{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/saude/2016/02/10/os-desafios-do-envelhecimento-da-populacao-na-polonia" }, "headline": "Os desafios do envelhecimento da popula\u00e7\u00e3o na Pol\u00f3nia", "description": "A percentagem de doen\u00e7as cr\u00f3nicas est\u00e1 a afetar a for\u00e7a de trabalho na Pol\u00f3nia, onde existe um s\u00e9rio problema demogr\u00e1fico. O envelhecimento da", "articleBody": "A percentagem de doen\u00e7as cr\u00f3nicas est\u00e1 a afetar a for\u00e7a de trabalho na Pol\u00f3nia, onde existe um s\u00e9rio problema demogr\u00e1fico. O envelhecimento da popula\u00e7\u00e3o \u00e9 cada vez mais expressivo \u2013 a taxa de fecundidade \u00e9 reduzida e a emigra\u00e7\u00e3o \u00e9 um fen\u00f3meno hist\u00f3rico. Refletimos os desafios colocados ao futuro dos polacos na est\u00f3ria de Monika Zientek, que aos 42 anos, \u00e9 v\u00edtima de artrite reumatoide. \u201cO meu futuro \u00e9 um ponto de interroga\u00e7\u00e3o. \u00c9 algo que me preocupa muito. N\u00e3o sei como \u00e9 que vai evoluir a minha doen\u00e7a, n\u00e3o sei que tipo de acompanhamento m\u00e9dico vou poder ter. Tenho muitas d\u00favidas sobre o que vai acontecer\u201d, diz-nos. A transi\u00e7\u00e3o demogr\u00e1fica traz uma nova realidade: a faixa de popula\u00e7\u00e3o com doen\u00e7as cr\u00f3nicas aumentou consideravelmente. Doen\u00e7as como a artrite obrigam frequentemente os pacientes a deixar de trabalhar muito antes da reforma. Problemas de sa\u00fade como este s\u00e3o sintom\u00e1ticos numa Europa que se est\u00e1 a transformar demograficamente. Se olharmos para os n\u00fameros, neste momento h\u00e1 quatro trabalhadores ativos por cada reformado europeu. No entanto, calcula-se que em 2060 ser\u00e3o apenas dois trabalhadores. E, aqui na Pol\u00f3nia, as estimativas dizem que o r\u00e1cio ser\u00e1 de um para um. Este cen\u00e1rio levou o professor Boleslaw Samolinski a criar uma plataforma de debate sobre poss\u00edveis solu\u00e7\u00f5es que re\u00fane m\u00e9dicos, economistas e especialistas do governo. \u201cAt\u00e9 agora, o resultado mais importante deste projeto foi conseguir chamar a aten\u00e7\u00e3o do p\u00fablico para a necessidade pol\u00edtica de construir um sistema de sa\u00fade sustent\u00e1vel, de forma a manter as pessoas no mercado de trabalho. Os investimentos feitos hoje s\u00f3 v\u00e3o dar frutos daqui a 20, 30 anos\u201d, afirma Samolinski. Fomos perguntar \u00e0 diretora do Instituto Nacional de Geriatria polaco que medidas podem efetivamente ser aplicadas. Segundo Brygida Kwiatkowska, \u201ch\u00e1 medidas concretas que podemos tomar para fazer face a esta quest\u00e3o. Primeiro, temos de refor\u00e7ar as pol\u00edticas de apoio \u00e0s fam\u00edlias, de forma a que os jovens se decidam a ter mais filhos. Em segundo lugar, temos de conseguir manter as pessoas no mercado de trabalho durante mais tempo. Por \u00faltimo, temos de criar condi\u00e7\u00f5es para evitar que as pessoas abandonem o emprego devido a doen\u00e7as cr\u00f3nicas.\u201d Num pa\u00eds com mais de 38 milh\u00f5es de habitantes, implementar mudan\u00e7as, s\u00f3 por si, pode ser todo um outro desafio. \u201cGostaria que houvesse di\u00e1logo entre as associa\u00e7\u00f5es que nos representam e os organismos que decidem a que tratamentos temos direito. As barreiras s\u00f3 se deitam abaixo se houver di\u00e1logo e coopera\u00e7\u00e3o\u201d, considera Monika Zientek.", "dateCreated": "2016-02-10T11:15:51+01:00", "dateModified": "2016-02-10T11:15:51+01:00", "datePublished": "2016-02-10T11:15:51+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F323601%2F1440x810_323601.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "A percentagem de doen\u00e7as cr\u00f3nicas est\u00e1 a afetar a for\u00e7a de trabalho na Pol\u00f3nia, onde existe um s\u00e9rio problema demogr\u00e1fico. O envelhecimento da", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F323601%2F432x243_323601.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Sa\u00fade: Conte\u00fado tem\u00e1tico" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Os desafios do envelhecimento da população na Polónia

