{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2015/10/08/alemanha-abre-espaco-a-refugiados-com-a-deportacao-de-milhares-migrantes-ilegais" }, "headline": "Alemanha abre espa\u00e7o a refugiados com a deporta\u00e7\u00e3o de milhares migrantes ilegais", "description": "A Alemanha \u00e9 o pa\u00eds da Uni\u00e3o Europeia que mais pedidos de asilo tem recebido na recente crise de refugiados que afeta a Uni\u00e3o Europeia (UE) \u2014 um", "articleBody": "A Alemanha \u00e9 o pa\u00eds da Uni\u00e3o Europeia que mais pedidos de asilo tem recebido na recente crise de refugiados que afeta a Uni\u00e3o Europeia (UE) \u2014 um total de 303.443 requerimentos entre janeiro e setembro deste ano. Os albaneses surgem no \u201ctop-3\u201d dos migrantes requerentes de asilo na maior economia da Europa, com 45.125 pedidos, s\u00f3 batidos pelos s\u00edrios (73.615) e \u00c0 frente dos kosovares (34.723) e dos s\u00e9rvios (22.958). S\u00f3 nos primeiros 6 meses deste ano, de acordo com o Minist\u00e9rio do Interior, mais de 4900 tinham pedido asilo no pa\u00eds. Em agosto, foram mais 8306 e em setembro 6741, num total de 43.071requerimentos de asilo efetuados no Servi\u00e7o Federal Alem\u00e3o de Migra\u00e7\u00e3o e Refugiados \u2014 a maioria (16.838) oriundos da S\u00edria. Apenas 8690 pessoas receberam o estatuto legal de refugiado, de acordo com a Conven\u00e7\u00e3o de Genebra. Os albaneses n\u00e3o respeitam os crit\u00e9rios do estatuto de refugiados, por isso est\u00e3o a ver rejeitados os pedidos de asilo e a ser expulsos da Alemanha. Alguns destes deportados reclamam do tratamento recebido. \u201cFomos para a Alemanha para trabalhar e n\u00e3o para mendigar dinheiro e benef\u00edcios sociais. Fomos colocados num campo de refugiados. N\u00e3o foi correto nem nem foi justa a forma como nos informaram se os nossos pedidos eram aceites ou rejeitados. Apenas nos expulsaram do campo e colocaram-nos num avi\u00e3o\u201d, afirmou, j\u00e1 em Tirana, um alban\u00eas deportado da Alemanha. A crise na Gr\u00e9cia, para onde muitos albaneses tinham emigrado para trabalhar, e a ideia de que a Alemanha \u00e9 um dos Estados-membros da UE mais recetivos \u00e0 imigra\u00e7\u00e3o atraiu os albaneses. Mas o elevado fluxo de refugiados, se por um lado favoreceu a entrada no pa\u00eds, por outro saturou o pa\u00eds e imp\u00f4s um controlo mais apertado contra os clandestinos, de forma a dar as melhores condi\u00e7\u00f5es poss\u00edveis aos, de facto, refugiados. Todos os dias, h\u00e1 imigrantes ilegais a ser expulsos da Alemanha. A Alb\u00e2nia \u00e9 um dos pa\u00edses mais pobres da Europa. Muitos dos cidad\u00e3os partem, por isso, \u00e0 procura de uma vida melhor no estrangeiro, como nos explicou Saimir Tahiri, o ministro do Interior alban\u00eas: \u201or um lado, a crise grega empurrou alguns cidad\u00e3os para outros pa\u00edses europeus. Por outro, criou-se a ilus\u00e3o de que se pode sair daqui e encontrar solu\u00e7\u00f5es f\u00e1ceis, solu\u00e7\u00f5es econ\u00f3micas, noutros pa\u00edses.\u201d Muitos dos albaneses obrigados a voltar a casa, voltam revoltados. Sem trabalho, transformam-se noutro problema, como nos contou Ermal Milori, respons\u00e1vel pela migra\u00e7\u00e3o na pol\u00edcia fronteiri\u00e7a: \u201cEncontr\u00e1mos muitos casos de retornados da Europa e que vieram comtere crimes na Alb\u00e2nia.\u201d A Alb\u00e2nia \u00e9 apenas um dos v\u00e1rios pa\u00edses de origem dos mais de 600.000 clandestinos que j\u00e1 entraram este ano na Uni\u00e3o Europeia. Com o acolhimento a ser exclusivo para os refugiados, os \u201c28\u201d est\u00e3o a apertar cada vez mais o controlo face aos migrantes ilegais.", "dateCreated": "2015-10-08T18:31:46+02:00", "dateModified": "2015-10-08T18:31:46+02:00", "datePublished": "2015-10-08T18:31:46+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F314911%2F1440x810_314911.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "A Alemanha \u00e9 o pa\u00eds da Uni\u00e3o Europeia que mais pedidos de asilo tem recebido na recente crise de refugiados que afeta a Uni\u00e3o Europeia (UE) \u2014 um", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F314911%2F432x243_314911.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Marques", "givenName": "Francisco", "name": "Francisco Marques", "url": "/perfis/562", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@frmarques4655", "jobTitle": "Journaliste", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue portugaise" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Alemanha abre espaço a refugiados com a deportação de milhares migrantes ilegais

