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Como Riade prepara o seu futuro

Como Riade prepara o seu futuro
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Basta olhar de relance para entender a dimensão do fenómeno em Riade. O crescimento da capital da Arábia Saudita atingiu um ritmo que transforma a paisagem urbana a cada o. Mas não é só o pulsar do futuro que se sente aqui. Há zonas onde se impõem as tradições seculares. A população de Riade aumentou de 150 mil para 5 milhões em apenas seis décadas. Uma coisa não mudou: é preciso regatear os preços, como nos leilões do mercado velho. Desde bules até espingardas… Este mercado também conhecido como “souk” é uma espécie de relíquia onde o tempo se cristalizou.

A febre da modernidade fez com que grande parte da cidade velha fosse deixada à sua sorte. Mas as coisas estão a mudar. O interesse pela herança arquitetónica está a abrir um novo capítulo. Os exemplos de recuperação de edifícios multiplicam-se. Um deles é o Forte Masmak, onde o rei Abdul Aziz, o fundador da Arábia Saudita também chamado de Ibn Saud, reclamou o poder.

Outro monumento renovado é o palácio do rei, que ocupa agora um lugar central no complexo da zona histórica que acolhe o Museu Nacional. Faisal Al Mubarak, professor de Urbanismo, salienta que “a história e as tradições eram ignoradas. Agora é altura de voltar atrás, de restaurar as coisas, e de recuperar tanto quanto possível aquela parte da cidade. Não estou a dizer que toda a zona deve ser transformada num museu inível, mas é preciso renovar as coisas, de forma a adaptar o antigo às necessidades do mundo moderno.”

A rápida expansão da cidade em meados do século 20 foi inspirada pelo planeamento urbanístico americano, com traçados geométricos, privilegiando o carro como elemento indispensável. O arquiteto Ali Shuaibi afirma que “é um problema internacional – uma cidade compacta, tradicional, que dá um salto repentino. Só quando a cidade cresceu é que nos apercebemos que não era este o modelo que queríamos seguir.”

Na década de 80, as autoridades iniciaram uma série de projetos destinados a humanizar Riade, abrindo-a para praças arejadas e zonas verdes. Segundo Shuaibi, “às vezes, as pessoas não sabem muito bem o que querem. É preciso experimentar e ouvir as reações. E as primeiras experiências mostraram-nos, de facto, que as pessoas queriam mais espaços públicos. Hoje em dia, acho que Riade se tornou numa cidade muito agradável para se viver.”

O desafio de criar mais alternativas aos carros está lançado. Já arrancou o projeto de construção de seis novas linhas de metro que se estendem ao longo de 176 quilómetros. De acordo com Abdulrahman Alshalan, diretor dos Serviços de Transporte, “é um projeto que vai mudar o estilo de vida das pessoas aqui, porque lhes vai permitir organizar melhor as suas vidas e atividades. Quando se anda de carro, nunca se sabe muito bem a que horas se vai chegar. Assim, toda a gente vai poupar tempo.”

Os planos para as estações de metro são futuristas, sobretudo as que se situam junto ao mais icónico edifício moderno da cidade, a Kingdom Tower. Esta estrutura acolhe um centro comercial onde se podem encontrar pequenos ou grandes luxos, como um anel de diamantes que custa um milhão e meio de euros. Em cima, a vista é de tirar o fôlego.

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