Anticorrup\u00e7\u00e3o h\u00e1 dois anos e \u00e9 dif\u00edcil comentar sobre o que est\u00e1 l\u00e1 se a. No entanto, temos de ter em conta o facto de que, durante os \u00faltimos tr\u00eas anos, a Justi\u00e7a romena tem estado constantemente debaixo de ataque. Muitos procuradores e ju\u00edzes foram assediados de v\u00e1rias maneiras. Muitas a\u00e7\u00f5es disciplinares foram iniciadas e processos criminais foram abertos contra promotores e ju\u00edzes. Em consequ\u00eancia, a independ\u00eancia da justi\u00e7a foi constantemente afetada por ataques e mudan\u00e7as legislativas. P: Na Rom\u00e9nia, enfrentou muitas acusa\u00e7\u00f5es de que representava interesses externos, de servi\u00e7os secretos estrangeiros. Est\u00e1 preparada para ataques semelhantes ao n\u00edvel europeu? R: Sempre pensei que estes ataques, que foram dirigidos n\u00e3o s\u00f3 contra mim, mas tamb\u00e9m contra todos os procuradores e \u00e0 sua efici\u00eancia, eram uma aferi\u00e7\u00e3o da qualidade e efici\u00eancia do trabalho que faz\u00edamos. Por isso, espero ver ataques contra nossas institui\u00e7\u00f5es e procuradores, mas acho que minha experi\u00eancia anterior foi uma boa prepara\u00e7\u00e3o para o que h\u00e1 de vir. Tenho certeza que vamos formar uma equipa muito boa com todos os procuradores europeus e n\u00e3o vamos estar s\u00f3s nesta luta. Vamos ter uma equipa inteira a trabalhar na Procuradoria e espero que a nossa atividade tenha um impacto positivo. 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"A corrupção existe em quase todos os países"

"A corrupção existe em quase todos os países"
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De Teresa Bizarro
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A primeira procuradora-geral europeia, Laura Codruta Kövesi, em entrevista à Euronews, não tem dúvidas sobre a existência de corrupção "em quase todos os países" do mundo e acredita que o volume de corrupção "depende do nível de envolvimento das autoridades locais"

A Europa está a entrar numa nova fase na luta contra o crime. A primeira procuradora-geral europeia, Laura Codruta Kövesi, não tem dúvidas sobre a existência de corrupção "em quase todos os países" do mundo. Em entrevista à Euronews, defende que o volume de corrupção "depende do nível de envolvimento das autoridades locais". Em breve, a Procuradoria-Geral europeia vai poder investigar crimes relacionados com o orçamento europeu nos Estados-membros.

EURONEWS(P): A União Europeia está a preparar-se para por milhares de milhões de euros no fundo de recuperação e também nos orçamento europeu para os próximos sete anos. Provavelmente há já organizações criminosas que estão a planear por as mãos numa parte desse dinheiro. Como é que pode proteger esses fundos europeus? Em que setores, projetos e Estados-membros vai estar o foco?

LAURA CODRUTA KÖVESI, PROCURADORA-GERAL EUROPEIA (R): Se estamos a falar sobre a nova proposta de orçamento, temos de ter em conta algumas orientações simples. Mais dinheiro, mais flexibilidade, menos regras. Isto poderia traduzir-se num maior risco de fraudes cometidas em relação a estes fundos. A Procuradoria-Geral europeia vai ser parte da solução, mas não a única solução. Existem várias instituições na União Europeia que têm de participar no esforço comum para prevenir e lutar contra a fraude com fundos financeiros.

Euronews
Laura Codruta Kövesi, entrevistada por Sándor ZsírosEuronews

P: Considera que há um risco sistémico de corrupção na Europa e está isso ligado aos líderes políticos?

R: A corrupção existe em quase todos os países e não apenas nos países da União Europeia. No entanto, se falarmos sobre o volume de corrupção em diferentes Estados, isso depende realmente do nível de envolvimento das autoridades locais. Dito isto, não podemos afirmar que estes países estão são muito corruptos ou que aqueles estão livres de corrupção.

P: Quais têm sido os principais obstáculos à criação desta instituição?