Alemanha abre espaço a refugiados com a deportação de milhares migrantes ilegais
Direitos de autor 
De Francisco Marques
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A Alemanha é o país da União Europeia que mais pedidos de asilo tem recebido na recente crise de refugiados que afeta a União Europeia (UE) — um

PUBLICIDADE

A Alemanha é o país da União Europeia que mais pedidos de asilo tem recebido na recente crise de refugiados que afeta a União Europeia (UE) — um total de 303.443 requerimentos entre janeiro e setembro deste ano. Os albaneses surgem no “top-3” dos migrantes requerentes de asilo na maior economia da Europa, com 45.125 pedidos, só batidos pelos sírios (73.615) e À frente dos kosovares (34.723) e dos sérvios (22.958).

Só nos primeiros 6 meses deste ano, de acordo com o Ministério do Interior, mais de 4900 tinham pedido asilo no país. Em agosto, foram mais 8306 e em setembro 6741, num total de 43.071requerimentos de asilo efetuados no Serviço Federal Alemão de Migração e Refugiados — a maioria (16.838) oriundos da Síria.

Apenas 8690 pessoas receberam o estatuto legal de refugiado, de acordo com a Convenção de Genebra. Os albaneses não respeitam os critérios do estatuto de refugiados, por isso estão a ver rejeitados os pedidos de asilo e a ser expulsos da Alemanha.

Alguns destes deportados reclamam do tratamento recebido. “Fomos para a Alemanha para trabalhar e não para mendigar dinheiro e benefícios sociais. Fomos colocados num campo de refugiados. Não foi correto nem nem foi justa a forma como nos informaram se os nossos pedidos eram aceites ou rejeitados. Apenas nos expulsaram do campo e colocaram-nos num avião”, afirmou, já em Tirana, um albanês deportado da Alemanha.

A crise na Grécia, para onde muitos albaneses tinham emigrado para trabalhar, e a ideia de que a Alemanha é um dos Estados-membros da UE mais recetivos à imigração atraiu os albaneses. Mas o elevado fluxo de refugiados, se por um lado favoreceu a entrada no país, por outro saturou o país e impôs um controlo mais apertado contra os clandestinos, de forma a dar as melhores condições possíveis aos, de facto, refugiados. Todos os dias, há imigrantes ilegais a ser expulsos da Alemanha.

A Albânia é um dos países mais pobres da Europa. Muitos dos cidadãos partem, por isso, à procura de uma vida melhor no estrangeiro, como nos explicou Saimir Tahiri, o ministro do Interior albanês: “Por um lado, a crise grega empurrou alguns cidadãos para outros países europeus. Por outro, criou-se a ilusão de que se pode sair daqui e encontrar soluções fáceis, soluções económicas, noutros países.”

Muitos dos albaneses obrigados a voltar a casa, voltam revoltados. Sem trabalho, transformam-se noutro problema, como nos contou Ermal Milori, responsável pela migração na polícia fronteiriça: “Encontrámos muitos casos de retornados da Europa e que vieram comtere crimes na Albânia.”

A Albânia é apenas um dos vários países de origem dos mais de 600.000 clandestinos que já entraram este ano na União Europeia.
Com o acolhimento a ser exclusivo para os refugiados, os “28” estão a apertar cada vez mais o controlo face aos migrantes ilegais.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Itália envia primeiro grupo de requerentes de asilo para a Albânia

Apoiantes da oposição albanesa entram em confronto com a polícia e exigem a demissão do primeiro-ministro

Será que Merz conseguiu tudo o que pretendia com o encontro com Trump?