Os desafios do envelhecimento da população na Polónia
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

A percentagem de doenças crónicas está a afetar a força de trabalho na Polónia, onde existe um sério problema demográfico. O envelhecimento da

PUBLICIDADE

A percentagem de doenças crónicas está a afetar a força de trabalho na Polónia, onde existe um sério problema demográfico. O envelhecimento da população é cada vez mais expressivo – a taxa de fecundidade é reduzida e a emigração é um fenómeno histórico.

Refletimos os desafios colocados ao futuro dos polacos na estória de Monika Zientek, que aos 42 anos, é vítima de artrite reumatoide. “O meu futuro é um ponto de interrogação. É algo que me preocupa muito. Não sei como é que vai evoluir a minha doença, não sei que tipo de acompanhamento médico vou poder ter. Tenho muitas dúvidas sobre o que vai acontecer”, diz-nos.

A transição demográfica traz uma nova realidade: a faixa de população com doenças crónicas aumentou consideravelmente. Doenças como a artrite obrigam frequentemente os pacientes a deixar de trabalhar muito antes da reforma.

Problemas de saúde como este são sintomáticos numa Europa que se está a transformar demograficamente. Se olharmos para os números, neste momento há quatro trabalhadores ativos por cada reformado europeu. No entanto, calcula-se que em 2060 serão apenas dois trabalhadores. E, aqui na Polónia, as estimativas dizem que o rácio será de um para um.

Este cenário levou o professor Boleslaw Samolinski a criar uma plataforma de debate sobre possíveis soluções que reúne médicos, economistas e especialistas do governo. “Até agora, o resultado mais importante deste projeto foi conseguir chamar a atenção do público para a necessidade política de construir um sistema de saúde sustentável, de forma a manter as pessoas no mercado de trabalho. Os investimentos feitos hoje só vão dar frutos daqui a 20, 30 anos”, afirma Samolinski.

Fomos perguntar à diretora do Instituto Nacional de Geriatria polaco que medidas podem efetivamente ser aplicadas. Segundo Brygida Kwiatkowska, “há medidas concretas que podemos tomar para fazer face a esta questão. Primeiro, temos de reforçar as políticas de apoio às famílias, de forma a que os jovens se decidam a ter mais filhos. Em segundo lugar, temos de conseguir manter as pessoas no mercado de trabalho durante mais tempo. Por último, temos de criar condições para evitar que as pessoas abandonem o emprego devido a doenças crónicas.”

Num país com mais de 38 milhões de habitantes, implementar mudanças, só por si, pode ser todo um outro desafio. “Gostaria que houvesse diálogo entre as associações que nos representam e os organismos que decidem a que tratamentos temos direito. As barreiras só se deitam abaixo se houver diálogo e cooperação”, considera Monika Zientek.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Dia da População Mundial: População da União Europeia aumenta

Envelhecimento em Portugal: Só 8 milhões em 2070

As novas competências dos médicos de família canadianos