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Gás natural aproxima Rússia e China

Gás natural aproxima Rússia e China
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Divergências em relação ao preço estão a dificultar a do acordo para o envio de gás natural da Rússia para a China.

As negociações finais decorrem em Xangai onde se encontram o chefe de Estado russo e o homólogo chinês.

A partir de 2018, Moscovo pretende enviar 38 mil milhões de metros cúbicos de gás natural por ano para a China. Um país com um consumo de energia cada vez maior.

Este é um dos acordos mais importantes em cima da mesa devido à pressão resultante das sanções impostas pela crise na Ucrânia, mas não é o único.

Cooperação militar e desenvolvimento de projetos de infraestruturas são outras das áreas em destaque.

Toda a geoestratégia da região vai ser revista, como se salienta no seguinte duplex:

A visita de Vladimir Putin à China é a primeira de duas previstas este ano. As relações de Moscovo com a Europa e os Estados Unidos são as piores dos últimos 25 anos e a Rússia indicou claramente que deseja restabelecer com Pequim uma espécie de aliança anti-ocidental. Será que o Kremlin vai conseguir? Falamos com Fiodor Lukianov, analista político, redator da revista “Russia nos Negócios Globais”.
euronews – Fiodor, Moscovo tem hipóteses de conseguir o que pretende? Fiodor Lukianov – Primeiro, ninguém fala oficialmente de “aliança anti-ocidental”. É um termo jamais pronunciado em Moscovo ou em Pequim. Pelo contrário, tem sido repetido que esta fase de reaproximação não é contra o Ocidente nem tem a ver com o Ocidente. Trata-se somente de dois países, dois atores maiores da Ásia e Pacífico que juntam forças. E penso que a tentativa de qualificar a aliança como anti-ocidental é determinante. Principalmente para a China que, em todos os conflitos entre a Rússia e a América tenta abster-se, pelo menos oficialmente.
Na Rússia, falamos de reaproximação à China há muitos anos, mas só agora, porque as condições evoluiram, os encontros são uma realidade.
O facto de Moscovo se virar para uma Ásia em pleno crescimento não é apenas justo, é que não há outra solução.
euronews- Acredita que, mesmo em Moscovo, não há razões anti-ocidentais no movimento pró-China?
FL- Penso que não há motivos anti-ocidentais mas causas anti-ocidentais. Ainda agora estamos a viver uma situação entre a Rússia e os Estados Unidos que alguns comentadores consideram uma “segunda guerra fria”. Os Estados Unidos demonstraram claramente ter os meios para afetar a Rússia, nomeadamente em termos económicos para afastar a Rússia dos mercados económicos e financeiros mundiais, por isso a Rússia deve procurar alternativas.
euronews – Esta aliança, procurada pelo Kremlin, não será uma má aliança? A Rússia não será o elo fraco desta união?
FL – A China sente uma pressão crescente da parte dos Estados Unidos no Pacífico. Por isso, tenta reforçar a posição aliando-se a um grande país como a Rússia. Por outro lado, economicamente, a Rússia é muito inferior à China e por isso tem de se certificar de não ficar absolutamente dependente. Penso que a Rússia, como se comporta habitualmente e agora mesmo com o Ocidente, vai tentar compensar a fraqueza económica com peso político, com um estatuto político mais forte. A este nível a China ainda não está ao nível da Rússia. Não tenho dúvidas de que a Rússia vai diversificar os os na Ásia.
euronews – A União Europeia e os Estados Unidos podem minar esta aproximação de Moscovo e Pequim?
FL – Na minha opinião, não podem. Por outro lado, porque deviam intervir? Que razões têm para interferirem na aproximação de dois grandes países vizinhos com relações há tanto tempo? Os Estados Unidos e a Europa até têm os meios de não favorecerem essa amizade, basta cessarem certas políticas que empurram a Rússia precisamente na direção da Ásia.

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