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A Comiss\u00e3o Europeia n\u00e3o aceita as justifica\u00e7\u00f5es dos EUA e diz que n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel que as mat\u00e9rias-primas do bloco, t\u00e3o pr\u00f3ximo dos Estados Unidos, possam vir a ser abrangidas pelas medidas agora aprovadas. Cecilia Malmstr\u00f6m, Comiss\u00e1ria Europeia do Com\u00e9rcio, diz que Bruxelas n\u00e3o entende como podem os Estados membros ser considerados como uma amea\u00e7a: \u0022Somos amigos, somos aliados, trabalhamos juntos. N\u00e3o podemos, de forma alguma, ser uma amea\u00e7a para a seguran\u00e7a dos Estados Unidos. Por isso, esperamos ficar de fora. Mas n\u00e3o entendemos bem o que disse o presidente, pelo que precisamos de mais detalhes,\u0022 explicou a Comiss\u00e1ria do Com\u00e9rcio aos jornalistas. A Comiss\u00e1ria pdever\u00e1 encontrar-se com um representante do Governo norte-americano para o com\u00e9rcio no s\u00e1bado. Debatem um regime de exce\u00e7\u00e3o para os Estados membros. Parece que ainda h\u00e1 tempo, embora, a partir desta semana, todos os minutos contem. Jean-Baptiste Lemoyne, secret\u00e1rio de Estado franc\u00eas do Minist\u00e9rio para a Europa, disse \u00e0 Euronews que a Europa deve manter-se firme: \u0022Queremos dialogar at\u00e9 ao fim, mas se o di\u00e1logo n\u00e3o der em nada, a Europa n\u00e3o deve ser naif e deve dar in\u00edcio a respostas, a respostas adequadas, de forma proporcional, mas que deixem claro que n\u00e3o podem atingir-nos desta forma.\u0022 E caso o di\u00e1logo n\u00e3o der mesmo em nada, Bruxelas j\u00e1 tem um plano. O a\u00e7o e o alum\u00ednio ser\u00e3o taxados, mas tamb\u00e9m o burbon, a manteiga de amendoim, o sumo de laranja e os arandos e os mirtilos. \u0022Uma reputa\u00e7\u00e3o de destabilizador pol\u00edtico\u0022 Para Stefan Gr\u00f6ber, jornalista da Euronews em Bruxelas, Donald Trump faz jus, mais uma vez \u00e0 reputa\u00e7\u00e3o de destabilizador pol\u00edtico. 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Bruxelas reage às novas tarifas de Trump sobre aço e alumínio

Bruxelas reage às novas tarifas de Trump sobre aço e alumínio
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De Antonio Oliveira E Silva com REUTERS
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A Comissão tem uma lista de produtos que podem vir a ser taxados.

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Bruxelas e Washington parecem mais perto de uma autêntica guerra dos metais, que corre o risco de se transformar numa guerra comercial.

Donald Trump assinou a imposição de tarifas às importações de aço e alumínio - 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio. Só o Canadá e o México ficam de fora. Washington diz que não tem escolha e que o faz por necessidade.

A Comissão Europeia não aceita as justificações dos EUA e diz que não é possível que as matérias-primas do bloco, tão próximo dos Estados Unidos, possam vir a ser abrangidas pelas medidas agora aprovadas.

Cecilia Malmström, Comissária Europeia do Comércio, diz que Bruxelas não entende como podem os Estados membros ser considerados como uma ameaça:

"Somos amigos, somos aliados, trabalhamos juntos. Não podemos, de forma alguma, ser uma ameaça para a segurança dos Estados Unidos. Por isso, esperamos ficar de fora. Mas não entendemos bem o que disse o presidente, pelo que precisamos de mais detalhes," explicou a Comissária do Comércio aos jornalistas.

A Comissária pdeverá encontrar-se com um representante do Governo norte-americano para o comércio no sábado.

Debatem um regime de exceção para os Estados membros. Parece que ainda há tempo, embora, a partir desta semana, todos os minutos contem.

Jean-Baptiste Lemoyne, secretário de Estado francês do Ministério para a Europa, disse à Euronews que a Europa deve manter-se firme:

"Queremos dialogar até ao fim, mas se o diálogo não der em nada, a Europa não deve ser naif e deve dar início a respostas, a respostas adequadas, de forma proporcional, mas que deixem claro que não podem atingir-nos desta forma."

E caso o diálogo não der mesmo em nada, Bruxelas já tem um plano. O aço e o alumínio serão taxados, mas também o burbon, a manteiga de amendoim, o sumo de laranja e os arandos e os mirtilos.

"Uma reputação de destabilizador político"

Para Stefan Gröber, jornalista da Euronews em Bruxelas, Donald Trump faz jus, mais uma vez à reputação de destabilizador político.

Agora, o que está em risco é o sistema de comércio internacional, que corre o risco de desintegrar-se.

Alguns analistas dizem que a decisão de Trump ameaça mesmo as instituições que garantem a ordem económica internacional.

Além disso, é no mínimo estranho que se fale em razões de segurança nacional para aumentar as tarifas sobre aço e alumínio, quando os Estados Unidos têm como principais parceiros no setor alguns dos seus aliados mais próximos.

Na sede da União, em Bruxelas, as respostas serão dadas, tendo em conta que as guerras comerciais não beneficiam ninguém.

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