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RD Congo: Hospital que cuida de mulheres vítimas de violência sexual corre o risco de fechar

RD Congo: Hospital que cuida de mulheres vítimas de violência sexual corre o risco de fechar
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Na República Democrática do Congo (RDC), um hospital que se dedica a cuidar de mulheres vítimas de violência sexual corre o risco de fechar.

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Na República Democrática do Congo (RDC), um hospital que se dedica a cuidar de mulheres vítimas de violência sexual corre o risco de fechar. O governo decidiu congelar as contas da insituição liderada pelo vencedor do Prémio Sakharov, Denis Mukwege, alegando dívídas ao fisco. Esta decisão está a provocar uma enorme onda de contestação, mesmo a nível internacional, já que o hospital Panzi, situado em Bukavu, capital de Kivu do Sul, é uma referência no apoio às mulheres.

A diretora da unidade de saúde, Naama Haviv, explicou à euronews que “o trabalho feito pelo hospital tem uma importância vital e existem muitos pacientes à espera de cuidados e que estão impedidos de os receber por causa desta ação. Existem mais de 300 pacientes que dependem dos tratamentos deste hospital, vítimas de violência sexual que não pagam pelos tratamentos…um serviço público que não é assegurado por outros hospitais da região”.

Naama Havid garante ainda que “a situação é terrível e se não for resolvida, o hospital pode mesmo fechar. Quem presta os cuidados médicos não pode ir trabalhar sem receber e os pacientes não podem ficar à espera de tratamento. Há pessoas em risco de vida.”

Os funcionários do hospital, que não receberam o salário de dezembro, fizeram uma manifestação na ada quarta-feira contra o bloqueio das contas. Cerca de 500 funcionários trabalham nesta unidade.

O governo belga, que tem contribuido para o hospital Panzi já pediu às autoridades do Congo para resolverem esta situação.
No país africano, há mesmo quem diga que o governo instaurou o processo fiscal como medida de retaliação uma vez que o médico Denis Mukwege não tem poupado críticas ao executivo, sobretudo em matéria de proteção dos direitos das mulheres.

O congolês de 59 anos, recebeu em novembro ado o prémio Sakharov do Parlamento Europeu pelo trabalho a favor das mulheres vitimas de violência sexual no país.

O médico da República Democrática do Congo, Denis Mukwege, fez um discurso emotivo ao receber o prémio no Parlamento Europeu, em Estrasburgo. No discurso que fez perante os eurodeputados, o médico lembrou que na RDC, mas também em muitos outros locais, “o corpo da mulher é transformado num verdadeiro campo de batalha”. O médico congolês tratou desde 1999 mais de 40 mil mulheres que foram vítimas de violações. Também nessa altura, lembrou que a RDC é “um dos países mais ricos do planeta. Contudo, a maioria dos seus habitantes vive numa pobreza extrema” No país africano existe cerca de 80% das reservas mundiais de tântalo, um mineral raro usado no fabrico de componentes de telemóvel. Denis Mukwege apelou ainda à renovação do acordo de paz de Adis Abeba, assinado em 2013 entre o governo da República Democrática do Congo e o grupo rebelde M23.

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