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Pescar no delta do maior rio da Europa

Pescar no delta do maior rio da Europa
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De Euronews
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O delta do rio Volga junto a Astrakhan: é nesta zona que o maior rio da Europa desemboca no Mar Cáspio. É um local bem conhecido dos pescadores. Longe das grandes cidades, a reserva natural de Astrakhan mantém um caráter singular. Desde o início do século 20, que foi implementada a proteção desta área e da sua vida selvagem. As únicas pessoas que se avistam por aqui são pescadores. Vêm de todos os cantos da Rússia. Vladimir Razin é um deles: “a pesca aqui é excelente. Há todo o tipo de peixes. É preciso é saber apanhá-los.”

Os acampamentos espalham-se pelas margens do Volga. Os pescadores levam cerca de uma hora até chegarem à desembocadura do Mar Cáspio. Igor Belyakov, habitante de Astrakhan, começou a trazer o seu filho tinha ele 5 anos. “Sentimos uma espécie de fusão com a natureza. A linha de pesca estabelece como que uma ligação com o rio, com o mundo à volta”, afirma. Para Igor, não se trata de matar. Trata-se, sim, de um desafio: o de conseguir iludir o instinto animal. Para isso, é preciso escolher o isco certo, encontrar o local ideal e adotar uma técnica irrepreensível.

Para muitos habitantes locais, este é o seu sustento. Recolhem as redes de manhã, fazem uma triagem e encaminham o peixe para as fábricas de conservas. “Não é muito, costumamos apanhar mais. O tempo não está a ajudar”, desabafa um dos pescadores, Sergey Andreyev.

Não é só o tempo: os peixes maiores começam a rarear. Igor não tem dúvidas. A pesca excessiva, sobretudo a caça submarina com arpão, está a esgotar os recursos. Daí que, muitas vezes, atire de volta o que apanhou: “receio o dia em que já não haja muito mais para pescar. Isso não quer dizer que deixe de o fazer – vou continuar, mesmo que não consiga apanhar muito. Lembro-me de um ditado que diz: ‘quando cair a última árvore, quando o último peixe for pescado. o Homem vai compreender que não pode comer o dinheiro.’”

Ao fim de um longo dia no rio, é tempo de saborear o troféu, uma robusta carpa. Segue-se um ritual russo incontornável: a preparação da ukha, um caldo de peixe.

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