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Eleições antecipadas: o novo ato da tragédia grega?

Eleições antecipadas: o novo ato da tragédia grega?
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Após cinco anos de austeridade, um em cada quatro gregos vive no limiar da pobreza. Entre o desemprego a 25% e os impostos que aumentaram entre 7 e

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Após cinco anos de austeridade, um em cada quatro gregos vive no limiar da pobreza.

Entre o desemprego a 25% e os impostos que aumentaram entre 7 e nove vezes, há quem não tenha razões para esperar muito das eleições gregas deste domingo, como aqui no centro de Atenas.

Todos os dias são centenas a afluir a esta sopa dos pobres criada por uma associação local.

O fundador, Constantinos Polychronopoulos decidiu dedicar-se a ajudar os mais necessitados depois de ter perdido o emprego há 4 anos.

Em 2011 servia entre 50-60 refeições por dia, hoje mais de 450 pessoas am por aqui diariamente.

“Eu vou continuar desempregado, independentemente de quem ganhe as eleições. Vou continuar a não ter um único euro no meu bolso e não me importa se vamos utilizar o euro ou o dracma. Não partilho estes dilemas e há entre três e quatro milhões de gregos que pensam como eu”, afirma Constantinos.

Uma desconfiança partilhada pelos pequenos empresários gregos, quando uma em cada quatro PME’s do país foi obrigada a fechar as portas nos últimos anos.

Apostolis é um dos poucos a ter ousado criar a sua própria empresa.

O informático de 42 anos, que não quis ceder nem ao pessimismo nem à tentação de emigrar, não deixa de ter dúvidas sobre o futuro.

“Não é apenas receio, é um verdeiro pesadelo para os gregos, pois com o euro temos uma sensação de segurança e se regressarmos ao dracma ou a outra moeda, acho que vamos embarcar numa tragédia sem fim à vista”.

Nesta empresa de criação de aplicações para telemóveis os jovens proprietários conseguiram resistir aos anos mais críticos de 2011 e 2012. Mas a incerteza está de regresso, face ao resultado do escrutínio de domingo.

“Na Grécia tudo é muito volátil, as coisas mudam rapidamente e por vezes de forma inesperada o que pode sempre perturbar os lucros, as tendências do mercado e de investimento”.

Korina decidiu abandonar o emprego num jornal à beira da falência para criar a sua própria empresa em 2012. À frente de um café e loja de pronto-a-vestir na capital, a pequena empresária afirma ter feito a boa escolha. Do próximo governo, Korina espera apenas menos burocracia.

“Gostaria que o próximo governo apoiasse mais as ideias e empresários inovadores, especialmente quando tentam fazer algo de diferente – digo isto por experiência pessoal, pois tive muitas dificuldades ao lançar-me neste projeto”.

Korina não esconde que pensou em emigrar para um país com menos burocracia e com impostos mais baixos, mas para já prefere ficar na Grécia, à espera de ver o próximo governo em ação.

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