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Governo aprova resgate de €900 milhões do banco Popolare di Bari

Governo aprova resgate de €900 milhões do banco Popolare di Bari
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De Francisco Marques
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Processo chegou a fazer tremer a coligação liderada por Giueppe Conte, mas Conselho de Ministros acabou por decidir salvar a instituição histórica do sul de Itália

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O governo de Itália vai investir quase mil milhões de euros para salvar da falência um banco popular fundado há 60 anos como o primeiro grupo de crédito cooperativo do sul do país.

Quarenta e oito horas após ter falhado um primeiro acordo, o o Conselho de Ministros acabou por aprovar domingo à noite uma linha de crédito de €900 milhões para resgatar o Banca Popolare di Bari e transformá-lo num banco de investimento.

O processo abriu frechas na coligação liderado por Giuseppe Conte. Na reunião ministerial de sexta-feira, os representantes no executivo dos partidos Movimento 5 Estrelas (antissistema) e Italia Viva (liberal) acabaram por abandonar a mesa devido a atritos sobre a decisão a tomar.

O próprio Giuseppe Conte, primeiro-ministro descrito como político independente, alegava na sexta-feira a boa saúde do sistema bancário italiano e descartava o resgate de quaisquer instituições.

A seguinte convocatória de um Conselho de Ministros para essa mesma noite para analisar um eventual resgate do Popolare di Bari mereceu críticas de Matteo Salvini.

O polémico líder do Liga Norte, a coligação associada a ideais de extrema-direita que fez parte do anterior executivo, pediu mesmo a demissão do primeiro-ministro.

Numa primeira reunião, o conselho de Ministros aqueceu com o atrito entre os representantes do Movimento 5 Estrelas (M5E, antissistema) e os do Italia Viva (IV, o partido liberal formado este ano pelo ex-primeiro-ministro Matteo Renzi após deixar o Partido Democrata).

O vice-presidente da bancada parlamentar do IV, Luigi Marattin, acusou o 5 Estrelas de tentar forçar uma solução que protegia os responsáveis pela crise do banco e rejeitou tomar parte da operação.

Luigi di Maio, o ministro dos Negócios Estrangeiros pelo M5E, garantiu estar a refletir num decreto que protegia os depósitos e as empresas apoiadas pelo Popolari di Bari, mas não "os amigos do banco" a quem foram concedidos os empréstimos que deixaram a instituição a necessitar de ajuda.

No domingo, fumo branco. O Conselho de Ministros chegou a acordo para a abertura de uma linha de crédito ao Popolare di Bari para reforçar os ativos e fomentar o desenvolvimento de atividades de investimento para ajudar as empresas do sul de Itália.

[ Leia aqui, na íntegra em italiano, o comunicado do Conselho de Ministros ]

"Este decreto salva os depósitos, mas não terá nenhuma piedade pelos gerentes nem pelos amigos dos amigos", afirmou Luigi di Maio, explicando ter sido analisado na reunião ministerial um relatório do Banco de Itália sobre todos os controlos efetuados nos últimos anos" na instituição em causa e "isso será obviamente no foco da discussão", itindo a realização de mais verificações sobre o banco.

"Giuseppe Conte irá solicitar ao Banco de Itália e aos comissários uma ação de responsabilização contra os antigos gerentes, aqueles que criaram o buraco financeiro emprestando dinheiro a amigos de amigos", acrescentou o também líder do M5E.

Na mesma linha, o presidente do Conselho de Ministros garantiu também que "a intervenção pública não será a favor dos banqueiros que istraram até aqui o banco".

"Pretendemos ações de responsabilidade no confronto com todos os responsáveis deste cenário de crise", afirmou Giuseppe Conte, numa mensagem também partilhada pelas redes sociais.

Outras fontes • La Repubblica

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