istração de Donald Trump fica com o caminho livre para aplicar as tarifas comerciais impostas a um grande número de países, depois de um tribunal de recurso ter invalidado a decisão anterior do Tribunal Comercial.
Foi sol de pouca dura a decisão do Tribunal norte-americano do Comércio Internacional de impedir o presidente dos EUA Donald Trump de aplicar as tão badaladas tarifas comerciais impostas às importações.
Um tribunal de recurso invalidou, esta quinta-feira, a decisão tomada anteriormente pelo Tribunal Comercial, ficando a istração Trump com o caminho livre para aplicar estas tarifas, que afetam a União Europeia, a China ou ainda o Canadá, que além de vizinho é também um dos parceiros comerciais mais importantes dos EUA. O primeiro-ministro canadiano Mark Carney tinha saudado a decisão, referindo-se às tarifas de Trump como "algo consistente com a posição de longa data do Canadá de que as tarifas dos EUA são ilegais e injustificadas".
O Tribunal de Recurso do Circuito Federal deu provimento à moção de emergência apresentada pela istração Trump, argumentando que a suspensão das tarifas “ seria crítica para a segurança nacional do país”.
Trump está a enfrentar vários processos judiciais que argumentam que as tarifas anunciadas naquilo a que o próprio presidente norte-americano chamou “Dia da Libertação” excederam a sua autoridade e deixaram a política comercial do país dependente dos seus caprichos.
A decisão entretanto revertida foi também saudada pelo governo chinês: "A China defende sempre que não há vencedores numa guerra comercial e que o protecionismo não oferece qualquer saída. Desde que os direitos aduaneiros unilaterais foram introduzidos pelos EUA, não só não conseguiram resolver nenhum dos seus próprios problemas, como prejudicaram gravemente a ordem económica e comercial internacional e o funcionamento das empresas, bem como a vida quotidiana e o consumo das pessoas", disse He Yongqian, porta-voz do Ministério chinês do Comércio.