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UE não vai deixar Suíça escolher benefícios "à la carte"

UE não vai deixar Suíça escolher benefícios "à la carte"
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Com a aprovação em referendo do limite à imigração, este domingo, a Suíça vai estabelecer quotas anuais para a entrada de estrangeiros e apertar as regras em termos de reagrupamento familiar e benefícios sociais.

Essa foi a vontade expressa por metade dos votantes, entre os quais um transeunte que explica a necessidade de controlar as entradas porque “o mesmo é feito noutros países como os Estados Unidos e a Austrália. Não se podem dar autorizações de trabalho de qualquer maneira”.

Contudo, a Suíça é altamente dependente de trabalhadores estrangeiros, nomeadamente com alto grau de qualificação, paras as grandes multinacionais e bancos que aí têm sede; mas também para os serviços e comércio.

“Penso que haverá um problema, mas para a própria Suíça, que vai ser prejudicada”, disse uma empregada sa de um armazém de retalho. “A Suíça não tem número suficiente de nacionais para substituir os funcionários que vêm do outro lado da fronteira”, é também a opinião de uma colega.

O mesmo ponto de vista tem a Associação Suíça de Empregados e o próprio Governo, contrários ao referendo que foi convocado por um partido nacionalista, mas que agora é vinculativo.

A perda de investimento estrangeiro e o confronto com a UE são consequências previsíveis.

“A maioria decidiu contra os interesses da Suíça”

A correspondente da euronews em Bruxelas, Efi Koutsokosta, falou sobre este tema com o presidente da comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros, Elmar Brok.

Efi Koutsokosta/euronews (EK/euronews): “Este resultado surpreendeu-o?”

Elmar Brok/eurodeputado (EB/eurodeputado): “Acabou por ser uma surpresa porque esperava que os argumentos em defesa dos interesses suíços fossem os mais fortes. Não queria acreditar que esta pequena maioria decidisse contra os interesses suíços”.

EK/euronews: “Alguns ministros dos Negócios Estrangeiros da UE afirmaram claramente que a liberdade de circulação faz parte do o ao mercado interno. Isto significa que, se a Suíça implementar esta decisão, os seus cidadãos vão perder o o ao mercado interno?”

EB/eurodeputado: “Este governo suíço tem que concluir as propostas ao longo dos próximos três anos. Logo, não precisamos de agir já. Mas sabemos bem que este acordo com a Suíça faz parte de um conjunto de outros acordos, que ficam em risco por causa de questões legais. Esses acordos são do interesse da Suíça. A participação no mercado interno implica a livre circulação de trabalhadores e seria muito difícil explicar aos nossos cidadãos que alguém possa escolha apenas o que mais lhe interessa”.

EK/euronews: “A história tem mostrado que os cidadãos suíços normalmente votam contra as propostas que possam prejudicar a economia. O que é que aconteceu desta vez, face às advertências do governo de que pode haver uma alteração no sistema”?

EB/eurodeputado: “Vimos hoje mesmo que esta decisão causa uma série de problemas na Suíça, como são exemplo as manifestações em várias cidades. E devemos notar que o voto a favor foi sobretudo nas zonas rurais, em especial aquelas onde se fala alemão. Para quem está de fora foi muito surpreendente e só espero que isto não vai levar a uma maior divisão dentro da própria Suíça, como já aconteceu com outras questões de natureza europeia”.

“Devemos abordar o tema na campanha eleitoral”

EK/euronews: “Este referendo aconteceu a cerca de três meses das eleições europeias, em que se espera que os partidos anti-imigração ganhem mais votos. Você pensa que o resultado vai ser aproveitado pelos eurocéticos?”

EB/eurodeputado: “Eles vão usá-lo. Mas mais uma vez é algo que podemos enfrentar diretamente. Devemos ser mais claros ao explicar porque é que a livre circulação é uma vantagem, e eu acredito que a grande maioria das pessoas concorda com isso. Estou bastante confiante de que é um sinal de aviso a qual devemos dar resposta durante a campanha eleitoral”.

EK/euronews: “O governo britânico também defende ideias semelhantes, propondo restrições mais rígidas à imigração. Outros países também têm levantado a questão. Pensa que a liberdade de movimento está em perigo”?

EB/eurodeputado: “Na UE a questão coloca-se de forma diferente, porque há uma legislação comum. No caso da Suíça trata-se de um acordo bilateral. Portanto, não é tão fácil um membro da UE tomar a decisão unilateral de sair do acordo. Mas há pessoas irritadas com o abuso que alguns fazem do sistema de segurança social. Penso que deveria ficar claro que a legislação europeia pode ser mudada de forma a proibir esse tipo de comportamento”.

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