Eis tudo o que precisa de saber sobre a frequência com que o Monte Etna entra em erupção e como isso afeta as viagens e o turismo.
PUBLICIDADEO Monte Etna, um dos vulcões mais activos do mundo, tem sido motivo de manchetes nos últimos anos graças a erupções dramáticas.
Situa-se na ilha italiana da Sicília e paira sobre a cidade de Catânia.
Esta semana, o aeroporto de Catânia foi obrigado a encerrar temporariamente e foram impostas restrições à circulação automóvel na sequência de uma erupção que lançou cinzas sobre a área circundante.
Se está a pensar reservar umas férias em Catânia ou na Sicília Oriental, pode estar preocupado com o facto de a atividade vulcânica poder perturbar a sua viagem.
Eis tudo o que precisa de saber sobre a frequência com que o Monte Etna entra em erupção e como esta afeta as viagens e o turismo.
Com que frequência é que o Etna entra em erupção?
O Monte Etna é um dos vulcões mais activos da Europa e tem estado num estado de atividade quase constante na última década.
Podem ocorrer erupções várias vezes num ano e até num mês. O atual período de erupção começou em 2013, de acordo com o Programa de Vulcanismo Global do Smithsonian.
O Etna foi manchete em 2021 quando, durante um período de seis meses, emitiu tanto material vulcânico que aumentou a sua altura em quase 30 metros.
Este ano já se registaram várias erupções. Sítios Web como o Volcano Discovery acompanham em pormenor a atividade do Etna e é possível assistir a uma transmissão em direto do vulcão no sítio do Observatório do Etna.
Na maior parte das vezes, as explosões do Etna são classificadas como atividade vulcânica de baixo nível. Esta atividade inclui nuvens de cinzas, lava a jorrar e erupções estrombolianas, ou seja, pequenas explosões de magma que são, no entanto, dramáticas de observar.
É seguro visitar o Monte Etna?
O Monte Etna é considerado um vulcão seguro - a maioria das erupções não põe em perigo as pessoas que visitam ou vivem na zona.
Muitas vezes, o maior inconveniente são as cinzas que cobrem as cidades circundantes durante as erupções. Isto também obriga o aeroporto de Catânia a encerrar ocasionalmente, como aconteceu no início da semana e em maio deste ano.
O vulcão está sob intensa vigilância. O Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia de Catânia dispõe de um sistema de câmaras, sensores, computadores e controlos humanos no local que registam e comunicam a atividade do Etna em tempo real.
No entanto, por vezes, o vulcão representa uma ameaça. Em 1928, toda a cidade de Mascali foi dizimada. Na década de 1990, a lava ameaçou a cidade de Zafferana Etnea e a lava teve de ser desviada através da escavação de canais.
Mais recentemente, em 2002, os vapores de lava destruíram lojas, hotéis e restaurantes na zona de Piano Provenzana.
Além disso, o Etna não deve ser subestimado pelos visitantes que desejam subir as encostas.
A empresa de excursões Go Etna aconselha os visitantes a irem sempre acompanhados por um guia local ou por uma agência, Se quiser subir para além dos 2.900 metros, é obrigatório contratar um guia.
Recomenda também que se informe, no local de alojamento, sobre o melhor percurso e, se for esquiar, que não saia das pistas.
É possível visitar o Etna durante uma erupção?
Como a atividade vulcânica é geralmente baixa, é possível visitar o vulcão mesmo durante uma erupção.
Há muitos percursos pedestres que se afastam do cume e das crateras onde ocorrem as explosões.
A visita durante uma erupção é uma experiência emocionante e alguns guias organizam excursões à noite, especialmente para irar o espetáculo proporcionado pela lava ardente.