{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2015/05/25/fim-do-bipartidarismo-espanhol-nova-era-da-cidadania-nas-instituices" }, "headline": "Fim do bipartidarismo espanhol; nova era da cidadania nas institui\u00e7\u00f5es", "description": "A ativista Ada Colau \u00e9 a nova presidente da C\u00e2mara de Barcelona. M\u00e3e de um rapaz de tr\u00eas anos e casada com um economista, apresenta-se praticamente", "articleBody": "A ativista Ada Colau \u00e9 a nova presidente da C\u00e2mara de Barcelona.M\u00e3e de um rapaz de tr\u00eas anos e casada com um economista, apresenta-se praticamente como uma \u201cvizinha do lado\u201d. Uma proximidade que a colocou no poder, vencendo a batalha contra Golias, como a pr\u00f3pria afirmou. Quer\u00e9is ver POLITICA en mayusculas? Foto del backstage de la noche de ayer. 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Ganhou uma pessoa real contra um personagem qualquer da vida p\u00fablica, \u201ca vizinha do lado\u201d, como chamou o El Pa\u00eds. Ada Colau: - Estou convicta de que estamos a terminar um ciclo, depois de d\u00e9cadas de bipartidarismo, de partidos que t\u00eam governado com maioria e dominam a cena pol\u00edtica, mas nos quais os cidad\u00e3os votam por quatro anos sem, na realidade, decidir nada. O objetivo de Ada Colau \u00e9 o de fazer de Barcelona uma refer\u00eancia na revolu\u00e7\u00e3o democr\u00e1tica. Pretende colocar em pr\u00e1tica um plano de emerg\u00eancia contra a pobreza e criar um gabinete municipal contra a corrup\u00e7\u00e3o. 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Fernando Vallesp\u00edn \u2013 Tanto Ada Colau, que \u00e9 um s\u00edmbolo dos movimentos anti-sistema dos momentos mais duros da crise, Manuela Carmena, s\u00e3o pessoas que t\u00eam a capacidade de agregar pessoas que n\u00e3o t\u00eam forcosamente a mesma cor pol\u00edtica, mas que representam esta nova sensibilidade que observamos em Espanha depois da crise econ\u00f3mica. A enorme quota de poder territorial acumulada pelo partido de Mariano Rajoy desde as elei\u00e7\u00f5es de 2011 evaporou-se. Nem o envolvimento pessoal do l\u00edder na campanha, nem a retoma econ\u00f3mica lhe valeram. 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Fim do bipartidarismo espanhol; nova era da cidadania nas instituições

Fim do bipartidarismo espanhol; nova era da cidadania nas instituições
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De Maria-Joao Carvalho com Paco Fuentes, El País, TSF, El Mundo, agência de notícias catalã
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A ativista Ada Colau é a nova presidente da Câmara de Barcelona. Mãe de um rapaz de três anos e casada com um economista, apresenta-se praticamente

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A ativista Ada Colau é a nova presidente da Câmara de Barcelona.
Mãe de um rapaz de três anos e casada com um economista, apresenta-se praticamente como uma “vizinha do lado”. Uma proximidade que a colocou no poder, vencendo a batalha contra Golias, como a própria afirmou.

Queréis ver POLITICA en mayusculas? Foto del backstage de la noche de ayer. Sin cuidados no hay victoria posible ♡♥ pic.twitter.com/vMdohTaIrr

— Ada #BcnEnComú (@AdaColau) May 25, 2015

A lista “Barcelona en Comú” integra o “Podemos”, Catalunya Verds (ICV), Esquerra Unida, Procés Constituent e Equo, por siso mesmo a vitória vai custar algumas divisões e partilhas, para governar. Mas por enquanto, é tempo de festa.

Se, por um lado, o voto está fragmentado, por outro, mostra ter sido um voto claro e forte da cidadina contra a crise e as consequências na vida da população.

Alda Colau vai ser a primeira mulher a ganhar a Câmara da capital catalã e vai liderar o governo municipal com 11 parceiros da coligação, deputados muncipais. A sua militância e forte carácter mostram, como ela afirma, que ganhou a esperança contra a resignação e o medo via @el_pais.
Ganhou uma pessoa real contra um personagem qualquer da vida pública, “a vizinha do lado”, como chamou o El País.

Ada Colau:

- Estou convicta de que estamos a terminar um ciclo, depois de décadas de bipartidarismo, de partidos que têm governado com maioria e dominam a cena política, mas nos quais os cidadãos votam por quatro anos sem, na realidade, decidir nada.