R: Em primeiro lugar, refiro a falta de recursos financeiros e orçamentais. Esse é o primeiro obstáculo. Outro é qualquer atraso e gostaria de dar-lhe um exemplo tangível. Os procuradores europeus deveriam ter sido designados no final do ano ado, mas até hoje ainda não o foram. Nós não podemos ter um Colégio sem os procuradores europeus e, sem um Colégio, não podemos definir procedimentos e o quadro regulamentar em que a Procuradoria-Geral vai funcionar. Estas nomeações foram adiadas porque Malta não propõe candidatos elegíveis suficientes. Por causa disso, desde dezembro que todo processo tem sido adiado. Espero que os procuradores sejam nomeados o mais breve possível. "

P: Agora, na Chéquia, uma empresa ligada ao primeiro-ministro está sob investigação por suposto uso indevido de fundos europeus. Vai tomar conta deste caso? "

R: É muito difícil discutir situações hipotéticas porque temos de aplicar as competências que a Procuradoria tem através da regulação. As prioridades de investigação vão ser estabelecidas pelo Colégio de 22 procuradores de cada Estado-membro e pelo procurador-geral. É muito importante processar todos os casos dentro de nossa competência, independentemente da pessoa que comete esses crimes ou o lugar onde estes tenham sido cometidos. Acima de tudo, o nosso papel como procuradores é garantir que a justiça é igualmente aplicada para todos.

P: Pensa que no caso da Polónia e da Hungria a recusa de fazer parte da Procuradoria-Geral vai aumentar o risco de corrupção relacionada com fundos europeus?

R: Não é só a Hungria e a Polónia. É também a Suécia, Dinamarca e Irlanda. É difícil comentar as razões que levaram estes Estados a não se juntar à Procuradoria-Geral, porque é acima de tudo uma decisão política e eu não posso comentar isso. Nós vamos investigar certos crimes cometidos em relação a estes Estados-membros, cidadãos ou no território destes Estados-membros. Além disso, vamos cooperar com as autoridades desses países e aplicar as ferramentas judiciais de cooperação atualmente disponíveis.

P: Não são apenas políticos, mas existem também criminosos de colarinho-branco a conduzir, por vezes, organizações internacionais de lavagem de dinheiro e fraude. Como pode intervir neste campo?

R: O que é que a Procuradoria-Geral nos traz quando falamos da investigação destes casos? Vai reduzir as limitações que os procuradores têm em termos nacionais e a troca de informações vai ser mais rápida e eficiente. Além disso, vamos melhorar o processo de reparação de danos infligidos através de violação. A prova produzida por procuradores num Estado-membro pode ser usada noutro Estado-membro. Todas estas vantagens vão permitir que a Procuradoria-Geral Europeia se torne numa instituição que vai mudar fundamentalmente a forma como a fraude financeira o crime organizado foram investigados até hoje.

P: Desde que foi retirada da agência de anticorrupção da Roménia que não se ouve falar de muitos casos de alto nível. A corrupção acabou na Roménia desde que saiu da Agência?

R: Eu já deixei a Direção Nacional Anticorrupção há dois anos e é difícil comentar sobre o que está lá se a. No entanto, temos de ter em conta o facto de que, durante os últimos três anos, a Justiça romena tem estado constantemente debaixo de ataque. Muitos procuradores e juízes foram assediados de várias maneiras. Muitas ações disciplinares foram iniciadas e processos criminais foram abertos contra promotores e juízes. Em consequência, a independência da justiça foi constantemente afetada por ataques e mudanças legislativas.

P: Na Roménia, enfrentou muitas acusações de que representava interesses externos, de serviços secretos estrangeiros. Está preparada para ataques semelhantes ao nível europeu?

R: Sempre pensei que estes ataques, que foram dirigidos não só contra mim, mas também contra todos os procuradores e à sua eficiência, eram uma aferição da qualidade e eficiência do trabalho que fazíamos. Por isso, espero ver ataques contra nossas instituições e procuradores, mas acho que minha experiência anterior foi uma boa preparação para o que há de vir. Tenho certeza que vamos formar uma equipa muito boa com todos os procuradores europeus e não vamos estar sós nesta luta. Vamos ter uma equipa inteira a trabalhar na Procuradoria e espero que a nossa atividade tenha um impacto positivo. Tenho também a certeza de que esses ataques vão continuar, mas estou preparada e estou convencida de que os meus colegas vão também estar prontos.

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