{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2012/03/05/ser-mulher-e-jornalista-no-afeganistao" }, "headline": "Ser mulher e jornalista no Afeganist\u00e3o", "description": "Ser mulher e jornalista no Afeganist\u00e3o", "articleBody": "", "dateCreated": "2012-03-05T18:14:11+01:00", "dateModified": "2012-03-05T18:14:11+01:00", "datePublished": "2012-03-05T18:14:11+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F177872%2F1440x810_177872.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Ser mulher e jornalista no Afeganist\u00e3o", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F177872%2F432x243_177872.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ] }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Ser mulher e jornalista no Afeganistão

Ser mulher e jornalista no Afeganistão
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

É um dia normal para a agência de notícias Pasok, em Cabul. Frozan Rahmani tem 28 anos e é jornalista há cerca de 10. Apesar das dificuldades tem uma paixão pelas notícias.

“Sou um produto da guerra, nasci na guerra, cresci na guerra e continuamos a viver na guerra. Ela acabou por tornar-se banal para nós, já não sinto pânico ou medo. E mesmo quando há explosões, em qualquer lado, ou um ataque, ou qualquer outra coisa do género, o que quero é ir para o terreno para fazer o meu trabalho enquanto jornalista”, explica Frozan.

Uma vocação que, de certa maneira, ela deve ao regime talibã, como relata: “Na época, eu estudava mas tive que abandonar a escola. Os talibãs não me permitiam fazê-lo. Nessa altura ouvia muito rádio por que a televisão era proibida. Ouvia Rádio às escondidas, principalmente as notícias, a atualidade. Foi isso que despertou a minha paixão pela informação e pelo jornalismo.”

No trabalho quotidiano as barreiras são visíveis. Há muito poucas mulheres entre os jornalistas afegãos.

Frozan lutou para conquistar o seu lugar mas a pressão é forte. Chegou mesmo a ser ameaçada, como explica: “Entraram pela televisão pessoas armadas, eram comandantes, e ameaçaram o diretor da estação. Disseram-lhe que não podia permitir que uma mulher trabalhasse na televisão. E que se me voltassem a ver em antena, ele iria ter problemas, podiam mesmo matá-lo. Eles estavam a sério. A partir desse dia, fui proibida de fazer o meu trabalho ali. Foi aí que ganhei energia e decidi lutar e fui bem sucedida.”

O Afeganistão está classificado entre os países mais perigosos para os jornalistas. As mulheres estão particularmente expostas e são, frequentemente, impedidas de fazerem o seu trabalho, quer pelos grupos religiosos, forças de segurança locais ou pelo seu próprio círculo de conhecidos e mesmo familiares, como conta a jornalista: “Na altura alguns elementos da nossa família cortaram relações connosco porque não queria dar-se com pessoas cuja filha trabalhava em televisão e muito menos com homens.”

O reconhecimento profissional das mulheres, no Afeganistão, está longe de ser conseguido e o o ao círculo do poder ainda menos. Uma perda para o Afeganistão, segundo esta jornalista.

“As mulheres são seres sensíveis. E são, frequentemente, capazes de apaziguar os espíritos agressivos e violentos dos homens. E, em matéria de paz, as mulheres são competentes. Tentámos envolver-nos no processo de negociações com os Talibãs. O governo afegão falou várias vezes sobre isso. E a maioria das instituições é da opinião que a participação das mulheres nas negociações podia ser frutífera. É 100 por cento certo que a presença das mulheres na política é sempre eficaz.”

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Líder do Conselho Norueguês para os Refugiados diz que cortes na ajuda são a maior ameaça para as mulheres do Afeganistão

Falta de financiamento ameaça iniciativas de paz lideradas por mulheres, alerta a ONU

Justiça do Reino Unido determina que definição de “mulher” é feita com base no sexo biológico