O objetivo de Ada Colau é o de fazer de Barcelona uma referência na revolução democrática. Pretende colocar em prática um plano de emergência contra a pobreza e criar um gabinete municipal contra a corrupção. Tornou-se conhcida quando formou a Plataforma de Afetados pela Hipoteca (PAH), que, como o nome indica, lutou incansavelmente para impedir o despejo de quem não consegue pagar a casa ao banco.

Ada Colau:

- A partir de hoje, 25 de maio, temos de mudar o modo como fazemos política, começando pela transparência, por saber tudo, absolutamente tudo, o que há nas sitrações, o que foi roubado, os postos de altos funcionários controlados pelos partidos políticos, é preciso meter tudo em ordem.

Até às eleições era responsável pela habitação no Observatório de Direitos Económicos, Sociais e Culturais (DESC) de Barcelona.

Durante a campanha eleitoral, deu primazia ao o directo com os cidadãos, consciente de que cada voto seria importante.
Para a Câmara leva uma equipa sem qualquer experiência municipal (que dizem ter sido um requisito da candidata) e a crença de que as crescentes desigualdades sociais são culpa dos presidentes anteriores.

É o momento da verdade. Ada Colau apareceu para ganhar as eleições e entrou na política para ficar .

Paco Fuentes, euronews:

- Muitos municípios e regiões de Espanha têm agora novas caras, pessoas que nunca imaginaram entrar na política. Depois das eleições é tempo de encetar o diálogo e chegar a acordos.

Para nos ajudar a interpretar os resultados das eleições locais e regionais em Espanha, procurámos na Fundação Ortega y Gasset, com o professor de Ciências Políticas da Universidade Autónoma de Madrid, Fernando Vallespín. Ele retem duas evidências:

Fernando Vallespín – Há aqui dois dados: um, é a perda espetacular do poder político do partido no governo, o Partido Popular, e o outro, o valor simbólico do sucesso em cidades como Madrid e Barcelona, destas plataformas de cidadãos que rivalizaram com os grandes partidos e que, no caso de Barcelona constitziram a primeira opção dos eleitores e em Madrid…quase.

Duas mulheres, uma ativista no terreno e a outra ex-magistrada de prestígio, lideraram duas listas sem rótulo partidário ao ponto de governarem as câmaras de Barcelona e de Madrid. Que têm elas em comum?

Fernando Vallespín – Tanto Ada Colau, que é um símbolo dos movimentos anti-sistema dos momentos mais duros da crise, Manuela Carmena, são pessoas que têm a capacidade de agregar pessoas que não têm forcosamente a mesma cor política, mas que representam esta nova sensibilidade que observamos em Espanha depois da crise económica.

A enorme quota de poder territorial acumulada pelo partido de Mariano Rajoy desde as eleições de 2011 evaporou-se. Nem o envolvimento pessoal do líder na campanha, nem a retoma económica lhe valeram. Que consequências tem isto para o chefe do governo espanhol?

*Fernando Vallespín – Ou Mariano Rajoy muda radicalmente o discurso, e leva um número significativo de novos elementos para o governo, ou vai ser muito difícil para ele esta época até das eleições a nível nacional.
penso que o modo de fazer política se afundou, nomeadamente em Madrid e Valência, duas das grandes derrotas do Partido Popular nestas eleições, mas também noutros locais onde a corrupção é evidente.*

Os resultados confirmam a perda de poder dos dois grandes partidos, PP e PSOE, que, sozinhos, acumularam 70% dos votos no ado. Que relação de forças existe agora?

*Fernando Vallespín – Penso que os resultados clarificaram necessariamente o panorama político espanhol, pelo menos no que concerne o poder relativo detido pelos dois grandes partidos, em termos de impacto de votos.
Houve uma mobilização de esquerda mas que não se traduziu em aumento de votos em partidos como Podemos ou Cidadãos. Ou seja, o resultado foi revolucionário porque, antes, estes partidos não estavam nas instituições e a partir de agora estão. Mas o caminho foi discreto, como se viu nas sondagens.*

Por fim, que perspetivas haverá, nas regiões e cidades espanholas, onde não há uma que possa constituir um governo de maioria absoluta?

Fernando Vallespín – Há uma contradição vivida pelos cidadãos espanhois, que vão observar à lupa a ação destes novos movimentos desde que eles façam as alianças, pois têm de fazer pactos, mas, por outro lado, os cidadãos desejam a governabilidade e, portanto, esses pactos. Os partidos não sabem bem como agir, pois há uma situação de certa instabilidade, sem dúvida, lógica mas que vai recompor-se depois das eleições de novembro, de certeza.

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