A guerra da França contra o terrorismo entra agora também no campo financeiro, com o objetivo de cortar o financiamento das células terroristas a
A guerra da França contra o terrorismo entra agora também no campo financeiro, com o objetivo de cortar o financiamento das células terroristas a operar no centro da Europa.
O ministro das Finanças francês, Michel Sapin, anunciou esta segunda-feira um conjunto de medidas, que espera ver ar a decreto no início do próximo ano, e que visam o apertar do controlo sobre os movimentos suspeitos de dinheiro. No alvo do ministro estão, por exemplo, os cartões de débito bancário pré-pagos e as transferências internacionais através do sistema SWIFT.
“Vamos enquadrar de forma mais apertada o uso de cartões bancários pré-pagos, como os que foram usados nos ataques de 13 de novembro. O objetivo é também o de reduzir o anonimato no uso destes cartões. Depois, queremos alargar o dispositivo nacional de congelamento dos bens terroristas aos bens imobiliários e aos veículos”, afirmou Michel Sapin.
O recurso a estes débitos pré-pagos até um montante de 250 euros em cartões não recarregáveis, ou até 2500 em cartões recarregáveis, não necessita de verificação de identidade. O governo quer alterar o enquadramento deste cartões e torna-los mais transparentes.
O ministro das Finanças francês pretende ainda dar aos investigadores de crimes económicos, os agentes do serviço TracFin do Palácio Bercy, o aos chamados “ficheiros S”, os quais integram dados de pessoas sob suspeita de ligação a grupos terroristas. Este o visa permitir a investigação “em tempo real” sobre eventuais transferências financeiras suspeitas.
A nível europeu, Sapin apelou aos “28” para acelerarem a diretiva antibranqueamento de dinheiro prevista para ser implementada apenas em 2017. O ministro revelou ainda preocupação face às limitações europeias no controlo das transferências internacionais através do sistema SWIFT, controlado sobretudo pelos Estados Unidos.