Latam, Gol e Azul estão em conversações com o governo federal para tentar evitar a falência.
O governo do Brasil e as maiores companhias aéreas do país - Azul, Gol e Latam - iniciaram negociações para um plano de assistência financeira devido à crise económica criada pela pandemia de covid-19.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES), órgão estatal que financia projetos e empresas do país, está a trabalhar na concessão de uma linha de crédito capaz de impedir que as empresas tenham o mesmo destino que a Avianca Brasil, que declarou falência no ano ado.
Segundo a proposta, espera-se que cada companhia aérea receba até 2 mil milhões de reais (cerca de 343 milhões de euros) em fundos, uma oferta que também prevê a participação de instituições financeiras privadas.
A subsidiária brasileira da Latam manifestou interesse na proposta do BNDES, mas afirmou que as partes ainda não chegaram a um acordo e ainda estão em negociação.
A Latam, maior grupo de transporte aéreo da América Latina, pediu falência nos Estados Unidos da América na terça-feira devido ao impacto do novo coronavírus, mas não incluiu suas subsidiárias na Argentina, Paraguai e Brasil no processo.
A Gol, líder do mercado doméstico brasileiro, enfatizou que a confirmação das negociações com o banco de desenvolvimento "não representa aceitação dos termos propostos pelo BNDES e pelo sindicato dos bancos, que serão objeto de discussões e negociações entre as partes" ao longo da semana.
Já a Azul se recusou a fazer qualquer tipo de comentário e disse apenas que "continua negociando a proposta do Governo brasileiro".
Por sua vez, o Governo brasileiro confirmou que entrou em alerta após o pedido de recuperação judicial da Latam, mas disse estar confiante de que a linha de crédito negociada pode dar tempo às empresas.
"Estou certo de que essa linha de crédito será fundamental, mais um o na ajuda do Governo às empresas de aviação", afirmou o ministro da Infraestrutura do Brasil, Tarcisio Gomes de Freitas.